Os dias foram passando e a cada dia, Diana se sentia melhor em relação a sua vida, por mais que muitos ainda a criticavam ou não acreditasse em sua história, as pessoas mais próximas se compadecia e era isso o que importava.
Aquele ano, Daniel estaria no comando da empresa de seu pai e era sua chance de mostrar sua competência e dedicação durante todos os anos que prestou serviço sem privilégios.
Daniel estava ansioso para rever os filhos. Se surpreendeu ao entrar em território tropical, já fazia muito tempo que esteve no Brasil, e mal se lembrava como o país era nesta época do ano. Uma vez ao ano, durante as férias os garotos passavam o tempo com o segundo pai na Inglaterra. Era preferível, já que Daniel era ocupado demais para viajar a passeio, trabalhava dobrado sempre que podia a fim de manter nos trilhos a empresa que um dia herdaria.
Removeu todas as blusas de frio que o aqueciam contra o inverno britânico, e se deparou com o imenso calor do verão brasileiro. Se arrependeu de viajar com roupas quentes de inverno. Agora se sentia assando dentro de uma lata. O avião logo pousaria, e poderia se livrar de seus trajes quentes. A janela do avião mostrava um maravilhoso sol forte, uma minúscula cidade urbana, mais à frente como podia ver do alto, havia matas, rios e uma floresta. O que seria surpreendente vindo de uma cidade comercial, mas ainda restava algum vestígio de natureza que foi desmatada há muitos anos.
"Senhores passageiros, entramos na cidade de São Paulo, e estamos próximo de pousar, por favor, coloquem os cintos de segurança."
A aeromoça parecia meio perdida nas palavras, era a primeira vez que estava viajando em seu novo emprego. Ela estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo. Queria mostrar um excelente serviço.
O avião fez a curva e começou a descer, o barulho das turbinas dava a impressão que explodiria a qualquer momento, mas Daniel estava acostumado e sabia que era normal. As chacoalhada devido às turbulências também era algo normal, porém não muito agradável, sempre que o avião chacoalhava Daniel sentia seu coração querer pular para fora.
O avião foi perdendo altitude e se encontrou com a pista iluminada e um imperceptível baque, deslizando suave pela via aérea e perdendo a velocidade aos poucos, até pousar de vez.
Daniel pegou suas malas e se direcionou a sala de desembarque. Onde tinha duas crianças ansiosas e uma mulher magnífica que ainda fazia parte de seus pensamentos.
As crianças correram e abraçaram suas pernas, sendo acolhidos pelos braços de Daniel.
— Pai, estávamos com muita saudade. Que legal que você veio. — falou Dylan entusiasmado.
— Eu também estava morrendo de saudades de você. — Ryan pronunciou ainda agarrando as pernas do rapaz.
— E eu também estava morrendo de saudades. — Assim que as crianças soltaram sua perna. Daniel se ajoelhou e abraçou os filhos, deu um beijo no topo da cabeça de cada um e voltou a abraçá-los ainda mais fortes, como se estivesse se despedindo.
— Vocês estão enormes, cresceram bastante. — Sorriu Daniel ao olhar para as crianças. — E o inglês também, mas precisa melhorar um pouquinho.
— Sabemos. Pai você trouxe presentes? — perguntou Dylan.
— Você só pensa em presentes, é? — falou o homem fingindo aborrecimento. — É claro que trouxe. Estão na mala, quando chegarmos em casa, quero dizer, no hotel a gente abre.
— Você não prefere ficar em casa? Pelo menos não precisa gastar com hotel. — Sugeriu Diana.
— Acho que seu marido não vai gostar. Ele me odeia.
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A Perfeita Arte de Ser Mulher
RomanceUma garota criada sob a proteção de seus avós, parte para estudar fora de seu país a fim de garantir um futuro melhor, porém descobre que o mundo tem muitas tentações, estilos e sabores para ser experimentados e sua juventude pronta para ser explora...