Capítulo 2

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Abro a porta do carro e pulo para fora. Quando chego perto do homem, ele me fuzila com o olhar.

- Você é louca?! - Ele grita.

- Você surgiu na minha frente do nada! - Retruco.

Ele desce na moto, em seguida tira o capacete e coloca sobre o retrovisor. Ele não chegou a cair no chão graças a Deus.

- Olha o que você fez na minha moto! - Ele passa a mão por um sinal quase imperceptível.

- O senhor me desculpe. - Digo já me irritando. - Mas a culpa foi sua!

- Além de péssima motorista, ainda é mal educada.

Passo a mão por meu rosto, na tentativa de me acalmar, e não socar a cara do idiota lindo na minha frente.

Seus cabelos e a barba comprida, o deixa com a aparência sexy e selvagem. Mas como nada é perfeito, é um completo idiota arrogante.

- Se o senhor prestasse mais atenção, não teria acertado sua moto. - Resmungo.

- Agora a culpa é minha? - Ele pergunta.

- Minha que não é. - Reviro os olhos.

Ele leva a mão aos cabelos, e não sei por qual motivo esse gesto me chama atenção. Sua camiseta se levanta um pouquinho, exibindo um pedaço do meu abdômen bem definido.

- O que foi? - Ele sorri de canto. - Gosta do que vê?

- É o que?! - Praticamente grito. - Eu... eu... É óbvio que não.

Não sei disfarçar nem um pouco, e acabei sendo pega em flagrante.

- Você não sabe mentir. - Ele sorri com malícia.

Não sei mesmo, mas é óbvio que não darei esse gostinho a ele.

- Já vi coisa melhor. - Finjo desinteresse.

Seu sorriso morre nos lábios, e da lugar a carranca novamente.

- Você vai pagar pelo estrago que fez na minha moto.

- Não vou pagar nada porque não tive culpa. - Retruco. - Você deveria pagar o aranhão no meu carro.

Dessa vez a culpa realmente não foi minha. Ele apareceu do nada em minha frente. Por sorte estava de vagar, e o estrago foi pouco.

- Você vai pagar sim. - Ele fala.

- Não vou pagar nada. - Retruco com irritação.

- Você vai sim. - Ele chega para mais perto de mim.

- Não vou. - Faço o mesmo.

Se ele pensa que pode me intimidar, está muito enganado.

- Você é tão irritante. - Ele resmunga.

Estamos a centímetros um do outro, tão perto que sinto sua respiração e seu hálito quente contra meu rosto.

Me distancio lentamente, pois comecei a ficar desconfortável com a proximidade.

- Se quiser me processe. - Digo. - Não vou pagar por algo que não foi minha culpa.

Lhe dou as costas e caminho lentamente até meu carro.

- Pode parando onde está. - Ele segura meu braço.

Olho para onde sua mão quente está segurando, em seguida para seu rosto e digo:

- Me solta.

- Se não o quê? - Ele diz cínico. - Vai me bater?

- É exatamente o que farei. - Falo.

Um Estranho Irresistível  (Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora