Mais Temido Que Nunca! - Livro 2 (Em Andamento)

Capítulo 43

Jeyson

   Assim que reconheci a voz daquele desgraçado fui em direção da Nely que parecia estar em choque. Ele descobriu que ela estava aqui? Como? Tenho certeza que não foi pelo cheiro da Nely, pois ela não esta transmitindo nada. É rara as vezes que senti o cheiro dela. Complicado explicar.

— vai para a cozinha, não o deixarei tocar em você. — a abracei acariciando seus cabelos longos e sussurrei em seu ouvido. Olhando em meus olhos ela assentiu com a cabeça e foi até a cozinha.

   Fui para a porta e a abri. Estando do lado de fora Ryan estava flutuando no ar encarando nos três.

— Até que enfim saiu da toca Danilo. O que faz com o Trindade e o Black também? — ele conhece Danilo? Ele parecia intrigado com a situação.

— o que quer? — Danilo respondeu sem cerimônia. Sua postura era de estar incomodado e irritado com Rian.

— que jeito de falar garoto — revirou os olhos Rian e prosseguiu. — não sei o que esta planejando com esses dois — apontou para Black e eu — mas vim lhe trazer isso. — sua voz trazia consigo o tom de nojo e deu espaço para nos vermos Afonso atrás dele com uma garota nos braços desacordada.

   Danilo fechou os punhos no mesmo segundo olhando surpreso. Afonso joga a garota no chão perto de Danilo. Ela soltou um gemido de dor assim que tocou o chão, seus cabelos castanhos médios ficaram por cima de seus olhos escuros. Quem é ela? Notei Danilo furioso e preocupado que disparou para perto da garota.

— COMO PODE FAZER ISSO COM ELA?! — gritou mostrando sua raiva e indignação.

— não foi nada que ela não merecesse Danilo. Pagou por se intrometer em assuntos que não lhe convém. — encarou a garota e continuou — teve sorte que não a matei. — sua voz de indiferença foi clara.

— "sorte que não a matou?" Como consegue falar isso?! — Notava a irritação saindo do Danilo — ela é sua filha! Como consegue fazer isso?! — seu estado continuava o mesmo.

   Filha?! Olhei para a garota sem consciência cheia de machucados na pele branca.

— não ligo para suas palavras, já fiz o que tinha que ser feito, a trouxe para cá, assim quem sabe você não tem ainda tempo de se despedir dela. — disse ainda com indiferença. Dando as costas para ir embora e Afonso fez o mesmo. — dois filhos traíra, quem diria. — continuou Rian olhando para trás com olhos frios para os dois.

   Filhos?! Rian pai dos dois?! Nossa cada dia é uma coisa. E Danilo não falou nada... se bem que pelas suas atitudes desaprova o que o pai faz. Menos mal. Se Rian faz isso com os filhos, não é de se espantar as atrocidades que ele pode ser capaz de fazer com qualquer pessoa.

— Trindade, meus planos pode ter sido prorrogado temporariamente, mas não duvide que atacarei aqui primeiro. — sorriu maldoso .

— estarei te esperando para te chutar o mais longe possível daqui, não se preocupe. — sorri. Até parece que ele vai conseguir. Essas terras são minhas! Minha família conquistou a tempos atrás.

   Rian somente foi embora desaparecendo da nossa vista junto com Afonso. Outro cara que quero estraçalhar e fazê-lo pagar pelos seus crimes. Afonso.

— Ana. — Danilo chamou a garota que gemeu de dor e abriu os olhos, mas os fechou em seguida.

   Pegando ela nos braços com cuidado e evidentemente com pressa ele falou.

— vou levá-la para o hospital.

— até você chegar lá ela vai piorar, sabe fazer primeiros socorros? — perguntei a ele.

— no mundo em que vivemos? Claro.

— ótimo, leve ela para a enfermaria daqui de casa no fim do corredor. Acredito que saiba onde é.

— obrigado. — respondeu e assim saiu.

   Maneei a cabeça em positivo, dizendo que não é nada. Voltei minha atenção ao Black.

— acho que já pode ir.

— como se eu me importasse com o que você acha ou não. — respondeu.

   Cara chato, só não o respondi porque queria ver a Nely. Entrei em casa e fui a cozinha. Ela estava nervosa quando cheguei.

— ele foi embora. — ela relaxou mais.

— que ótimo. Mas o que ele queria?

Expliquei a ela o que aconteceu.

— Danilo tem uma irmã? — se questionou surpresa.

— pois é, vamos ver como ela está.

   E assim fomos na enfermaria. Já tinha curativos na sua pele. Nely entrou e falou palavras de conforto pra Danilo que estava com uma expressão de tristeza, fúria e sabe se lá qual mais sentimentos deve estar o invadindo agora. Só fiquei olhando encostado na porta ele cuidando da irmã e da Nely tentando ajudar.

   Sei muito bem o que ele está passando. Ele é o irmão mais velho, se preocupa com a irmã, como eu com a Ânia. O que eu já não passei com minha irmã? Nossa, tantos momentos ruins e bons. Quando nosso pai morreu, ela estava comigo me dando forças mesmo que ela também estivesse sofrendo. Aguentou e aguenta tudo referente sobre mim. Quando estou bravo, irritado e agindo talvez errado com algo. Ela está comigo mesmo sendo contra algo. Ela está torcendo para que eu faça algo diferente e que as coisas deem certos, mesmo achando que estou fazendo algo errado ou perigoso demais. Noto tudo sobre Ânia. Ela estava até disposta de me tirar do posto de alfa e ficar em meu lugar para tomar as decisões que ela as considera certas. Essa atitude, sem sombra de dúvidas me mostrou o quanto minha irmãzinha cresceu. Me enfrentar tanto para me proteger, quanto a alcateia. Pois em sua visão, eu estava fazendo algo errado. E ela foi firme na sua decisão de me enfrentar e não abaixar a cabeça para mim.

   Saindo dos meus pensamentos, fui para fora e chamei Gustavo para que trouxesse algum carro disponível pra ontem e assim ele foi. Quando chegou maneei a cabeça como um obrigado e fui de volta para a enfermaria.

— vamos o carro está disponível para levar ela para o hospital. — me encostei na porta. Me encarando por poucos segundos, levantou a irmã nos braços e me agradeceu novamente.

— Nely, irei com ele. Volto o mais rápido que der. — coloquei a mão em seu cabelo assim que chegou pertinho de mim.

— tudo bem. — a beijei em seguida em seus lábios que acabei amornando.

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Agradeço muito, mas muiiiito mesmo a Paciência, carinho e tudo que fazem pelo livro!

Até mais😉