Boa leitura a todas!!!
- Graças a deus algo para se fazer nessa cidade novamente!!! - falou sorrindo enquanto caminhava.
- Nem me fale!!! - ele riu. - Estou louco para arrumar uma "prenda" pra casar!!!
Cristina riu do jeito dele e ao virar para olhá-lo se enroscou no feno e ia ao chão se não fosse por ele a ampará-la.
- Solte a minha mulher agora!!! - a voz soou e ambos olharam para Diego ali parado os encarando com uma cara nada boa...
Cristina se soltou de Matias assim que se firmou em suas pernas e voltou a encarar Diego, o que ele pensava que estava fazendo ali e ainda pior com que direito a chamava daquele modo? Respirou fundo e caminhou até ele depois de dispensar Matias com o olhar.
- Se esfregando em capataz agora? - falou com o rosto vermelho.
Cristina nem pensou e sentou a mão na cara dele que o fez ver estrelas.
- Me respeite que não sou as vagabundas com que costuma a se deitar!!! - apontou o dedo para ele. - O que veio fazer aqui? Se veio pra me encher o saco, você sabe o caminho da saída.
Diego ficou ainda mais furioso e a segurou pelo braço, mas Cristina não se intimidou e soltou o braço o empurrando para longe dela.
- Nunca mais me bata ou...
- Ou o que? - gritou com ele o cortando. - Depois de tantos anos vai virar um agressor de mulher? Você não tem nada pra fazer aqui, Diego, você tem que ligar e avisar que vem porque essa não é mais a sua casa!!! - disse sem paciência.
- Aqui é a casa da minha filha e eu venho quando me der vontade!!! - respirava pesado.
- Não é assim que as coisas funcionam e você sabe bem!!! - passou a mão no cabelo arrumando. - Você pode ser o pai da minha filha, mas essa casa é minha e se não avisar não vai entrar!! - foi firme. - Vá embora porque Maria não está em casa!!!
- Em que momento você virou essa mulher sem coração? - tentou ficar calmo ou não conseguiria nada. - Eu fui seu marido e não sou seu inimigo!!!
- Olha suas atitude e me diga se eu devo ou não te tratar como te trato!!! - rosnou. - Dois anos em que você está empenhado em voltar pra essa casa e faz coisas que... - respirou fundo.
- Você me ama e eu sei disso!!! - se aproximou mais dela. - Aquela noite...
- Aquela noite nunca deveria ter acontecido e eu estava bêbada!!! - o cortou. - Você nunca deveria ter me tocado!!! - falou com raiva. - Vá embora da minha casa!!!
- Eu não vou desistir de você!!! - foi pra beijá-la e ela se afastou o fazendo dar um suspiro. - Eu não vou desistir.
- Não a nada pelo que deva lutar aqui!!! - e sem mais ela saiu dali o deixando para trás.
Cristina caminhou com pressa sumindo pela fazenda, seu coração estava acelerado e ela sentia uma imensa vontade de chorar, não gostava de se sentir assim acuada, mas toda vez que Diego a recordava da maldita noite, ela se sentia muito mal. Ela não conseguia distinguir os sentimentos, mas era tão ruim imaginar que esteve nos braços de Diego mesmo não se lembrando de quase nada.
Diego a viu sumir pela fazenda e ficou ali por mais alguns minutos antes de ir embora, não iria desistir dela nunca e muito menos depois de ter provado novamente de seu corpo. Ele podia sentir o desejo tomar conta de todo seu corpo somente em recordar aquela noite e não iria desistir, mas para isso precisaria usar de Maria para estar por perto, Cristina seria dele para sempre e nada iria mudar...
(...)
NA CIDADE...
Maria andava ao lado de Ana e as duas conversavam e riam das coisas bobas que Maria dizia, ela estava feliz e queria todo mundo feliz, mas Ana era uma mulher esperta e depois de pegarem o sorvete e sentarem ela disse:
- Agora pode me contar quem é o moço? - comeu de seu sorvete.
Maria ficou de olhos arregalados no mesmo momento encarando sua avó, sentiu as bochechas corar e Ana riu do jeito dela comprovando que tinha sim um "moço".
- Bisa, eu...
- Se mentir pra mim sabe que eu posso acordar morta amanhã e você vai se arrepender!!! - fez chantagem emocional.
- Bisa, não fala assim... - respirou fundo odiava quando ela falava daquele modo. - Ele nem me nota e não é ninguém!!! - disse logo.
- Como assim não te nota? - comeu mais de seu sorvete. - Uma moça como você é sempre notada por alguém!!! - falou com certeza. - Eu já o vi?
Ela suspirou e antes de falar comeu um pouco de seu sorvete e logo disse:
- É o veterinário que assumiu a fazenda dos Rivero, mas ele é mais velho e não vai olhar pra uma "criança" que nem tem peito direito!!! - se olhou.
Ana caiu na risada mesmo sabendo que o assunto era sério, mas logo se recompôs vendo que a neta estava mesmo aflita.
- Minha filha, ele é mesmo um rapaz muito lindo e você novinha demais para ele. - segurou a mão dela. - Mas isso não impede que as coisas aconteçam entre vocês porque o amor não tem idade!!! - falou linda como sempre.
- Vovó, a senhora sempre sabe o que dizer e quase sempre acontece o que sai da sua boca.
- A experiência conta muito e eu já vivi de tudo!!! - beijou a mão de sua menina.
Maria sorriu para sua avó e foi a ela abraçando no mesmo momento em que viu sua "paixão" entrar, soltou a avó no mesmo momento e se afastou sentando. Ana percebeu no mesmo momento e discretamente olhou para trás e sorriu para Carlos Manoel acenando e ele de imediato foi a elas deixando Maria vermelha de vergonha.
- Dona Ana... - beijou a mão dela. - Que bom revê-la.
- Anda trabalhando demais em. - falou cuidadosa. - Acho que me deve um café!!
Ele sorriu e por fim olhou Maria do Carmo.
- Olá, sou Carlos Manoel o veterinário da fazenda Rivero. - se apresentou como se ela já não soubesse tudo dele.
- Sou Maria!!! - falou com a voz trêmula e ele sorriu voltando seus olhos para Ana.
- Aquele cafezinho que só a senhora sabe fazer!!! - riram. - Podemos tomar hoje a tarde o que acha?
- Eu vou adorar. - falou empolgada e já pensando em um modo de ajudar a neta. - Assim quem sabe você não ajude minha filha com as vacas!!! - sabia que a filha estava trabalhando dobrado naqueles dias.
- Acho que sua filha não gosta muito de mim!!! - ele disse educado mais recordando de alguns momentos em que Cristina tinha levantado a voz para ele.
Maria estava vidrada nele e no modo como ele falava, sua voz a deixou fora de si e sentia que era seu primeiro amor nascendo, mas não seria correspondido já que ele nunca se quer a olharia, como não estava olhando naquele momento. A voz que veio logo a seguir a tirando daquele transe foi firme em suas poucas palavras.
- E por qual motivo eu não gostaria de você? - os olhares foram todos a Cristina naquele momento...
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MOMENTO CERTO - CyF
RomanceSerá que o tempo é capaz de curar um amor que não se deu no passado?