Siga em frente

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O tempo passou tão depressa que parecia que as pessoas estivessem em transe, paradas no tempo, ou vivendo de forma muito lenta.

E durante todo esse tempo Diana tentou inúmeras vezes mandar SMS e e-mails a Matt, mas suas mensagens nunca tiveram resposta, arriscou deixar mensagem na caixa postal, mas nem isso. Lamentos e súplicas de perdão, eram os assuntos de todas as mensagens, pelo menos uma resposta era tudo o que queria, mas sempre que checava sua caixa de e-mail, não tinha nada além de mensagens de Madalena, seus avós e de seu terapeuta que ainda a atendia por Skype. Não era consultado há mais de duas semanas, depois de toda a confusão. Diana não tinha vontade de conversar com ninguém, sair de casa era sempre uma tortura, passava a maior parte do dia deitada olhando para o teto, chorando e se lamentando pela besteira que fez, chegou a faltar algumas aulas. Foi quando percebeu que Matt era alguém importante em sua vida e que lhe fazia falta.

Pensou um dia que poderia se livrar dos malditos remédios, mas lá estavam eles sendo consumidos a contragosto. Diana passou dias com tremedeiras por todo o corpo, dolorido, suando e sofrendo calada tudo para não colocar um comprimido na boca.

Alguns de seus pesadelos se fizeram presentes, passou dias chorando ao acordar, por sua sorte não era do tipo que gritava enquanto dormia, mas acordava quase sempre chorando.

April sabia que havia algo de errado com ela, que Matt não era o único culpado de seu sofrimento, mas Diana sempre dava um jeito de fugir do assunto, e colocar a culpa nas irresponsabilidades e sua paixão pelo militar.

Completaria dois meses desde que Matt foi embora e Marshall continuava a ignorá-la.

Jeremy era um ótimo amigo, pena que não substituía Carter, mas pelo menos fazia companhia nas horas vagas, não que Diana fizesse muita questão. O sorriso da ruiva sempre parecia triste e o rapaz queria de alguma forma poder ajudar. Depois de todo o episódio da festa, ela não tocou no assunto novamente, mesmo quando o rapaz tentava persuadi-la a conversar sobre os dois, porém a jovem desviava a conversa ou simplesmente, "Não quero conversar sobre isso", o que deixava Jeremy muito chateado, já que ele se sentia um pouco culpado pela situação toda.

As provas estavam chegando e Diana tinha apenas uma semana para entregar seu projeto em parceria com os alunos de engenharia, ambas as profissões deveriam saber o seu papel e trabalhar em conjunto. Que se resumia: escolher qualquer estabelecimento, moradia, ou estrutura e criar uma maquete inspirado no local já construído ou criar algo totalmente novo, mapear a planta de sua estrutura e apresentar a criação para a turma. Era uma verdadeira competição de criatividade. Enquanto Jeremy se encarregava de construir, Diana precisava criar a planta, mas nem ao menos tinha um local definido e sem ideias para um novo. Imediatamente pensou em Carter, mas sabia que ele se recusaria a trabalhar com ela no projeto. Escolheram um estudante aleatório da turma do segundo ano, mas descobriram da pior maneira porque ele não tinha uma equipe faltando uma semana para entrega do projeto. O rapaz não estava muito interessado em trabalhar, deixando a dupla sobrecarregada.

Parecia que todas as ideias que Jeremy compartilhava não eram boas o suficiente para a moça. O que a deixou com a tarefa mais complicada e Jeremy frustrado.

A biblioteca, um círculo perfeito e aparência rústica, mesas redondas de madeira maciça em tom marrom escuro, estantes da mesma cor, recheadas de diversos livros de capa dura, tão altas que precisava de escadas para alcançar os livros sobre arquitetura barroca. Um imenso candelabro ao centro no alto do teto, que se estendia com maravilhosas correntes de cristal e luz distribuídos como uma pizza. Imensas janelas com a base começando no chão e chegando até um pouco mais baixo do teto, incrível janelas em horizontal em forma circular no topo, era coberta com maravilhosas cortinas de tecido pesado na cor dourada. Algumas pequenas mesas expostas com um abajur laranja entre as estantes. Tapetes grossos de tecido poliéster vermelhos, acobertava o chão de madeira evitando que fizesse barulho ao pisar.

A Perfeita Arte de Ser MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora