Psycho Path

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Eai minha gente bonita! Trago hoje o começo da desgraça. Espero que gostem do teor sutil e da surpresa final.

Eu queria agradecer as meninas que tem me ajudado na divulgação e a todos vocês que comentam e votam nos capítulos. Beijos, queijos e vinhos.

Boa leitura

Charlotte encarou do batente a penumbra vazia do quarto de Augusto por intermináveis segundos, tentando explicar pra si mesma a coerência dos fatos

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Charlotte encarou do batente a penumbra vazia do quarto de Augusto por intermináveis segundos, tentando explicar pra si mesma a coerência dos fatos.

Seu amigo encostou-se na parede, escorregando ao chão enquanto soltava um suspiro aliviado. O corte em seu rosto ainda sangrava enquanto, ao seu entorno, uma marca sobressaltada se tingia de uma mistura bruta entre púrpura e vermelho. Os olhos verdes se fecharam em um momento de reflexão enquanto a jovem se sentava ao seu lado.

-Então está declarado. Estamos contra o palhaço- resmungou Augusto, mais para si mesmo do que para ela.

-Me desculpe, eu não deveria ter tomado essa decisão por você.

-Não mesmo, mas já que tomou, não temos mais para onde correr.

-Acha que vamos pegá-lo de verdade?

-Eu prefiro acreditar que sim. Coringa parece um cão desgovernado, algo puramente aleatório, mas ele é um gênio. Eu nunca duvidei e nem vou duvidar disso. Ele é um líder de uma filosofia que confronta tudo o que a sociedade prega como correto, não subestime a lógica ou as táticas dele.

-Eu esperava que você somente dissesse "sim", mas ok- respondeu suspirando alto pelo desanimo.

Os dois mantinham as pernas esticadas quase tocando a ponta dos pés na parede da frente, dentro do corredor. As mãos da moça se colocavam de forma cansada e frouxa sobre o colo de vestido agora tão abarrotado na costura fina, enquanto o moreno mantinha as suas ao lado do corpo, apoiadas ao chão. A sintonia do desanimo latente era visível a olho nu, tanto pelos olhares esgotados fitando pontos indefiniveis em sua fronte, quanto pelas cabeças de ambos apoiadas na parede de forma preguiçosa.

-Você tem uma boa arma- disse Augusto, sem deixar de fitar o vazio.

-Quem arma? Eu perdi a minha no carro do Wayne.

-Não tô falando da pistola, tô falando dos seus dotes.

-Fale a minha língua, por obséquio- resmungou franzindo a tez aborrecida.

-To falando da sua boceta.

Os olhos azuis se abriram enquanto ela armava uma de sua sobrancelhas, para finalmente fita-lo abestalhada.

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