O parque de diversão ficava no meio da estrada, KM 72 entre São Paulo capital e a cidade do interior, Americana. Hopi Hari era imenso e tinha tantos visitantes que Daniel ficou assustado, mesmo com idas e vindas da chuva não deixou o parque no prejuízo. Facilmente poderia perder os pequenos heróis, Batman e Superman se não ficasse de olho, o que rendeu um pequeno sermão de orientações em caso de alguém se perder.
— Nós já sabemos, pai! — falou Dylan, remexendo todo de ansiedade. Ele queria entrar logo e se divertir.
— Quero que preste atenção em mim, Dylan. — Repreendeu Daniel. — Sua mãe me mata se eu perder um de vocês.
— Não se preocupe, papai, não vamos nos perder, vamos ficar pertinho. — falou Ryan.
— Ok. Então vamos. — As crianças deram um pulo de felicidade e andavam tão depressa que Daniel pediu que esperasse mais de duas vezes.
Ele estendeu as mãos e posicionou as crianças um de cada lado, seguiram o caminho do estacionamento até a entrada do parque. Os ingressos já estavam pagos, milagres da tecnologia, apenas apresentou os papeis ao funcionário na entrada e logo foram liberados.
Para a tristeza dos pequenos, a altura mínima era de 1,40 cm, um requisito importante para entrar nos brinquedos mais "radicais", o que impediu que os garotos entrassem na Montezum, ou mais popularmente montanha russa de madeira, Katapul, Hadikali e outros. Faltava apenas 5 cm, mas as regras do parque eram claras e a menos que em algumas horas eles crescessem, não poderiam entrar. Por sorte, o parque oferecia outros brinquedos que os pequenos poderiam andar e se divertir.
O carrinho de bate-bate era uma ótima opção para se iniciar, os três poderiam se divertir no mesmo brinquedo e ao mesmo tempo.
Enquanto os pequenos davam trégua, Matt processava em sua mente as orientações do advogado e professor. Esperaria Diana chegar em casa e conversar sobre o tema mais importante. O que provavelmente ela tentaria fugir, mas ele queria mais do que tudo terminar com aquilo.
Passou o dia entediado em frente à TV, estudou as matérias da faculdade em que seus colegas de sala enviavam por e-mail, conversou com alguns professores por Skype para tirar dúvidas e continuou com os trabalhos de português. Matt ainda não tinha uma fluência total, mas seu nível era avançado o que ajudava nos estudos e comunicação com as pessoas.
Diana passou a maior parte do tempo no escritório trabalhando, poucos colegas estavam no local para revisar a papelada, o pessoal do TI também estava presente queimando neurônios para arrumar possíveis erros no sistema.
Quando a chuva mais uma vez parou de cair, a mulher levantou de sua cadeira e resolveu voltar para casa. Passar o restante do dia na companhia do marido e aproveitar para namorar um pouco longe das crianças.
Ao fechar a porta, Diana encontra Matt com as caras nos livros, tão concentrado que nem notou quando ela lhe deu um beijo na cabeça.
— Voltou cedo. — falou ele.
— Voltei nada, já são quase cinco horas. — Ela se sentou no sofá e ficou a observá-lo, tirou os sapatos e relaxou. Estava cansada, mas aliviada por terminar de organizar tudo o que precisava.
— O meu professor passou aqui. — começou Matt meio hesitante.
— É? — Diana ligou a TV e ficou esparramada no sofá, mal dava atenção ao que Matt tinha a dizer.
— Ele está cuidando do caso, pediu que eu acompanhasse tudo. — Matt olhou para Diana, mas ela continuava com o olhar na TV, porém tinha uma expressão incômoda, por mais que não quisesse aparentar. — Você precisa comparecer em alguma audiência.
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A Perfeita Arte de Ser Mulher
RomanceUma garota criada sob a proteção de seus avós, parte para estudar fora de seu país a fim de garantir um futuro melhor, porém descobre que o mundo tem muitas tentações, estilos e sabores para ser experimentados e sua juventude pronta para ser explora...