- Me coloque no chão agora! - Ordeno.
Victor sorri de canto e não me solta. Ele caminha comigo em seus braços pela sala, para em frente ao sofá e se senta comigo em seu colo.
- Me solte Victor. - Tento me levantar.
Ele me aperta contra si e não me liberta.
- Não quero. - Ele diz apenas.
- Victor... - Suspiro frustrada.
Meu coração ainda está acelerado pelo beijo que acabou de acontecer, e ficar tão próximo dele não está ajudando em nada. Pelo contrário, quero agarrar ainda mais nele, e beija-lo novamente.
- Victor estou pedindo com educação. - Reviro os olhos. - Não reclame se eu ficar violenta.
- Valerá a pena. - Seu sorriso se alarga.
- Preciso ir embora. - Falo. - Frank está me esperando.
Ele me aperta contra si, e faz uma cara emburrada.
- Você não vai se encontrar com ele. - Diz bravo.
Victor cola seu rosto nos meus seios, enquanto seus braços envolvem minha cintura.
- Você está parecendo um garoto mimado. - Reviro os olhos.
- Não me importo. - Ele fala. - Se isso for evitar que você se encontre com aquele idiota, então serei mimado.
- Victor...
- Fique quieta por um minuto. - Ele me corta.
Ele me aperta um pouco mais, e suspira alto.
Automaticamente minha mão vai parar em seus cabelos bagunçados, e começo a fazer cafuné em Victor.
- Isso é tão bom. - Fala.
Paro no mesmo instante, então ele diz:
- Não pare, continue.
Fico me perguntando o que Nick estará pensando sobre tudo isso. A última coisa que me lembro, foi de ouvir-lo dizer que iria embora já que não queria ver o que viria a seguir.
Apesar de desejar Victor loucamente, não irei ceder tão facilmente. Não quero ser mais uma, e não vou ser.
- Nunca imaginei ficar assim com você. - Victor me olha.
- Por quê? - Pergunto.
- Vivemos como gato e rato. - Sorri abertamente.
- Tudo culpa sua. - Dou de ombros.
- Você tem razão. - Assume. - Boa parte da culpa é minha, mas você não é nenhuma florzinha indefesa.
Victor tem razão, não sou tão inocente como pareço. Sou tão culpada quanto ele nisso tudo.
Na verdade tudo começou por minha causa. Se não tivesse agido daquela forma quando nos encontramos, toda essa guerra de poder teria sido evitada.
- Você é irritante. - Acuso. - Poderia ter ignorado minha brincadeira.
- Poderia. - Diz. - Mas então não teria tanta graça.
- Idiota. - Dou um tapa no seu braço.
- Ai. - Faz uma careta.
- Mentiroso. - O acuso. - Nem foi forte.
Victor faz um biquinho ridículo, mas ao mesmo tempo fofo.
- Da um beijinho para sarar.
- Eu lhe dei um tapa no braço e não nos lábios. - O empurro.
- Só um beijinho. - Pede novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Estranho Irresistível (Livro 4)
RomanceSérie Rendidos - Livro 4 Victor se tornou um homem amargurado e frio depois da traição da mulher que amava. A vida perfeita que ele tinha ao lado da amada não passava de mentiras. Tudo o que ele acreditava e sonhava, morreu no instante em que descob...