- O seu amigo Frank é solteiro? - Camy pergunta.
- Sim. - Falo.
- Interessante. - Ela sorri de canto.
- Pode desistir. - Victor fala. - Você não vai namorar nem tão cedo.
- Você não manda em mim. - Ela mostra língua para o irmão.
- Sou mais velho, então você deve me obedecer.
Camily revira os olhos enquanto bufa frustrada.
- Pode ser meu irmão mais velho, mas isso não lhe dá o direito de interferir nas minhas escolhas.
- Não me desobedeça. - Victor fala sério.
- Acho bom você cuidar da sua vida, que dá minha cuido eu. - Ela revida.
- Não briguem crianças. - Tento apaziguar os nervos.
- Ele quem começou. - Camy aponta o dedo para o irmão.
Victor mostra língua para ela parecendo uma criança birrenta.
- Sua irmã é adulta Victor. - Falo. - Se ela quiser namorar você não pode impedir.
- Vai ficar do lado dela? - Ele pergunta.
- Mas é claro. - Digo. - Camily não é uma criança, então não tem necessidade de proibi-la de fazer alguma coisa.
- Obrigada por me defender cunhadinha. - Ela beija meu rosto.
Victor é tão ciumento com a irmã, quanto Mark é comigo. Entendo o cuidado dos dois, mas chega a ser exagero.
- Ela não vai namorar e pronto. - Cruza os braços irritado.
- O que faria se meu tio ou Mark falasse a mesma coisa com você? - Pergunto.
- É totalmente diferente. - Ele diz.
- Não vejo diferença alguma. - Falo. - Se sua irmã começar a namorar com um bom rapaz, não vejo motivos para tanto drama.
- Mas...
- Ficaria ao seu lado se ela se envolvesse com um homem de mal caráter. - Continuo a falar. - Mas se não for esse o caso, não tem porque tanto receio.
Chega ser irritante ter que tentar explicar para esses homens que eles não tem nenhum direito sobre nossas vidas. Camily já é uma mulher de 25 anos, é independente e sabe se cuidar, mas o irmão a trata como uma garotinha de 10 anos.
Mark me tratou da mesma forma a vida toda, e apesar de gostar de sua preocupação comigo, já estava me cansando dele querer ditar as regras na minha vida.
- Se não quiser perder o respeito da sua irmã, pense bem antes de fazer ou falar algo. - Falo.
- Se juntaram contra eu. - Ele fala irritado.
- Claro que não. - Explico. - Estou apenas tentando abrir seus olhos para a vida.
Preocupação ou cuidado com uma criança é uma coisa, agora tentar mandar em uma mulher já feita é outra totalmente diferente.
É claro que tenho que assumir que me livrei de muitas coisas desagradáveis por causa do Mark. Mas talvez seria esses pequenos detalhes que me faria mais forte. Todo ser humano precisa quebrar a cara de vez em quando para dar valor ao que tem. E é através desses problemas que nos tornamos mais fortes e confiantes.
Não adianta prender uma pessoa e tentar fazê-la enxergar somente o lado bom da vida. É preciso estar preparado para algo bom, como também desagradável.
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Um Estranho Irresistível (Livro 4)
RomanceSérie Rendidos - Livro 4 Victor se tornou um homem amargurado e frio depois da traição da mulher que amava. A vida perfeita que ele tinha ao lado da amada não passava de mentiras. Tudo o que ele acreditava e sonhava, morreu no instante em que descob...