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- Você não gosta de mim é isso?

Seria possível ter se enganado em relação a ele? Não era possível que todas as demonstrações de carinho vindas dele era coisa de sua casa, mas se não fosse assim por que ele se recusaria a beijá-la? Sentiu as pernas tremerem mais ainda e antes que ele destruísse ainda mais seu coração naquele dia, ela saiu correndo em direção a sua casa mesmo com as súplicas dele para que ela parasse e o ouvisse.

Carlos saiu dali se sentindo um miserável por fazê-la pensar algo que não era e seu coração batia freneticamente enquanto dirigia para casa sabendo que teria que conversar com ela para que não pensasse daquele modo, ele gostava sim dela, mas as coisas seriam difíceis se chegasse a ter algo e quando chegou encontrou Frederico sentado a mesa jantando se olharam e ele sentou.

- Que cara é essa? Vai lavar as mãos para comer! - mandou.

- Estou sem fome! - bufou. - Por que é tão complicado ser homem?

Frederico gargalhou.

- Deveria dizer por que as mulheres são tão complicadas! - riu mais. - O que aconteceu?

- Maria me pediu um beijo e eu não tive reação e ela saiu correndo achando que eu não gosto dela! - suspirou passando a mão no cabelo. - Ela não me deu chance nem de se explicar!

- Sabe que ela ainda é menor de idade!

- Eu sei disso e justamente por ser menor que eu não me atrevo a fazer o que realmente desejo! - confessou. - Deveria ter uns anos a menos pra ser mais fácil! - falou com pensar.

- Tome cuidado com o que está sentindo e o que vai fazer porque você sabe muito bem como Cristina é! - alertou.

- É justamente por conta dela que nunca me atrevo se quer em tocar naquela menina, mas... - respirou fundo antes de continuar. - Ela mexe comigo de um jeito que eu nem sei explicar pra você!

- Mas eu posso entender já que me sinto do mesmo modo quando estou com Cristina! - sorriu. - Agora vá lavar as mãos e depois você se resolve com ela!

Carlos foi fazer o que ele pediu e Débora logo apareceu com um sorriso no rosto para ele e se sentou ao seu lado.

- Cadê a maluca da sua namorada? - riu e ele também. - Não quero correr o risco de ela aparecer e querer fazer algo comigo por sua causa!

- Não se preocupe que hoje ela não vem!

- Ótimo porque eu estou aqui para relaxar e não ser atacada por uma doida.

- É só ficar longe de mim! - brincou.

Eles riram e iniciaram outro assunto e Carlos também conversou um pouco já que seus pensamentos estavam todos em Maria e em como ela estaria com aquela historia toda porque se ele não estava bem imagina ela que pensava o pior.

(...)

Maria depois que entrou em casa correu para seu quarto aos prantos e Cristina por perceber isso se levantou da mesa e foi até sua menina e a encontrou na cama toda encolhida enquanto chorava sentido, Cristina entrou e com calma sentou na ponta da cama tocando seu cabelo para não assustá-la. As duas não se entendiam exclusivamente por conta de Diego, mas isso iria mudar porque nessa guerra quem ganharia seria ela e não ele! Maria olhou a mãe e virou deitando em suas pernas.

- O que aconteceu? Não parece chorar por nossa conversa! - acariciava os cabelos dela. - Eu sei que estamos tendo muitos problemas, mas eu sou sua mãe e quero ajudar!

- Eu estou apaixonada por Carlos, mas ele não sente o mesmo por mim! - falou com profunda tristeza.

Cristina respirou fundo porque sabia perfeitamente que ele era mais velho que ela e Maria se quer tinha completado seus dezoito anos, mas sabia também que ela era apaixonada por ele somente em ver o modo como ela ficava quando Carlos estava por perto. Ela como mãe sempre estava atenta e percebia também os olhares e sorrisos que ele tinha com ela, mas ele era muito discreto e reservado para não ter problemas com ela e por isso se mantinha longe mais Cristina intuía que havia sentimentos sim da parte dele.

- Minha filha, eu acho que ele gosta sim de você, mas tem medo! - falou o que pensava e Maria se sentou.

- Eu pedi um beijo para ele e ele simplesmente negou! - passou a mão no rosto. - Ele não gosta de mim, mamãe!

Cristina respirou fundo porque se fosse para ele fazer sua menina sofrer, ela iria acabar com sua raça para aprender a não iludir uma menina como sua filha.

- O que vocês conversaram? - queria entender.

- Eu fugi porque não iria aguentar ouvir qualquer coisa que fosse! - abaixou o olhar.

- Ai está o seu erro porque você não ouve ninguém e tira suas próprias conclusões! - ela a olhou de imediato. - Não adianta me olhar assim porque você sabe perfeitamente que o que eu estou dizendo é verdade!

- Eu não quero sermões e sim seu apoio! - bufou.

- Eu sempre te apoio mesmo com suas decisões erradas, mas acho que deveria pelo menos ouvir esse rapaz e entender o porquê de ele ter negado o seu beijo e não tirar suas conclusões e ficar ai sofrendo por bobagem!

- Eu sou uma bobona mesmo né?!

- Você é só uma menina que tem muito que viver ainda para aprender e a primeira lição é que aprenda a ouvir sem antes julgar! - tocou seu rosto. - Eu te amo muito!

- Eu também te amo! - a abraçou e Cristina sorriu.

- Agora vá comer alguma coisa para não passar mal!

- Eu estou sem fome!

- Mas tem que comer! - ficou de pé e deu a mão a ela que sem escapatória desceu para jantar.

Cristina assim que pisou no andar debaixo pegou o celular que tocava e sorriu com o que ouviu, olhou a filha e a beijou na testa saindo de dentro de casa. Frederico a esperava dentro do carro e como dois adolescente saíram dali parando no meio da estrada já arrancando as roupas e ela o cavalgou com força sentindo as mãos dele por toda sua pele a marcando com seu desejo.

Eram um só naquele momento e quando o prazer os atingiu com força eles sorriram e ela o tocou no rosto que suava assim como ela. Cristina o admirou por incontáveis minutos e quando a respiração suavizou, ela disse:

- Casa comigo Frederico Rivero?

MOMENTO CERTO - CyFOnde histórias criam vida. Descubra agora