O namorado

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Diana estava desesperada a procura de um lugar para morar. Procurava em todos os catálogos de jornais e revistas anunciantes de imóveis. No momento, não seria a melhor opção, mas percebeu que não poderia mais viver como estava.

Carter ajudou com alguns anúncios e visitou algumas casas com a moça, mas nenhuma pareceu cumprir com suas mesadas. Suas despesas ainda eram pagas por seus avós, portanto teria que encontrar um local que coubesse em seu orçamento.

Sr. Thomas não queria acreditar nas maluquices da neta. Diana não havia lhe dado nenhuma dor de cabeça desde que embarcou para Londres, e sua mudança repentina estava lhe causando estresse desnecessário.

— Fala pra ela voltar pra casa se começar com graça. — Ouvia-se a voz de dona Helena no fundo da ligação, e Diana revirava os olhos já que eles não podiam ver.

— Não é nada disso, vô. Não dá pra viver lá, aquelas garotas me odeiam.

— Diana, já está sendo uma despesa alta a sua moradia aí, não podemos arcar com esse valor. — tentou explicar. — Dê um jeito de pedir desculpas ou qualquer outra coisa, mas não invente de sair da república. Não somos ricos e você sabe muito bem disso.

— Tá bom. Tudo bem, vô. Eu vou dar meu jeito. — falou Diana finalizando o assunto. — Também te amo.

Diana desligou o telefone e bufou frustrada. Depois do episódio do beijo com Britney nenhuma das três garotas estavam se falando, e April estava ficando insuportável. Encontrar uma casa para morar em Londres seria quase que impossível, uma cidade movimentada com preços elevados. A republica era direcionada a estudantes, portanto os valores do aluguel são mais baratos. Tentou encontrar outras repúblicas, mas todos estavam lotados e mais caros, deixando a pobre moça sem muitas opções.

Carter deu a ideia de Diana morar um pouco mais afastada de Londres, seria mais longe da faculdade, mas poderia conseguir uma casa um pouco mais barato, ou se tivesse muita sorte um valor igual ao que paga atualmente. Diana chegou a acreditar na possibilidade de trabalhar, mas seus horários estavam meio apertados. Lembrou-se da ajuda que Daniel ofereceu a ela, talvez fosse uma boa ideia começar o estágio mais cedo.

Semanas procurando uma nova moradia, Carter encontrou uma pequena casa, singela e bonita, em um bairro mais calmo e sem muito movimento. Por sorte, a dona estava louca para alugar de uma vez e aceitou receber o valor que Diana pagava na república, sendo assim seu avô não teria a necessidade de fazer nenhum reajuste e ela não precisava contar sobre a mudança. Ainda assim, a moça queria começar a estagiar, sentia que se tivesse vivendo sua profissão mesmo que observando os profissionais trabalharem, conseguiria ir melhor nos estudos.

A casa estava mobiliada, mas os moveis eram velhos e o chão de madeira rangia conforme andava. Porém era o que tinha e estava feliz assim. Diana mandou um e-mail a Daniel pedindo o estágio e em menos de dois dias recebeu uma resposta. O rapaz tinha uma vaga para indicar e se a mulher comparecesse no escritório em três dias, a vaga era dela.

— Poxa! Você é sortuda mesmo. — falou Carter pegando um pouco de refrigerante na geladeira.

— Mais ou menos, só espero que eu consiga comprar moveis melhores com o salário. Sério, eu tenho nojo daquele colchão. Essa casa é linda por fora, mas por dentro parece aquelas de filmes de terror.

— Parece mesmo, não é à toa que está tão barato. A mulher não deve fazer manutenção aqui há muito tempo.

— Eu só espero que o aquecedor não quebre no inverno, senão eu vou morrer. — falou Diana olhando para a tela do computador.

— E quanto a proposta do Jeremy? — Carter sentou ao lado de Diana na bancada da cozinha e ficou alguns segundos observando-a mexer no computador.

A Perfeita Arte de Ser MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora