Oieee, espero que vocês gostem e que esteja a altura da expectativa de vocês!!!
- Vai ser gostoso como da outra vez, mas agora você vai lembrar cada detalhe! - abaixou um lado de sua calça apertando seu traseiro.
Ela se movia impaciente enquanto tentava gritar por ajuda mais ele era muito mais forte que ela naquele momento e ela se sentiu um nada, se sentiu um objeto que podia ser tocado por qualquer pessoa sem que tivesse direito de escolher e aos poucos se sentia sem forças e perdida. Todas suas ilusões e desejo estavam se perdendo naquele momento em que o mundo perdia cor e completamente a vida.
Dizem que em nossa vida há um momento certo para tudo e o momento de Cristina ser salva era ali e agora antes que o pior acontecesse, mas como poderia ser salva se ninguém passou ou passaria ali naqueles minutos de agonia e desespero para ela? A maior desgraça que uma mulher pode sofrer é ter seu corpo violado, invadido sem sua permissão por outra pessoa é sentir seu íntimo se rasgar e sua alma se quebrar em inúmeros pedacinhos que fazem a vida perder o sentido, mas ali exceto por uma pessoa, por uma única pessoa e uma fração de segundos o corpo dele caiu ao lado dela e ela chorou mais desesperada ainda, mas agora de alívio.
- Mamãe... - Maria falou com desespero indo até ela.
Maria tinha ouvido de um dos empregados que o pai estava na fazenda e ela estranhou que ele não tivesse ido buscá-la ainda e que provavelmente estaria atrás de sua mãe, ela não queria que os dois brigassem mais uma vez e saiu atrás dele para saber o que acontecia. Ela buscou e não os encontrou em parte alguma até que Matias avisou que tinha a deixado no estábulo terminando os cuidados com um cavalo e ela adentrou aquele espaço ouvindo apenas ruídos até que o choro de Cristina ecoou e ali estava ela como a salvadora de sua mãe.
- Fique calma! - chorou arrumando a roupa da mãe. - Eu estou aqui! - a puxou para seus braços.
Cristina a agarrou com tanta força que Maria quase ficou sem ar e como pode olhou para o lado e viu o pai desmaiado depois que ela bateu em sua cabeça com uma pá, tinha medo de que ele estivesse morto pela força que usou, mas jamais deixaria que ele machucasse sua mãe. Ela chorou agarrada a mãe e se questionava que tipo de monstro o pai era para estar ali fazendo tremenda maldade com sua mãe, Cristina chorou tanto que acabou por perder os sentidos e Maria ficou ainda mais desesperada e a deixou ali para que pudesse chamar ajuda e tufo ocorreu muito rápido.
(...)
DEPOIS...
Maria passou pela porta e parou ali mesmo depois de fechá-la atrás de si e ele a olhou a estudando para saber quais eram suas emoções naquele momento, tinha a cabeça enfaixada com mais de dez pontos pela pancada o que era pouco diante do que estava preste a fazer com Cristina. Ele respirou fundo e a chamou com a mão, precisava se fazer de vítima porque tinha certeza que Cristina não contaria a ela o que de fato tinha acontecido, mas o que ele não sabia era que sua própria filha era quem tinha a salvado.
- Eu não sei o que te contaram, mas ela me atacou sem me dar chance de me defender! - se fez de vítima. - Minha filha, eu amo a sua mãe e olha como ela me paga!
Maria sentiu seu corpo todo gelar e uma fúria cresceu dentro de si fazendo com que ela desce dois passos para frente com os punhos fechados querendo entender como pode defender tanto aquele homem que sua mãe tanto pediu para que se manter-se longe e que somente naquele momento ela sabia o porquê. Conseguia sentir seu estômago revirar somente em estar ali o encarando com aquela cara lavada, era um mentiroso profissional e se amaldiçoou por tê-lo defendido, ele era seu pai e também era um monstro.
- Minha filha...
- Eu quero que fique longe da minha casa, da minha família e principalmente longe da minha mãe! - o cortou falando tudo de uma vez.
- Por que está falando assim comigo?! - tinha desespero em sua voz como se fosse realmente a vítima. - Olha como eu estou sobre essa cama e tudo por amar sua...
- Chega! - gritou o cortando mais uma vez. - Você é um nojento e eu me arrependo tanto de ter ficado do seu lado! - respirava pesado. - Como pode ser capaz de fazer tamanha atrocidade com a pessoa que diz amar?
- Eu não estou te entendo. - jogava como sabia.
O peito de Maria subiu e desceu com a raiva que crescia a cada palavra dele e sem pensar ela apenas se aproximou e numa fração de segundos ele estava gritando desesperado por ela apertar seu ferimento. Maria poderia ser ruim assim como ele e fazer com que ele provasse de seu próprio veneno, mas enquanto fazia aquilo a imagem de sua mãe veio em sua cabeça e ela se afastou.
- Esse ferimento você nunca vai esquecer porque fui eu quem fez no momento em que você tentava violar a minha mãe! - gritou com lágrimas nos olhos. - Eu te odeio e você vai pagar por tudo que fez!
Diego mal conseguia respirar tamanha a dor que sentia em sua cabeça e se retorcia sobre a cama enquanto era olhado por ela que não sentiu um pingo de pena por ele naquele momento.
- Fique longe da minha mãe e principalmente de mim. Você não é mais nada meu! - virou para sair do quarto.
- Um dia vai se arrepender por fazer isso com seu próprio pai! - mal conseguia falar pela dor.
- É você quem deveria se arrepender pelo que fez porque dessa vez eu não vou te defender diante de ninguém e muito menos quando Frederico te encontrar! - e sem mais saiu do quarto batendo porta.
Maria encostou-se à parede e levou as duas mãos ao rosto e chorou sentido pelo que tinha feito e principalmente pelo que tinha visto, ele era seu pai e o algoz de sua mãe. Ela se sentia tão mal que seu corpo doía pelo choro e Carlos que estava ali a sua espera se aproximou e o único que fez: foi abraçar sua menina. Maria se alinhou nos braços dele e deixou-se chorar enquanto a enfermeira entrava no quarto de Osvaldo e dois policiais caminharam pelo corredor se aproximando deles para fazer o que era certo.
Os policiais entraram no quarto depois de se certificar que era mesmo o quarto dele e Maria soltou seu amor indo para o quarto de Cristina que não era longe dali, entrou e foi direto até a cama e deitou em seu peito deixando que mais lágrimas rolassem por seu rosto.
- Eu quero que me conte toda a verdade sobre ele! - soluçou.
- Seu pai é um maldito violador, Maria! - falou de uma vez sem aguentar mais segurar aquelas palavras dentro de si sem saber como de fato ela iria reagir a suas palavras.
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MOMENTO CERTO - CyF
RomanceSerá que o tempo é capaz de curar um amor que não se deu no passado?