Abro a porta do carro e pulo para fora. Quando chego perto do homem, ele me fuzila com o olhar.
- Você é louca?! - Ele grita.
- Você surgiu na minha frente do nada! - Retruco.
Ele desce na moto, em seguida tira o capacete e coloca sobre o retrovisor. Ele não chegou a cair no chão graças a Deus.
- Olha o que você fez na minha moto! - Ele passa a mão por um sinal quase imperceptível.
- O senhor me desculpe. - Digo já me irritando. - Mas a culpa foi sua!
- Além de péssima motorista, ainda é mal educada.
Passo a mão por meu rosto, na tentativa de me acalmar, e não socar a cara do idiota lindo na minha frente.
Seus cabelos e a barba comprida, o deixa com a aparência sexy e selvagem. Mas como nada é perfeito, é um completo idiota arrogante.
- Se o senhor prestasse mais atenção, não teria acertado sua moto. - Resmungo.
- Agora a culpa é minha? - Ele pergunta.
- Minha que não é. - Reviro os olhos.
Ele leva a mão aos cabelos, e não sei por qual motivo esse gesto me chama atenção. Sua camiseta se levanta um pouquinho, exibindo um pedaço do meu abdômen bem definido.
- O que foi? - Ele sorri de canto. - Gosta do que vê?
- É o que?! - Praticamente grito. - Eu... eu... É óbvio que não.
Não sei disfarçar nem um pouco, e acabei sendo pega em flagrante.
- Você não sabe mentir. - Ele sorri com malícia.
Não sei mesmo, mas é óbvio que não darei esse gostinho a ele.
- Já vi coisa melhor. - Finjo desinteresse.
Seu sorriso morre nos lábios, e da lugar a carranca novamente.
- Você vai pagar pelo estrago que fez na minha moto.
- Não vou pagar nada porque não tive culpa. - Retruco. - Você deveria pagar o aranhão no meu carro.
Dessa vez a culpa realmente não foi minha. Ele apareceu do nada em minha frente. Por sorte estava de vagar, e o estrago foi pouco.
- Você vai pagar sim. - Ele fala.
- Não vou pagar nada. - Retruco com irritação.
- Você vai sim. - Ele chega para mais perto de mim.
- Não vou. - Faço o mesmo.
Se ele pensa que pode me intimidar, está muito enganado.
- Você é tão irritante. - Ele resmunga.
Estamos a centímetros um do outro, tão perto que sinto sua respiração e seu hálito quente contra meu rosto.
Me distancio lentamente, pois comecei a ficar desconfortável com a proximidade.
- Se quiser me processe. - Digo. - Não vou pagar por algo que não foi minha culpa.
Lhe dou as costas e caminho lentamente até meu carro.
- Pode parando onde está. - Ele segura meu braço.
Olho para onde sua mão quente está segurando, em seguida para seu rosto e digo:
- Me solta.
- Se não o quê? - Ele diz cínico. - Vai me bater?
- É exatamente o que farei. - Falo.
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Um Estranho Irresistível (Livro 4)
RomansaSérie Rendidos - Livro 4 Victor se tornou um homem amargurado e frio depois da traição da mulher que amava. A vida perfeita que ele tinha ao lado da amada não passava de mentiras. Tudo o que ele acreditava e sonhava, morreu no instante em que descob...