Capítulo 38

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— Alan? — confirmei que era ele, assim que me virei e o vi, do lado do seu braço direito e o rapaz que reconheci na hora, só que esqueci o seu nome, ele quem ajudou a Ânia com seus poderes de cura, quando fomos atacadas pelo parceiro doido dele.

— não me importo com isso! Tenho que acha-los! — comecei a andar depressa em direção ao portão para depois contornar  pelo lado direito e tentar entrar pela porta da cozinha.

   Olhei para trás e vi os três  ainda parados o que me irritou.

— Vai ficar só olhando?! — esbravejei com ele o olhando incrédula. —  tem CRIANÇAS DESAPARECIDAS! E VOCÊS VÃO FICAR AÍ SEM FAZER NADA?!
— Silêncio — inacreditável —  falei decepcionada.

— claro que vamos ajudar Nely. Sei o que pensa, que por causa das nossas rixas não poderíamos ajudar o Trindade e deixaríamos isso acontecer sem algum remorso. Mas está enganada. Ajudaria quem precisasse sendo inimigo ou não em alguns casos. — falou ele sorrindo de um modo generoso e mostrando que estava errada sobre suas possíveis atitudes.

— Então vamos. — sorri agradecida.

— Júlio ajuda eles a procurar quem estiver preso ou sumido. — Alan fez um sinal com a cabeça indicando onde Jeyson e os outros foram. — E você ajuda as crianças a se recuperarem. Vou com a Nely procurar quem falta.

   Os dois assentaram e começaram a fazer o que ele mandou. O outro foi cuidar das crianças com seu poder de cura e o outro correu para dentro do orfanato, passando por mim como um raio. Alan e eu corremos para a porta da cozinha. Ele arrebentou a porta e a extrema fumaça quente nos atingiu. Tossi e tentei olhar ao redor. Mas não vi nada.

— REBECA?! TIAGO?! NUNO?! — Os chamei, mas nem uma resposta.

   A mesa estava pegando fogo com uma perna quebrada. Tinha algumas coisas no chão quebradas, a frente tinha destroços entulhados numa pilha média,  será que estão... ali? Engoli em seco com o coração acelerando. Do outro lado tinha entulho também só que maior e um buraco grande no teto.

   Aproximando desse entulho maior, tentei ver se tinha alguém, ou algum tipo de sinal. A visibilidade estava ruim e eu tossia muito, os olhos lacrimejando por conta da fumaça.

— CRIANÇAS?!! — As chamei alto, mas não aguentei e tossi. Escutei um barulho estranho.

— CUIDADO! — Alan gritou. Senti um impulso, fechei os olhos e meus cabelos voando e um vento quente passar por mim. Barulho alto de algo caindo.

   Assim que avistei na minha frente um terno preto me abraçando, me afastei, levantei a cabeça. Olhei em seus olhos.

— o...obrigada Alan. — agradeci a ele, pois me salvou das coisas que caíram do teto.

— não a de que. — disse ainda sem tirar os olhos de mim. Impressão minha ou esse tipo de olhar está bem diferente?
— droga!

   Ele em segundos saiu depressa da minha frente e pegou algo na cozinha, a fumaça se espalhou, não deu um minuto ele estava de volta na minha frente.

— o que... — ele me interrompeu.

— vamos sair daqui, isso vai desmoronar de vez. Não tem ninguém aqui. — falou pegando no meu ombro as pressas.

— temos que procurar mais... — tossi.

— Nely, Não têm ninguém aqui! Vamos logo! — não consegui protestar e ir procurar, pois no segundo seguinte senti um vento passar por mim.

—nã...

   Paramos, olhei e estávamos do lado de fora, junto com as crianças, que agora o número estava maior o que me aliviou bastante. Tossindo, mas se recuperando com a ajuda do rapaz e os outros.

Mais Temido Que Nunca! - Livro 2 (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora