Mais Temido Que Nunca! - Livro 2 (Em Andamento)

Capítulo 25

Assim que cheguei em casa comi algo, pois a vertigem que tive, me lembrou que não tinha me alimentado durante o dia. Meu suco de laranja já posto em meu copo, fiz um sanduíche integral e bem saudável, aliás não é porque gosto de comer besteira que não tenho que me cuidar, sou alfa e tenho que estar bem, mas se bem que nem isso pareço conseguir mais...

- aí está você! - Hugo entrou pela porta da cozinha. - Felipe me contou...

- grande coisa. - olhei para ele que estava quieto e já imaginei - pode se servir Hugo - revirei os olhos.

- obrigado amigão! Esse sanduíche parece uma delicia! - disse feliz.

- o que você não gosta de comer, ne? Se deixar come até pedra bem temperada. - falei entediado.

- Ahh, quem sabe um bom tempero muda muita coisa, Jeyson. - ele brincou enquanto comia seu sanduíche. Não tive interesse na brincadeira.

Terminei de comer e levei o que sujei para a pia, nesse pequeno espaço de segundos senti aquele clima úmido de chuva chegando, o tempo estava virando estava prestes a chover lá fora, vi pela janela em frente a pia e avistei as nuvens no céu. Essa sensação que senti me fez soltar o prato que caiu no chão, após sentir como se estivesse revivendo a noite do acidente onde perdi a Nely. Me apoiei na pia tentando respirar. A sensação da água em todo meu corpo estava sufocando. Minha respiração estava ofegante. Sem poder respirar, têm muita água ao meu redor, a pressão puxando para baixo com mais força sufoca.

- Jeyson?! -escutei uma voz me chamando. - ei, cara!? - sinto uma mão em meu ombro, que logo depois sacudiu  o mesmo com um pouco de força.

Assim que abro os olhos, vejo meus pés, o chão com cacos de vidro do prato, a respiração no mesmo jeito rápida.

- Jeyson o que houve? - me dei conta que Hugo estava do meu lado, ele quem me chamou então.

- eu não sei... - disse incerto, sem entender.

- estranho isso, tente descansar. Anda muito estressado. - ele falou balançando meu ombro.

-não tenho tempo pra isso Hugo... - falei me irritando, porém ele me interrompeu.

-têm sim! Sou seu beta e principalmente seu melhor amigo e o que eu sugiro é que tá descansar que eu cuido das coisas, sabe que não precisa tomar todas as responsabilidades só para si, estou aqui para te ajudar com tudo. - sorriu.

- sei que não vai desistir da sua insistência e irá me irritar com isso, então estou indo para meu quarto. - falei meio tedioso e agradecido a ele.

- de nada! - ele falou alto assim que eu estava saindo da cozinha sem o agradecer pelo o que está fazendo por mim. Parei no mesmo instante ao escutar e sorri de canto e continuei a andar, ele não viu o que fiz, mas suponho que saiba disso, afinal ele é meu melhor amigo e me conhece bem.

Fiquei inquieto na minha cama, várias tentativas para tentar dormir e ainda assim falhas após falhas. De tanto olhar para a parede senti o sono enfim chegando.

Após o carro capotar se tem em seguida água, após água, muita água, sem poder respirar. Muita água...
Sendo puxado para fora, e assim respirei enfim.

-Nely?

A procurei, fui atrás, mas ela não estava...

- NELY! - Muito ofegante chamei seu nome, me sobressaindo da cama.
Passei as mãos nos cabelos. - Droga...você não está comigo... - uma dor em meu peito, garganta se fechando duma maneira que me indica... Solucei, lágrimas pertinentes e que odeio tanto saem de meus olhos.