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Oiii boa noite e uma ótima leitura!!! Últimos momentos.

Os policiais entraram no quarto depois de se certificar que era mesmo o quarto dele e Maria soltou seu amor indo para o quarto de Cristina que não era longe dali, entrou e foi direto até a cama e deitou em seu peito deixando que mais lágrimas rolassem por seu rosto.

- Eu quero que me conte toda a verdade sobre ele! - soluçou.

- Seu pai é um maldito violador, Maria! - falou de uma vez sem aguentar mais segurar aquelas palavras dentro de si sem saber como de fato ela iria reagir a suas palavras.

O choro ecoou por aquele quarto e Maria se agarrou mais a ela também deixando que suas lágrimas banhassem seu rosto, era uma realidade tão dura saber que seu pai não era o homem a quem colocou num pedestal e pior ainda, que tinha ficado contra todos por ele e no final estava ali quebrando a cara com sua índole. Maria agora entendia tanta coisa e principalmente a surra que Frederico tinha dado nele e que agora tinha certeza que era mais que merecido e sem aguentar ficar ali deitada no peito de sua mãe, ela se levantou sentindo todo seu ser doer, olhou para Cristina que sentou na cama preocupada com seu estado.

- Minha filha, eu não preciso contar nada a você! - falou com pesar. - Com o que viu é mais que suficiente! - mordeu o lábio.

Maria respirou fundo e soltou o ar com medo do que iria perguntar.

- Ouve outras vezes? Por que não me contou antes!

Cristina não queria destruir mais sua menina do que já via que ela estava, mas tinha começado aquele assunto e não deixaria nunca mais que Diego a iludisse mesmo sabendo que isso não iria acontecer depois do que havia presenciado.

- Você não estava pronta para ouvir e você sabe muito bem disso! - arrumou o cabelo atrás da orelha. - Foi apenas uma vez e eu não lembrava até que tentei fazer amor com Frederico e foi como se ali meu corpo me recordasse do que tinha acontecido e o restante você sabe...

- Foi aquele dia que Frederico o machucou?! - ela confirmou com a cabeça. - Me deixou defender um monstro e pior ainda, quase me deixou ir viver com ele! - estava desesperada.

- Você queria que eu despejasse essa verdade assim do nada? - se arrumou na cama deixando suas lágrimas cair assim como as dela. - Você estava cega por seu pai e pela repentina mudança dele em te dar atenção. Certamente não acreditaria em minha palavra e ele sabe muito bem como mentir e enganar você!

- Eu só queria um pai presente e ele usou isso pra te fazer mal! - sentiu falta de ar. - É minha culpa!

Cristina negou com a cabeça no mesmo momento e ficou de pé para ir até sua menina, Maria deu um passo para trás sentindo tudo rodar a sua frente e logo a escuridão tomou conta de si e ela desfaleceu nos braços da mais velha que gritou por ajuda e Carlos assim como Frederico que se encontravam do lado de fora da porta, entraram rapidamente as encontrando. Carlos a pegou nos braços a levando para a cama e Frederico chamou por um medico que rapidamente veio para examiná-la, eram tantas emoções e decepções para uma menina que nem uma pessoa forte o bastante aguentaria aquele baque.

Foram alguns minutos em que todos ficaram pendentes dela até que despertou e foi preciso ministrar um leve calmante nela que ficou um tanto sonolenta, Cristina exigiu que o médico lhe desse alta e eles foram para casa, Frederico estava mais silencioso do que o normal e ela sabia perfeitamente o que aquilo significava. Quando elas se acomodaram cada uma em seu quarto, Frederico que tinha ficado no andar debaixo junto a Carlos sentou no banco e acendeu um cigarro sabendo que a justiça era falha e que Diego poderia ficar livre facilmente.

- O que está pensando?

Ele tragou o cigarro o encarando.

- Você sabe perfeitamente o que estou pensando! - trincou o dente.

- Você já falou com o delegado e elas não precisam que meta os pés pelas mãos! - foi sensato. - Vá cuidar de sua mulher que é ela quem mais precisa de você e não ele! - tocou o ombro dele.

- A minha vontade é matá-lo! - jogou o cigarro ficando de pé.

- A minha vontade não é diferente, mas no momento deixe que a policia cuide do caso e se nada for resolvido, eu mesmo faço questão de te acompanhar!

Ele respirou fundo concordando com ele e Cristina apareceu ali na porta enrolada num roupão, ela estava com medo do que ele poderia fazer e por isso chegou ali para chamá-lo para ficarem juntos e não correr o risco de ele fazer uma besteira. Frederico se aproximou dela e a beijou nos lábios fazendo com que Cristina o abraçasse pelo pescoço e ele a pegou no colo e caminhou para subir com ela para o quarto, ela deitou a cabeça no ombro dele e prendeu as pernas em sua cintura parecendo um bebê sendo carregado.

Carlos sorriu para eles e logo subiu também para estar com seu amor mesmo ela estando dormindo, queria que quando ela despertasse o encontrasse ali junto a ela. Ana se certificou que suas meninas estavam bem e sem que ninguém percebesse saiu de casa.

(...)

DOIS MESES DEPOIS...

Foram uns dias mais longos que os outros mais conseguiam levar dia a dia, Maria ficou mais silenciosa e muitas vezes se rendia ao choro, acordava a noite gritando com os constantes pesadelos e todos ficaram em alerta com ela que passou a ter acompanhamento de uma psicóloga assim como Cristina, ela não queria ficar na fazenda e passava a maior parte do tempo na fazenda de Frederico junto a filha. Débora fez o possível para virar amiga de Cristina, mas ela se manteve com um pé atrás por tudo que eles tinham vivido juntos, ela era uma ciumenta e muitas vezes faziam com que Frederico gargalhasse e a amasse ainda mais.

Naquela manhã, Cristina se virou na cama e encontrou aquele par de olhos que tanto amava e sorriu passando a mão no rosto.

- Não me olhe que devo estar horrível! - bocejou.

Ele se aproximou dela e a beijou na boca com gosto apertando sua cintura.

- Você é sempre maravilhosa e com essa camisa que te dei, fica mais perfeita ainda.

Frederico sabia que agora tinha limites para chegar perto dela, não tinham feito amor desde que tudo aconteceu e era quase que uma penitencia a ser paga ter que senti-la quase todas as noites grudada em seu corpo e não poder tocar, amar como desejava. Cristina acariciou o braço dele e subiu a mão até seus cabelos terminando aquele beijo, nos olhos tinha tanto desejo que ela sabia que era o momento de mais uma vez deixar seus demônios nos braços do homem que amava.

- E pensar que você disse que nunca usaria essa camisa! - riram juntos.

- Ela me foi entregue e eu achei que somente deveria usá-la em um momento muito especial e esse é o momento certo! - sorriu. - O momento certo para que me faça sua mulher como se fosse a primeira vez que estivéssemos juntos! - falava enquanto seus lábios o sentia.

- Sabe que isso é o que mais desejo! - a apertou mais uma vez. - Mas quero que tenha certeza!

- Eu sempre tenho certeza quando se trata de você! - sorriu.

Frederico se deleitou naquele sorriso que estava tão iluminado que ele a beijou ficando sobre seu corpo e nada mais importou para os dois que se apertaram arrancando as poucas peças que traziam consigo e ele começou a amar cada pedacinho de seu corpo a fazendo ter espasmos de prazer e tremelicar de tesão com ele...

Paralelo ao momento que eles viviam, na cidade vizinha, Diego era liberado da prisão e continha em seu rosto o mais lindo dos sorrisos por estar novamente livre, caminhou para a saída e cumprimentou alguns dos guardas com a cabeça e saiu triunfante por não ter que passar mais tempo ali dentro daquele lugar. Enquanto uns se amavam e desatavam os nós da tristeza ele planejava já seu próximo passo, mas ao pisar na rua uma moto veio e sem se quer parar o acertou com cinco tiros e antes mesmo que ele caísse no chão a moto se foi o deixando ali agonizar de joelhos no chão enquanto via sua vida esvair de seu corpo...

MOMENTO CERTO - CyFOnde histórias criam vida. Descubra agora