- De que bebê estão falando Lya? - Mark pergunta pela milésima vez.
- Do meu, droga! - Me irrito.
- Meu Deus. - Emi leva as mãos a boca.
- Quem é o pai Lya? - Mark continua o interrogatório.
- De quem você acha? - Retruco.
Precisam mesmo fazer essa pergunta idiota? Pareço o tipo de mulher que sai com um homem atrás do outro?
- Vou matar aquele desgraçado. - Mark começa a andar de um lado para o outro.
- Você não vai fazer nada. - Digo. - A vida é minha então não tem o porque se intrometer.
- Você só pode estar brincando comigo. - Diz incrédulo.
- Mark, sou adulta. - Suspiro frustrada. - Interessa somente a mim as cagadas que faço na vida. Eu tenho que me responsabilizar por meus erros e não você.
Não que eu ache que um filho seja um erro, mas no meu caso foi um acidente, e não algo planejado entre Victor e eu.
- Amor se acalme. - Emília passa a mão por suas costas.
- Eu estou calmo. - Ri alto. - Nunca estive tão calmo em toda minha vida.
Sua cara demonstra o oposto, mas fico quieta para não deixá-lo ainda mais bravo.
- O que estão fazendo aqui? - Pergunto.
- Eu liguei para eles. - Anne fala.
Ela sorri fraco para mim, tentando me confortar mesmo que seja um pouco, pois ela sabe que Mark quando começa fazer dramas não para mais.
- Não sabia que estava grávida? - Emília pergunta.
- Não. - Digo.
Não tive nenhum sintoma nesse tempo, e por estar muito magra minha barriga quase não apareceu ainda. Foi uma supresa e tanto para mim, e com toda certeza para Victor também será.
Acabamos fazendo um filho em uma noite de bebedeira, e agora não tenho ideia de como contarei isso para ele.
Espero de coração que ele não fuja de sua responsabilidade, e não me culpe pelo que aconteceu. Não quero que meu bebê tenha um pai ausente, mesmo que nosso relacionamento tenha acabado.
- O que está acontecendo aqui? - Olho para o lado e vejo meu tio parado.
- Tio. - Estendo os braços.
Ele caminha até mim com um sorriso largo nos lábios e Carmem vem logo atrás.
- Que saudades da minha mocinha. - Ele me abraça.
- Também senti sua falta. - Faço beicinho.
- Como está se sentindo meu bem? - Ele pergunta.
- Muito bem. - Sorrio abertamente. - Melhor agora que vi o senhor.
Meu tio depois que saiu da empresa começou a viajar pelo mundo. Quase nunca está em casa, e provavelmente só voltou para o nascimento de Malia.
- Quando chegaram? - Mark pergunta para o pai.
- Hoje de manhã. - Fala.
- Como sabia que eu estava internada? - Fico curiosa.
- Anne me falou. - Ele diz. - Era para ser surpresa a nossa volta para casa, mas acabou que nós fomos pegos de supresa com você no hospital.
Carmem continua abraçada com Emília, enquanto as duas sorriem felizes.
- Está se sentindo bem querida? - Carmem larga Emília e vem até mim.
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Um Estranho Irresistível (Livro 4)
RomanceSérie Rendidos - Livro 4 Victor se tornou um homem amargurado e frio depois da traição da mulher que amava. A vida perfeita que ele tinha ao lado da amada não passava de mentiras. Tudo o que ele acreditava e sonhava, morreu no instante em que descob...