Capítulo 58

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Roberto

Assim que saímos da alcateia, ouvi barulhos perto, olhei discretamente e vi cinco crianças juntas conversando sobre algo. Elas não me são estranhas. Não dei muita atenção, pois tenho algo a resolver. Sinto que essa" pequena tranquilidade" vai acabar. Irei providenciar algo.

— Amor? — escuto a voz de minha mulher me chamando com doçura na voz.

— Sim? — O olho com ternura.

— O que pensa? — sua feição mudou para curiosa.

— Planejando nossa defesa, algo vai ocorrer. — Com pesar a voz saiu e meu coração apertou em pensar na minha filha.

—Ryan...

— é, sei que ele não vai desistir. Vou falar com os Dieckmann e tentar ver se eles querem conversar dessa situação e achar uma poção para o controle de mentes do Rian.

— Será que eles vão querer conversar? — duvidosa começou.

— Realmente não sei. Mas temos que tentar, eles que são os inteligentes e devem saber de alguma hipótese para uma possível cura.

— Sim.

E quando menos espero ela sai na frente correndo, já transformada. O olho abismado, nem contei até três...

— Trapaceou Ayla! — faço voz de chateado e rindo para ela.

— Não! Sei que consegue me alcançar, mas não deixarei amor. Você já ganhou muito! — por meio da telepatia me informa sorrindo.

Me derreto por essa mulher sempre, fico parecendo um bobo a olhando correr, com seus pêlos sedosos se levando com o decorrer de sua velocidade. Não perdi mais tempo e sai em disparada atrás dela. Os outros homens nossos nos seguiam fazendo a segurança.

Assim que chegamos ao local, fui direto ao ponto, como sei que a recepção não é uma das melhores dessa alcateia, claro nada comparado aos Trindade, usei o feitiço de teletransporte com Ayla ao meu lado e mais cinco homens. Não levou cinco segundos para chegarmos a sala principal. 

Não mudou muito desde a última vez em que vim aqui. Pisos brancos e com umas faixas pretas, extremamente brilhosos. Janelas bem grandes robustas feitas de madeira com formatos de início triangulares. 

— Ousado entrar assim Roberto. — Me olha do canto de olho, sua voz séria e calma.

— Vim ser direto ao assunto— dei um passo em sua direção e Ayla me acompanhou. Ele que estava de costas, agora se vira com cautela e o olhar sério analisando.

Senti os homens deles quererem vir para cima de nós, já que também estavam presentes, contei seis mais próximos. Mas Dieckmann apenas olha em direção deles e assim pararam.

— Então, qual o assunto tão importante que o fez entrar com magia aqui, isso não é seu estilo Muniz. — os sons de seus sapatos são quase inaudíveis chegando um pouco mais perto.

Sorrio ao ouvir suas palavras, nota-se claramente que não gostou da forma que vim, mas não tinha muitas opções.

— Peço desculpas, mas é urgente, senão teria usado essa forma.

—— percebi—levantou uma de suas sobrancelhas.

—— Ryan fez poção de controle de mentes e está usando contra os povos, conseguem fazer um antídoto? — o questiono direto, seu silêncio momentâneo me faz continuar—Sabe quem é Ryan, certo? — dei uma risada breve.

— Dúvida da minha inteligência? — me encara como se estivesse o ofendido grandemente. Não foi minha intenção e ele sabe.

—Claro que não.

—Ryan seu antigo Beta, que enlouqueceu, após a morte do filho. Sim, sei o que ele anda fazendo, mas já me perguntar da cura dessa forma — riu—é a sua cara ser direto nos assuntos.

— Pra que perder tempo, não? —continuo no mesmo humor.

— Concordo, mas ainda estamos em busca dessa cura, até porque, ele pode vir nos atacar em breve. E minhas medidas já foram feitas. — Volta sua seriedade e senta em sua poltrona preta com prata.

— e nossa aliança? —Volto ao nosso antigo assunto.

— a resposta é a mesma. — com postura ereta em sua poltrona e a voz saiu seria.

O encarei, ainda tenho esperanças que mude de ideia e que enfim nossas alcateias tenha sossego.

—compreendo. 

— se acharmos a cura...— manteve o breve silêncio pensando, em seguida soltando o ar da respiração — negociaremos, se assim ainda tiver interesse, claro.

— que tipo de negócios?— seu tom na voz não me agradou. O que ele pretende?

— Vai ver. Ainda não descobrimos a cura — riu entre dentes — até lá, espere.

— nada novo.

Sério? Esperar? Eu sei que tem que esperar, não precisava falar. Tem momentos que ele é quem me irrita. Me viro para ir embora.

— Antes, se fizer isso de novo, nem perceberá quem o invadiu. Avisado Muniz.

— Espero não esquecer — rir e antes me virei para olha-lo que apenas balançou a cabeça com os olhos fechados em desaprovação.  — até velho amigo.

E assim fiz o portal de novo, nos levando embora de lá, mas antes ouvi o sua resposta baixa "até". 

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Sim, é pequeno, mas foi um momento bem meigo entre os pais da Nely e um amigo.

Até mais😉

Mais Temido Que Nunca! - Livro 2 (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora