Capítulo Vinte e Um

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Meus passos eram pesados enquanto eu caminhava pelo corredor, com a arma em minha mão. Minha respiração estava pesada, e eu não tinha mais noção de tempo. Apenas tinha noção de quantos corpos de soldados eu havia deixado para trás.

Até finalmente ver a sala onde Banks estava. Estava sendo protegido por dois dos soldados, mas não me importei nenhum pouco quando enterrei duas balas na cabeça dos desgraçados. Somente conseguia ter a visão do meu irmão sangrando e chorando, após ser estuprado pelo filho da puta.

Eu chuto a porta, vendo Kyle preso por dois dos soldados. Ele se afastaram, sendo suficiente para o meu amigo atacar os mesmos com a espada, fazendo ambos caírem sangrando no chão. Olhei irado para Banks, sentindo minha visão escurecer, e a raiva borbulhar meu sangue. Eu comecei a andar até ele, que estava contra uma mesa, com o olhar debochado, mesmo estando totalmente desarmado.

- Cameron, matar ele não será a solução. Ele tem que pagar pelo o que fez. - Kyle tenta me convencer, enquanto eu levava a mão para o pescoço de seu pai.

- Vai desgraçado, diz para ele onde está a Hazel. AGORA! - Gritei, e Banks deu risada, olhando para Kyle.

- Aquela branquinha gostosa? - Ele diz, e deu risada. - Ela tem uma bucetinha apertada pra caralho.

Ele disse, e foi a gota d'água para que eu pegasse em seu cabelo, batendo sua cabeça contra a mesa, antes de erguer seu rosto novamente. Seu nariz estava sangrando sem parar.

- FALA! - Gritei, apertando seu pescoço.

- VOCÊ É PATÉTICO! - Ele gritou, começando a dar risada, mesmo com o nariz sangrando como um riacho. - Vamos lá, Cameron. Eu que matei a gostosinha da sua irmã, eu que estuprei seu irmãozinho gay de merda, eu que estuprei sua namoradinha virgem. E VOCÊ SÓ QUEBRA A PORRA DO MEU NARIZ?

Ele grita e eu o jogo no chão, olhei Kyle, ofegante, e apontei para a porta.

- Vá procurar a Hazel e sai com ela do castelo. Ache minha família e cuide deles. - Ele negou com a cabeça, se recusando a me deixar. - Não estou mandando como um amigo, estou mandando como seu rei.

Ele ficou estático, com seu olhar sobre mim. Até eu gritar um "VAI" e ele me obedecer, ainda hesitante. Eu fechei a porta, e tirando minha espada e minhas armas, deixando de lado. Eu ando até Banks, que ao me olhar, começou a rir. Sua risada tinha algo sombrio por trás, e isso que o tornava ainda mais doente do que ele era.

- Sabe esse sentimento de estar por baixo? FOI O QUE MEUS ANTEPASSADOS SENTIRAM QUANDO A SUA FAMÍLIA ASSASSINAVA OS NOSSOS! - Ele gritou, e continuou a rir, passando a mão no sangue do nariz. - Vamos, Cameron, me bate. Faz igual Jorge, me arrebenta e depois diz que foi para o melhor do país.

Eu fechei meu punho, me aproximando dele, puxando seu pescoço. Ele tinha um sorriso psicopata no rosto, e eu apenas tinha vontade de acabar com aquele sorrisinho lhe dando vários socos.

- Eu não sou o Jorge, nunca vou chegar a ser, e nem ao menos sou parecido. - Falei, entre dentes. Eu o agarrei pelo pescoço, apertando o mesmo, antes de o desferir um soco, deixando que ele caísse no chão novamente. - E eu prometo te deixar bem vivo para sua sentença.

Ele me olhou de olhos arregalos e eu chuto sua barriga, e depois sua cabeça, vendo o mesmo cuspir o sangue no chão, e junto um dente. Ele dá risada, encostando a cabeça sangrando no chão.

- Você é tão estúpido. Um principezinho insignificante! - Gritou, e eu chuto mais uma vez sua barriga.

- CALA A PORRA DA BOCA! - Eu gritei, e chuto sua boca.

Eu o seguro pelo colarinho, começando a desferir diversos socos. A raiva nublava minha mente, e eu só conseguia lembrar do meu irmão estirado no chão, nu. Só conseguia lembrar da minha irmã, morta, de Anna, de Lindsay. Do medo que tomou meu lar.

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