Mais Temido Que Nunca! - Livro 2 (Em Andamento)

Capítulo 56

Nely

  — podemos conversar? — Ayla me chamou a atenção, após Ânia ir embora com Roberto e os lobos atrás do Jeyson.

— Claro, imagino o que seja— respondi rindo.

— Não quero perguntar se você está bem, só em te olhar sei que está aflita tanto com Jeyson quanto com outros assuntos, não? — uau, ela é direta. Menos mal, pelo visto não vamos enrolar na conversa.

— sim... Passei tanta coisa que não imaginaria passar na vida. — nervosa passei as mãos nos meus cabelos — eu não levava uma vida tão tranquila, claro. Mas foi tudo repentino descobrir que tenho laços com Jeyson. Naquele momento fiquei assustada demais.

— Entendo, a fama dele não é uma das melhores, qualquer uma ficaria apreensiva. — riu carismática.

— Nem imagina o que eu fiz pra sair de perto dele. — rir ao me lembrar das cenas.

— o que por exemplo ?

— joguei uma taça de vinho no rosto dele. Quando ele me apresentou para a alcateia. — rir— os comentários de susto deles me assustaram, mas já tinha feito. — rir ao lembrar.

— unn, imagino — riu também.

— acredito que o mais louco que eu fiz, foi me jogar do carro dele, para fugir, depois que eu fugi antes dele e sumi por três dias. — sentei no sofá, a cara do Jeyson foi a melhor quando notou que eu iria mesmo me jogar. — rir demais agora.

— uau! Ele deve ter ficado realmente louco com isso.

— sim demais. Mas com o tempo notei que é só uma armadura que ele colocou sobre si grande parte do tempo, mas que também é o jeito dele ser. Claro que algumas coisas não concordo, mas veremos isso depois.

— entendo, mas Nely, por curiosidade já se transformou em loba?

— ah, já sim, faz pouco tempo na verdade. — seu olhar era de curiosidade. Parecia que quer me falar algo.

— então foi tarde sua transformação mesmo.. — falou para si mesma baixo, mas escutei.

— é uma longa história. Mas eu consegui no fim das contas. Mas não consigo manter por muito tempo. — comento triste.

— Veja — suas mãos começaram a brilhar com um azul escuro brilhoso misturado com azul claro. Formando então uma miniatura de mim mesma, que em seguida virava loba. — Prática — a mini eu, ficava humana e voltava a ser loba, mas com intervalos maiores transformada em loba. — Foco no que quer — a loba ficava atenta ao seu redor —E se unir a sua loba é sua opção para conseguir a manter por mais tempo. — a loba e eu se misturava e formava aparentemente uma consciência só. — explicar é fácil, agora tenha determinação para executá-la. — e assim ela desfaz as miniaturas.

  Estou sem palavras, isso foi lindo demais. Isso é magia.

— como consegue? — falo tão impressionada ao que eu acabei de ver.

Ela rir feliz — essa é uma habilidade especial da nossa alcateia. Nunca fez magia antes filha? — perguntou curiosa para mim.

— Não. Nunca fiz nada parecido ou sequer apareceu uma faísca de magia. — falo ainda mais impressionada. Então... Eu posso fazer isso também! Olho para as minhas mãos.

— imagino que seja, porque, nunca te ensinaram a usar ela ou não sabiam que poderia te ensinar isso. Se quiser te ensino. — se aproximou onde eu estava sentada no outro sofá.

— pode mesmo? Será que tenho isso? Ou sei lá eu realmente não tenha magia? Pulou na genética quem sabe? — falei tudo rápido.

— calma, só praticando para descobrir e sim vou te ensinar. — pegou em minha mão direita. — o mais simples é soltar faíscas da magia na sua mão. Esse é o primeiro passo, porque, assim sentindo apenas ela e depois usando palavras para moldá-la em algo que queira. Elas aconteceram, mas se a magia vier junto ao mesmo tempo que as palavras são anunciadas. — me explicou devagar.