Frank
- Vai passar o resto da noite no banheiro? - Pergunto para Camily.
- Sim! - Grita.
Já faz uma hora que ela se trancou no banheiro de um restaurante e não quer sair.
- Vamos embora Camily. - Falo novamente.
Ela abre um pouco da porta e diz:
- Pode ir sozinho.
- Não seja boba. - Sorrio abertamente.
- Vou pegar um táxi daqui a pouco.
Ela tenta fechar a porta novamente, mas coloco meu pé para impedi-la.
- O que está fazendo? - Ela arregala os olhos.
Empurro a porta com calma para não derruba-la e pego sua mão em seguida.
- Vamos juntos. - Falo.
A puxo para fora do banheiro e começo a andar com ela atrás de mim. Camily está relutante mas não desisto e continuo segurando sua mão com firmeza.
- Pode me soltar agora. - Ela pede ao sairmos do restaurante.
No instante que solto sua mão, Camily começa a correr para longe de mim. Corro atrás dela, antes que ela faça alguma bobeira.
- Camily pare! - Grito.
Ela finge não me escutar e continua correndo em meio as pessoas. Não paro para olhar se alguém está olhando ou não, apenas me preocupo em para-la.
- Pare. - Seguro seu braço.
Deu o maior trabalho para alcança-la, e olha que ela está de salto alto.
- Por que fez isso? - Pergunto meio sem fôlego.
- Bem... eu... - Ela fecha os olhos e suspira alto. - Estou envergonhada.
- Pelo quê?
- Tenho mesmo que responder a essa pergunta? - Retruca.
Fico em silêncio porque não quero deixa-la ainda mais constrangida.
- Não precisa se preocupar. - Falo. - Eu não ouvi nada.
- Ah meu Deus. - Ela tapa os olhos com as mãos. - Que vergonha.
- Esqueça isso. - Digo.
- Como se fosse possível. - Nega com a cabeça.
Entendo que ela esteja envergonhada, mas está fazendo tempestade em um copo d'água.
É óbvio que é a primeira vez que alguém solta um pum perto de mim quando vou beija-la, mas isso pode acontecer com qualquer um.
É vergonhoso? Sim. Mas não precisa tanta preocupação com uma coisa que todo mundo faz.
- Você deve estar pensando o pior de mim. - Passa as mãos trêmulas pelo rosto.
- Por que eu estaria? - Pergunto.
- Eu... eu...
- Esqueça isso Camily. - Peço sua mão e aperto de leve. - Eu já me esqueci.
- Estraguei nosso encontro. - Sorri fraco.
- Acho que está errada. - Falo. - Gostei muito do tempo que passamos juntos.
- Passei a maior parte escondida no banheiro. - Diz. - Com certeza foi o pior encontro da sua vida.
- É óbvio que não. - Reviro os olhos. - Para falar bem a verdade eu gostei de tudo.
Ela me olha com desconfiança, tentando ter certeza se estou mentindo ou não.
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Um Estranho Irresistível (Livro 4)
RomanceSérie Rendidos - Livro 4 Victor se tornou um homem amargurado e frio depois da traição da mulher que amava. A vida perfeita que ele tinha ao lado da amada não passava de mentiras. Tudo o que ele acreditava e sonhava, morreu no instante em que descob...