Capítulo Sete

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Saio do meu escritório abotoando meu paletó, subo as escadas e bato na porta de Lindsay, que prontamente abre. Ela trajava um vestido amarelo, decote fechado, com uma saia esvoaçante. Em seus pés um salto não muito alto, vermelho.

- Me acompanha a um passeio? - Pergunto, e ela sorri.

- Claro - Ela passa o braço pelo meu e assim descemos juntos as escadas.

Desciamos a escada em silêncio, ela me olhava algumas vezes, mas eu permanecia com o rosto impassível, terminando de descer os degraus. A guio até a porta que dava para o jardim real, os guardas o abrem. Rapidamente um deles vão nos seguindo, a dez passsos de distância. O sol de Atlantic estava fresco, nem tão quente e nem tão frio. A brisa acariciava nossos rostos. Lindsay andava com elegância, a cabeça erguida, e as costas eretas. Ela fora realmente para ser uma rainha. Suspirei, e olhei para as flores do jardim. Havia uma variedade enorme.

- Sabe aquele canteiro de tulipas? - Falei apontando, atraindo a atenção dela. - Micayla e eu que plantamos.

- Prefiro rosas - Ela murmura.

Eu me calei, continuando a caminhada em silêncio. Eu observava todas as flores pela qual passávamos, elas eram lindas, com cores alegres. Algo que não existia dentro de mim há muito tempo: alegria.

- Meu pai tem um canteiro de rosas no castelo, gosto muito delas - Ela diz, e eu a olhei brevemente antes de olhar para frente novamente.

- Rosas apesar de bonitas, não atraem minha atenção. Gosto de tulipas, orquídeas, girassóis...

- Acho elas muito simples - Engoli toda a minha raiva. - Sua mãe gosta muito de petunias, mesmo que não seja uma flor tão apropriada para um palácio com esse porte. A flor é muito apagada.

- Era a flor favorita da minha irmã, Micayla - Ela se cala, e eu agradeço mentalmente. - Lindsay, acho melhor a senhorita se arrumar para o almoço. Vou fazer o mesmo.

Ela me olha confusa.

- Guarda, acompanhe a moça a seus aposentos, por gentileza - Ele confirma com a cabeça.

Entramos no castelo novamente e ela segue para uma direção e eu para outro. Vou diretamente para a cozinha, onde eu esperava encontrar uma certa loira, que não havia saído da minha cabeça o dia inteiro.

- Majestade! - Uma mulher não muito rechonchuda diz, enquanto faz uma formal reverência. Assim como todos os presentes. - Podemos lhe ajudar de alguma forma?

- Na verdade, sim. A jovem Hazel está por aqui? - Perguntei, a mulher balançou a cabeça negativamente.

- Ela tem cursos pela tarde - Eu suspirei, tristemente. - Ela fez algo? Mil perdões! Eu achei que seria bom...

- Não, ela é uma garota muito boa por sinal - A mulher sorri, aliviada. - Muito obrigada.

Eu aceno com a cabeça e subo novamente. O almoço começava daqui vinte minutos, então aproveitei para tomar um banho em meu quarto e colocar outro terno. Desci novamente, agradecendo por não encontrar Lindsay no caminho. Assim que chego na sala de jantar, eu faço uma reverência aos meus pais, irmãos e Lindsay. Eu me sento, pegando o guardanapo colocando-o no colo.

- Como foi o passeio, minha querida? - Minha mãe pergunta a Lindsay.

Eu não a olho, apenas pego uma colher para tomar a sopa que era o prato principal. Era uma sopa de espinafre, não era algo que eu adorasse, mas comi.

- Foi agradável. O príncipe Cameron me disse que Micayla e ele gostavam de plantar tulipas.

- Ah, sim! Me lembro de Micayla correndo pelo castelo suja de terra - O olhar de minha mãe se entristece. - Ela sempre quis plantar petunias, mas nunca arranjava tempo.

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