Perdida no submundo criminoso de Gotham city, Charlotte Goodheart se vê presa a ninguém mais do que o Coringa. Impossibilitada de procurar ajuda da polícia, ameaçada pelas facções rivais, e vendida pelo próprio pai para fechar um acordo com a mafia...
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A manhã havia sido tranquila, Charlotte dormiu como de costume na cama do amigo, porém, o mesmo levantou na parte da tarde, arrastado de sono por ter ficado acordado até às 9 da manhã.
Cansado, ele levou Genevieve para se matricular em uma escola no bairro.
O rapaz passou boa parte do resto de tempo ensolarado, com a irmã no centro da cidade, lidando de assuntos necessários.
Voltando para casa, o céu já escurecia, levando os tons alaranjados, para trazer o azul marinho salpicado de estrelas.
Indo ao quarto, viu que Charlotte dormia ruidosamente, abraçada nos travesseiros.
A menina havia rolado para o centro da cama, puxando as cobertas em um aperto macio. O único problema de dormir com ela, era o fato de ser espaçosa. A jovem adorava roubar as cobertas ou se esparramar pelo colchão, fazendo-o se encolher no canto.
-Acorda, sua folgada- falou alto, puxando o edredom do corpo feminino.
-Vai catar coquinho, Augusto!- ralhou de volta com os olhos apertados sob a luz que havia sido acesa, enquanto puxava de volta a coberta sobre o rosto.
-Você lembra que tem que encontrar o Wayne em uma hora e meia, não lembra?- disse com os braços cruzados sobre o peito.
Nesse momento, a morena despertou de vez, jogando os travesseiros para o lado e levantando em um pulo.
-Obrigada por me lembrar- agradeceu correndo para dentro do banheiro.
-Cabeçuda!
-Eu também te amo!- gritou ligando o chuveiro e se livrando das roupas.
Depois de um bom banho, secou as madeixas com um secador, sentindo o cheiro morno de comida quando abriu a porta. Augusto estava cozinhando.
No quarto, pegou do seu lado no armário um vestido azul até os joelhos e saltos de boneca pretos.
Pensando no mauricinho, ela sentiu as malditas borboletas enfurecidas em sua barriga, com um friozinho conhecido. Apesar da certeza de que essa ansiedade era completamente perigosa, tendo em vista de que ela estava visando tapear Bruce Wayne, deixou-se consolar com a ideia de que era apenas por ele ser charmoso, e pelo fato de que nunca foi de ter uma vida social agitada com homens.
Suspirando, passou a mesma maquiagem suave como da última vez, e deu-se como pronta.
Até que se lembrou da pistola dentro do guarda roupa.
