it began as a mistake

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O palhaço se afastou lentamente de seu rosto, pegou a arma no chão e se virou para o russo rechonchudo, indo em sua direção

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O palhaço se afastou lentamente de seu rosto, pegou a arma no chão e se virou para o russo rechonchudo, indo em sua direção.


Charlotte estava em estado de choque, e escorregou as costas pela parede até sentar no chão com os joelhos encolhidos sobre o peito.

-Sinto muito pelo ocorrido, essa parece meio espirituosa de mais! Vou arrumar outra no mesmo padrão de aparência para você, só me de um tempo- disse calmamente gesticulando.

O homem bufou irritado, passando a mão pelos poucos e ralos fios no topo da cabeça quase lisa.

-É bom que tire as cordas vocais na próxima! E eu quero mais barato ouviu? Você me deve por esse inconveniente!

-Claro, claro... Agora, amarrem essa menina antes que ela resolva brincar com as armas de novo e mate outro de vocês- gritou exasperado para os bandidos, que correram segurando com força os membros finos.

Talvez a adrenalina por ter matado um homem tenha mexido de mais com sua cabeça, e agora estava em um estado pesaroso e letárgico, então não foi difícil para os rapazes amarrarem seus pulsos com força ao pé da mesa.

O comprador irritado foi embora levando consigo um caminhão vazio, provavelmente da carga que estava nas caixas agora espalhadas pelo galpão. Os homens não paravam o trabalho, por mais que ela chorasse atada ao móvel, ninguém parecia ligar. Talvez fosse algo corriqueiro por lá.

Coringa estava sentado observando alguns papéis em suas mãos e murmurando coisas para si mesmo.

Sentindo os pulsos formigarem, Charlotte se deu conta do quão apertado estava o nó, e então, com o resto da adrenalina deixando seu sistema, a área afetada começou a doer, como se várias agulhas estivessem perfurando a pele dos seus punhos.

Por mais que tentasse se remexer, a corda não afrouxava, como um torniquete exagerado. Iria acabar com a mão decepada.

A jovem não percebeu quando a mesa rangeu sobre si, chamando a atenção do palhaço.

O mesmo levantou-se e foi devagar em sua direção, com os olhos estreitos e as mãos atrás das costas.

Estava tão entretida em não perder as mãos por falta de circulação, que não viu os pés chegando perto, até que uma mão firme agarrou os cabelos de sua nuca, fazendo com que encarasse-o de baixo gemendo de dor.

-Tentando escapar, gracinha?- Os olhos negro desceram do rosto angelical até o sutiã exposto- sugiro que se comporte por aqui, vai saber o que algum deles faria com você se te pegasse fora da minha vista...

-Esta apertado...

-Seus pulsos?

-Sim..

-Que pena, não? Ficará assim, para o caso de tentar fugir!

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