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Boa noite e uma linda leitura, as coisas aqui começam a andar!!!

Ana tinha acomodado Carlos em outro quarto e esperava a neta ali, as duas se abraçaram e Cristina repousou sua cabeça em seu peito.

- Está tudo bem? - falou toda amorosa.

- Foi um dia e tanto e uma madrugada então... - se afastou. - Vamos descansar pelo menos mais umas duas horinhas antes do café!!!

Ana a beijou confirmando com a cabeça e as duas se despediram para não prolongar aquele assunto, ela tomou um banho e logo deitou em sua cama sentindo o corpo todo relaxar, ele estava ali tão perto dela que nem podia acreditar, sorriu lembrando-se dele e de suas palavras e virou agarrando o travesseiro. Cristina não podia imaginar o que ainda a esperava com a chegada de Frederico em sua vida e principalmente não podia imaginar o que o novo dia traria a ela...

(...)

As poucas horas em que todos conseguiram conciliar o sono foram turbulentas deixando que todos ficassem na cama até um pouco mais tarde, Frederico foi o primeiro a despertar sentia seu corpo todo doer e não pode conciliar o sono muito bem, respirou profundo e com dificuldade levantou da cama, foi ao banheiro e tomou um longo banho com a água quase arrancando seu coro para suprir aquela dor em seu corpo.

Quando saiu ele vestiu sua cueca e logo sua calça e olhou seu ferimento no espelho, estava avermelhado e temeu recair e ter que ficar ainda mais tempo de cama, mas também sabia que tinha extrapolado somente para estar ao lado de Cristina e agora sentia as consequências de suas escolhas, gemeu e tocou com a mão sentindo uma dor terrível. Cristina que saia do quarto parou frente à porta dele e tentou ouvir algo e o que ouviu foi seu gemido de dor e sem pensar duas vezes entrou com ele se assustando.

- Qualquer dia ainda me mata com esse seu modo de aparecer!!! - falou com a voz grossa.

Cristina o ignorou e se aproximou para olhar a ferida e ao tocar ele gemeu mais alto e ela se afastou de imediato.

- Você precisa ir para o hospital!!! - o olhou nos olhos.

- Eu só preciso de meus remédios!!! - falou num suspiro. - Me ajuda a colocar a faixa? - foi sentar.

Ela o observou por um momento e saiu do quarto indo até o andar de baixo correndo o deixando sem entender nada, ela pegou um dos remédios que usava em seus cavalos que sabia que servia tanto para pessoa quanto para o animal e subiu de volta para o quarto e ele tentava enrolar a faixa sozinho achando que ela já não voltaria.

- Tira isso!!! - falou o assustando novamente e ela teve que rir. - Está devendo alguma coisa Frederico?

- Você que esta cheia das graças e ainda por cima quer me matar de susto!!! - passou a mão no cabelo bagunçando ainda mais. - Depois vai ficar ai com saudades se me matar!!

- Eu vou dar é graças a Deus!!! - falou com desdém e ele riu alto, mas logo gemeu sentindo uma dor horrível. Ela se aproximou e abaixou frente a ele. - Não volte a rir assim ou pode explodir seu pulmão!!! - tirou a pomada de dentro da caixa para passar nele.

- O que isso? - falou suspirando.

Ela o olhou estava ajoelhada frente a ele e disse rindo.

- Uma pomada que uso nos meus animais!!! - riu alto com a cara dele. - Uso geralmente em meus cavalos!!!

- Isso é uma brincadeira né? - falou sem acreditar e ela riu mais ainda.

- Pode acreditar que é a mais pura verdade!!! - deu a ele a caixa para que visse. - Agora fica quieto!!! - arrumou os cabelos atrás da orelha e começou a passar a pomada.

Frederico leu o rotulo da caixa e negou com a cabeça, mas deu um pequeno riso enquanto ela passava a pomada em seu ferimento, era um troco pelo dia anterior em que ele a tinha chamado de Égua. Ela tratou de não pensar ou tirar seus olhos do ferimento dele já que estava ali com a parte de cima desnuda e muito convidativa para um olhar, pegou a faixa depois de passar o remédio e com a ajuda dele começou a passar por seu corpo tendo o maior esforço para não encontrar os olhos dele ou se perderia como sempre.

Ele por outro lado não tinha tirado os olhos dela e sorria, ela era tão perfeita, tinha um cheiro tão maravilhoso e suas mãos eram de um toque tão suave que até sua dor tinha diminuído pelo simples toque e cuidado dela. Frederico naquele momento se questionou e imaginou como teria sido se ele tivesse ficado ao lado dela todos aqueles vinte anos... Perguntou-se se teriam sido felizes mesmo ou se teriam terminado se odiando, tinha questões em seu coração que somente depois de todo aquele e ai frente a ela novamente sentia vontade de resolver.

Cristina tinha sido a única mulher com quem sonhou ter uma família, mas não era o momento certo e ele tinha rodado o mundo de cama em cama, mas nenhuma mulher lhe enchia os olhos como ela tinha feito no passado e por isso não tinha se casado ou tinha filhos. Ela sentia os olhares dele, mas somente o olhou quando terminou de prender a faixa e ele sorriu para ela todo bobo.

- Quando cobraria pra cuidar desse cavalo aqui? - zombou rindo e ela o acompanhou.

- Sinto muito, mas você é um cavalo sem doma e eu não posso me arriscar! - piscou para ele em completo desafio e ia se levantar, mas ele a puxou e a segurou em seus braços. - Está vendo só... - sem conseguir evitar olhou seus lábios.

Frederico também desceu seus olhos aos lábios dela que os convidou para um beijo e ele se aproximou ainda mais sua boca da dela.

- Tenho certeza que você tem potencial o suficiente pra me domar!!! - roçou seus lábios no dela que fechou os olhos.

- P-Por que está fazendo isso... - falou num sussurro.

- Porque eu necessito te sentir mais uma vez em meus lábios... - foi verdadeiro e sem mais a beijou devorando seus lábios.

Cristina por um momento pensou em resistir e se afastar, mas como fazer diante do único homem a quem amou? Como fazê-lo quando seus lábios eram devorados com tamanha necessidade que não tinha como resistir. Frederico era o único homem que tinha a beijado e sabia perfeitamente como a levar ao céu somente com sua língua em sua boca, ela suspirou em seus braços e ele a puxou mais para si e a sentou em seus pernas a fazendo deixa cada uma de um lado.

As mãos de Cristina foram ao rosto dele e o beijo ficou ainda mais intenso e ele a apertou em seus braços acariciando suas costas, a sentindo vibrar como nunca havia sentido mulher alguma. Estavam entregues e as mãos dela criaram vida própria e o acariciava nas costas, ombro e braços sentindo quanto ele estava forte. Quando o ar faltou eles se afastaram e se olharam nos olhos sem dizer se quer uma palavras apenas sentindo a respiração um do outro.

- Cristina...

- Frederico...

Ambos falaram juntos e ela saiu de imediato de seu colo voltando a si e tocou os lábios, ele mal tinha chegado e ela já estava ali cedendo aos beijos e caricias dele, se sentiu uma idiota e sem conseguir sustentar a mirada nele saiu correndo com ele apenas chamando seu nome sem poder correr atrás dela...

MOMENTO CERTO - CyFOnde histórias criam vida. Descubra agora