Os primeiros ventos da liberdade

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(18+)

Não sabia por quantas horas havia dormido, mas se sentia atrofiada

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Não sabia por quantas horas havia dormido, mas se sentia atrofiada. A lua já brilhava pálida dentre o céu sem estrelas, e ela havia sido coberta com o edredom xexelento que fedia a mofo.

Se espreguiçou sentada, erguendo os braços com vontade, e coçou os olhos apertados. As memórias atingiram-na de supetão, e Charlotte sentiu a vertigem tomar-lhe o corpo, fazendo-a deitar novamente. O mais surpreendente de todos os fatos, era o coringa ter cedido a sua idéia surreal, e ainda por cima, não tê-la amarrado em algum lugar para que não fugisse.

-Ja era hora, bela adormecida- reconheceu a voz rouca característica.

A jovem se virou, e um pouco mais para trás, estava o palhaço, ameaçador como sempre, com sua maquiagem habitual, sentado em frente a uma mesa pequena de metal com uma garrafa de bebida envolvida em um papel pardo congelado, e outros objetos.

Charlotte sentiu vontade de correr para o outro lado e chegar a porta, mas provavelmente iria morrer, então tentou se assegurar do plano inicial e se aproximar do mafioso.

Jogando a coberta de lado, se levantou ajeitando a saia e se sentou ao seu lado, na cadeira que havia sobrado.

A lua cheia estava resplandecente, iluminando o lugar sem problemas.

-Você tava me observando dormir?- perguntou cerrando os olhos enquanto ele pegava um copo e servia do líquido duvidoso para Charlotte.

-Há!- riu ironicamente- Obviamente eu não tenho nada a mais pra fazer, então eu com certeza fico assistindo colegiais dormindo por aí!

-Não precisa ser grosso! Você tava aqui quando eu acordei ué!

-Não tem nada mais interessante que queira conversar?- perguntou tomando um gole generoso de sua bebida.

Charlotte encarou o copo na sua frente sobre a mesa, e o pegou sorvendo um pouco. O líquido extremamente alcoólico ardeu em sua garganta, fazendo-a se segurar pra não cuspir tudo.

O homem riu da sua falta de habilidade.

-Nao bebe, não fuma, não cheira, não anda, não sabe atirar... Só fala!-Cuspiu risonho-Como pretende me ajudar com qualquer coisa se não consegue nem tomar um gole de whisky sem quase vomitar?

-Eu só estou só me aquecendo! É claro que eu cheiro! Cheirava o tempo todo no reino unido!- mentiu cruzando os braços de forma birrenta sobre o peito.

Com uma expressão de divertimento, ele colocou a mão dentro do bolso do paletó roxo, tirando com a palma enluvada um saquinho de plástico transparente pequeno, com uma pedrinha, do tamanho da ponta de um polegar, branca.

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