- Está nos dizendo que estão matando as mulheres a qual ficou? - Meu pai pergunta e eu balanço a cabeça afirmativamente, suspirando e me encosto a cadeira.
- Eu havia tido um caso com Anna, por dois dias, e também de uns dias para cá, a princesa Lindsay começou a se apresentar de uma forma mais... íntima para mim. Não chegamos a ir para a cama, claro que não. Mas, já nos beijamos.
- Como pode ter certeza disso, alteza? - O general pergunta e eu arrumo minha postura.
- Não pode ser coincidência, General. Anna foi deixada morta na frente do castelo, e os rebeldes entraram aqui apenas para executar Lindsay. Eu vi. Eles adentraram e os tiros foram exclusivamente em Lindsay, em pontos estratégicos para não a deixar passar.
Meu pai suspira e se encosta na cadeira, com uma das mãos na barba, suspirando. Eu sabia como ele estava se sentindo. Incapaz. Porquê era da mesma forma que eu me sentia.
- Há mais mulheres a qual pode estar na linha de fogo? - o General pergunta e eu respiro fundo.
- Não acredito que vão matá-las, porquê não estão em Atlantic. Mas há uma - Meu pai me olhou e soube de quem eu falava. - Hazel Belucci.
- A filha da cozinheira? - Banks pergunta e eu balanço a cabeça em afirmação, olhei Kyle que balançou a cabeça em negação, sorrindo de lado. - Majestade... Ok. O que supõem para proteger essa garota?
- Eu sugiro que ela fique no castelo. Por enquanto. Sabemos que da porta para fora, ela está propícia a qualquer coisa. A segurança deve ser reforçada tanto sobre ela quanto da família real. Um quarto será feito para ela, ela irá andar escoltada por pelo menos um guarda - Meu pai diz, olhou brevemente o escrivão que anotava tudo que dizíamos.
- Não acha perigoso? - Kyle pergunta, ao arrumar sua postura.
- Sim, eu acho. Mas não podemos manda-la para fora ainda, não antes de confirmar isso, e para não despertar o desespero dos súditos. O castelo, por mais que um alvo desses criminosos, é onde podemos ficar de olho nela e nos garantir que ela ficará bem - Falei, suspirei e me encostei na cadeira novamente.
- Voltaram a se comunicar com você? - Meu pai pergunta e eu neguei com a cabeça.
- Acho que o maior recado foi de hoje. A forma odiosa que atiraram contra Lindsay... - Suspiro, fechando meus olhos brevemente antes de os abrir e me levantar. - Ainda temos uma reunião com o conselho, e eu ainda terei que dar a má notícia ao reino de Foxwood. Pai, peço que ajude o país. É o mínimo que podemos fazer...
- Com certeza - Ele diz e também se levanta e dá a pequena reunião por encerrada.
Saímos da sala e eu sigo para o quarto de minha mãe, fazia um bom tempo que eu não ía lá. Ao bater duas vezes na porta, ela me permite a entrada e assim adentro o quarto. Olhei brevemente o mesmo, as cores pastéis, a cama perfeitamente arrumada e o cheiro de lavanda. Minha mãe cuidava com delicadeza daquele quarto. Minha mãe estava assentada sobre uma cadeira cor creme, com um livro nas mãos e assim ando até ela, vejo a mesma deixar o livro de lado e sorrir para mim, se levantando.
- Quanto tempo não vem aqui, querido - Ela diz, passando as mãos macias em meu rosto. Eu senti meu queixo tremer um longo suspiro escapar dos meus lábios. - Eu sei que está cansado, Cameron. Eu sei que tem dado duro para nos proteger.
- Eu estou cansado de perdas, mãe - Falei, fechando meus olhos, sentindo toda a dor correndo pelo meu corpo. - Eles a mataram em meus braços, mãe - Falei, me segurando ao máximo para não chorar.
Minha mãe apenas me puxa para um abraço, um abraço de consolo, um abraço de conforto. Eu enterro meu rosto em seu pescoço, inspirando seu cheiro doce, sentindo seus dedos correndo meu cabelo. Abraço de mãe, sempre, de alguma forma, nos conforta mais que qualquer coisa. Eu me afastei um pouco e beijo a bochecha de minha mãe.
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Futuro Rei
RomanceUm país rico, chamado Atlantic, conhecido por suas florestas e mares esplêndidos, e também conhecidos por seus reis serem benevolentes e humildes. Mas, o povo é devastado por uma dor imensa quando a sucessora do trono, Micayla Schumann morre. Isso...