Capítulo 40 - Bônus 🌻

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Frank

- Vai passar o resto da noite no banheiro? - Pergunto para Camily.

- Sim! - Grita.

Já faz uma hora que ela se trancou no banheiro de um restaurante e não quer sair.

- Vamos embora Camily. - Falo novamente.

Ela abre um pouco da porta e diz:

- Pode ir sozinho.

- Não seja boba. - Sorrio abertamente.

- Vou pegar um táxi daqui a pouco.

Ela tenta fechar a porta novamente, mas coloco meu pé para impedi-la.

- O que está fazendo? - Ela arregala os olhos.

Empurro a porta com calma para não derruba-la e pego sua mão em seguida.

- Vamos juntos. - Falo.

A puxo para fora do banheiro e começo a andar com ela atrás de mim. Camily está relutante mas não desisto e continuo segurando sua mão com firmeza.

- Pode me soltar agora. - Ela pede ao sairmos do restaurante.

No instante que solto sua mão, Camily começa a correr para longe de mim. Corro atrás dela, antes que ela faça alguma bobeira.

- Camily pare! - Grito.

Ela finge não me escutar e continua correndo em meio as pessoas. Não paro para olhar se alguém está olhando ou não, apenas me preocupo em para-la.

- Pare. - Seguro seu braço.

Deu o maior trabalho para alcança-la, e olha que ela está de salto alto.

- Por que fez isso? - Pergunto meio sem fôlego.

- Bem... eu... - Ela fecha os olhos e suspira alto. - Estou envergonhada.

- Pelo quê?

- Tenho mesmo que responder a essa pergunta? - Retruca.

Fico em silêncio porque não quero deixa-la ainda mais constrangida.

- Não precisa se preocupar. - Falo. - Eu não ouvi nada.

- Ah meu Deus. - Ela tapa os olhos com as mãos. - Que vergonha.

- Esqueça isso. - Digo.

- Como se fosse possível. - Nega com a cabeça.

Entendo que ela esteja envergonhada, mas está fazendo tempestade em um copo d'água.

É óbvio que é a primeira vez que alguém solta um pum perto de mim quando vou beija-la, mas isso pode acontecer com qualquer um.

É vergonhoso? Sim. Mas não precisa tanta preocupação com uma coisa que todo mundo faz.

- Você deve estar pensando o pior de mim. - Passa as mãos trêmulas pelo rosto.

- Por que eu estaria? - Pergunto.

- Eu... eu...

- Esqueça isso Camily. - Peço sua mão e aperto de leve. - Eu já me esqueci.

- Estraguei nosso encontro. - Sorri fraco.

- Acho que está errada. - Falo. - Gostei muito do tempo que passamos juntos.

- Passei a maior parte escondida no banheiro. - Diz. - Com certeza foi o pior encontro da sua vida.

- É óbvio que não. - Reviro os olhos. - Para falar bem a verdade eu gostei de tudo.

Ela me olha com desconfiança, tentando ter certeza se estou mentindo ou não.

Um Estranho Irresistível  (Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora