Confuso

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Tinha algo de errado com seu namorado. Diana sabia somente pelo olhar distante do homem. A atmosfera de dentro do carro era pesada, e não sabia dizer se tinha alguma culpa por seu estado sério. Ele se manteve em silencio durante toda a viagem, e só falava o que era lhe perguntado. Matthews parecia distante, seu humor estava baixo, sério, com semblante preocupado. A mulher tentou questionar, porém o rapaz sorria de forma frágil e apenas dizia que estava tudo bem. E se recusava a falar qualquer coisa sobre as últimas horas.

Escolheram uma porção de files de peixe, saladas variadas e bife em um restaurante simples de Londres, após o jantar veriam alguma programação no cinema. Diana falava sobre seu dia e a nova paquera de Carter, além do relacionamento de suas amigas que não estava indo bem. As novidades de Oxford, mas Matt parecia ainda mais distante, seus pensamentos flutuavam para longe e mal ouvia Diana tagarelar sem parar.

— Ei, está tudo bem? — chamou Diana, trazendo Matt a realidade após esfregar os pelos de seu braço apoiado sobre a mesa.

— O quê? — disse em um tom avoado.

— Você está tão distante. Aconteceu alguma coisa?

— Não, não, eu estou bem. Só estou cansado. — Sua voz era abatida.

— Ok. — disse ela compreensiva. — Quer ir pra casa? A gente pode tentar fazer alguma coisa legal. Aí você descansa.

— Não, Diana. Depois do cinema eu vou pra casa do Diego. Amanhã tenho treinamento bem cedo. Eu tô cansado.

— Matt, você não está bem... Vamos embora então? — falou ela decidindo se levantar.

— Não! Você queria tanto ver aquele filme.

— Mas você não quer e está estranho desde ontem. Matt não precisa fazer as coisas pra me agradar. Vamos embora, você está seco e distante o tempo todo.

— Ok. Eu sei, me desculpe. Tá bom, eu vou tentar te dar mais atenção dessa vez.

— Tem certeza de que não quer ir embora? — falou a moça voltando a se sentar.

— Não, estou bem. — Ele pegou em sua mão e acariciou a namorada, tentando confortá-la. Não queria estragar tudo com seu mal humor.

Seguiram com os planos dos passeios e cinema, mas Diana ficou retraída, já que Matt continuou de mal humor. Não foi o melhor de seus encontros, mas pelo menos estava a companhia do namorado. Ela não sabia o que fazer para melhorar o astral do homem e muito menos o que estava acontecendo com ele. Decidiu deixá-lo em paz, sem toda sua tagarelice, sem o falatório de sua vida, apenas na dele.

Era para ser a noite de amores, mas Matt estava tão distante que estragou qualquer tipo de clima romântico. Depois de todo o esforço para se sentir bem ao lado da amada. O filme estava mais apimentado do que nos relatos dos críticos, e Diana estava tão excitada que mal percebeu que o clima do namorado já havia esfriado fazia tempo. Matt não queria decepcioná-la e seguiu com os planos, queria vê-la sorrir, compensar pelo encontro ruim. As preliminares foram mais rápido do que o de costume e seu desempenho foi horrível. Sua mente estava em outro lugar, e ele só queria que aquele dia terminasse logo.

A moça não conseguiu sentir as pernas tremer como de costume, e o famoso papai e mamãe foi a única coisa que aconteceu durante todo o sexo, e quando estava começando a ficar bom de vez. Matt parou e saiu, caindo para um lado como um coelho exausto, deixando Diana extremamente frustrada.

Ela encarou o teto incrédula com o fracasso sexual, cobriu o corpo com o lençol e bufou irritada.

— Desculpe. Eu tô cansado. — falou entre as pausas para respirar. — Só preciso recuperar o fôlego e podemos continuar.

A Perfeita Arte de Ser MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora