Perdida no submundo criminoso de Gotham city, Charlotte Goodheart se vê presa a ninguém mais do que o Coringa. Impossibilitada de procurar ajuda da polícia, ameaçada pelas facções rivais, e vendida pelo próprio pai para fechar um acordo com a mafia...
Oi meus babys! Trago o final dessa Season para vocês, espero que gostem!
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O som arranhado da polvora em fricção lhe deu um arrepio na espinha.
Coringa, que guardou a arma de volta no paletó, respirava pesadamente ao seu lado, até que tomou-lhe a mão com o fósforo aceso, e a afastou dos pneus embebidos em gasolina.
-Tem uma condição aqui, senhorita Charlotte- Sorriu ainda com a camera filmando a cena toda- Você pode salvar esse homem, é só não queima-lo! Eu vou soltar você, sem problema algum, mas logo em seguida, vou atrás do meu "funcionário" que te hospedava- Arrematou com um sorriso rasgado.
Goodheart sentiu a face gelar, como se o sangue em suas veias tivesse na temperatura abaixo de zero.
Ele a estava dando uma escolha: condenar augusto a morte certa, e ser solta e inocentada pelo testemunho do policial sequestrado, o qual ela pouparia a vida, ou; matar o rapaz em frente a câmera, dando ao coringa provas concretas de que ela era uma criminosa como ele, e salvar a vida de seu amigo, mesmo condenada a ferro e fogo para trabalhar com o palhaço.
Naquele lixão, ela deixou as lágrimas descerem pelo rosto pálido, umidecendo as bochechas cálidas pelo medo.
Charlotte tremia no meio do desespero agudo, sua vontade de correr dali, tendo a certeza de que levaria um tiro nas costas, era inexorável quase, mas sabia que aquilo não iria garantir a vida do policial, muito menos a de Augusto.
Queria se ver livre de tudo aquilo, ter sua vida de volta aos eixos, a chance de botar seu pai na cadeia com o Batman. Mas nada daquilo valeria a pena se soubesse que o sangue de seu amigo estaria sujando suas mãos.
Os dedos trêmulos seguravam com delicadeza aquela 'lasca de madeira fina, que pouco a pouco era consumida pelo fogo, queimando-lhe as pontas sob as unhas bem lixadas.
-Vamos! Escolha! Não temos todo tempo do mundo!- Vociferou o palhaço.
Ela o fitou com os olhos azuis perdidos, completamente incerta do que fazer.
Se simplesmente fosse embora, nunca teria de ouvir falar no Augusto, ninguém nunca a cobraria de nada, ele simplesmente sumiria do mapa, e ela estaria com toda a fortuna de seu pai, que provavelmente iria para a cadeia.
Mas não. Ela não esqueceria dele, e nem de sua irmã. Genevieve. A menina não teria também um bom fim, provavelmente iria para algum bordel ou qualquer lugar do gênero, e as orbes de jade lhe assombrariam pelo resto de sua vida.
Não.
Aquela escolha não era difícil.
-Vejo que já se decidiu.- Disse o palhaço virando-se para ir embora- Mandarei uma abraço seu a Augusto, um bem quente!
