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Esses dois ainda vão brincar muito de gato e rato kkkkkkk beijos!!!

- Tem certeza? - os olhos a investigava por completo.

- Absoluta!!! - cruzou os braços. - Foram vinte anos de ausência sem que ele se quer mandasse uma carta ou um recado e agora que ele está aqui e que fique claro que somente o descobri porque tirei aquela maldita máscara. - falou entre dentes. - Tenha a certeza que ele não viria até mim!! - era a única certeza que estava em sua cabeça desde que tinha acordado. - Então vovó acho que não devo ficar atrás de alguém que pouco se importou por mim esses anos todos. - ficou de pé.

- Só irá descobrir se isso é certo se o confrontar! - a olhava.

- Isso não vai acontecer porque eu tenho dignidade e o nosso momento já se acabou lá trás! - beijou os cabelos dela. - Eu vou trabalhar e é o mais certo a se fazer.

Cristina nada mais falou e se foi depois de pegar seu chapéu e Ana negou com a cabeça. Às vezes o orgulho é o maior inimigo do amor...

(...)

UMA SEMANA DEPOIS...

Como prometido a si mesmo Cristina não foi ao hospital, era orgulhosa demais para reconhecer até para si mesma que precisava saber como ele estava, mas não o fez. Ana tinha ido a cidade algumas vezes e apenas conversado com Carlos Manoel sobre Frederico, mas não tinha ido vê-lo já que ele nem se quer se lembraria dela ou até se lembraria mais ela achou melhor não ir para que ele tivesse privacidade e tranquilidade para se recuperar.

Sempre que ela chegava em casa Cristina estava por perto e investigava seu rosto para saber o que ela tinha ido fazer na cidade, mas não perguntava apenas a olhava e Ana apenas sorria para ela e não dizia nada. Ela sabia que a neta queria muito saber o que se passava com Frederico mais não diria nada, ela teria que sentir a vontade ao nível máximo para ir atrás dele e resolver aquele passado mal resolvido.

Frederico por outro lado investigou Cristina como pode através de Carlos Manoel seu fiel amigo, ele contou tudo que sabia sobre ela e de como ela era tinhosa e rabugenta. Ele ria do que Carlos contava e queria logo sair daquele hospital para ir falar com ela, tinham se passado tantos anos desde que ele tinha saído da cidade para esquecê-la que jurou nunca mais volta, mas ali estava ele para enfrentar o que tinha que enfrentar.

Frederico rodou o mundo estudando até que se viu diante do primeiro touro e ali entendeu que a vida com emoção era ainda mais perfeita, várias vezes quis voltar para saber como sua menina estava, mas depois de uns anos descobriu que ela tinha se casado e era melhor que ele ficasse longe e assim tinha o feito por vinte longos anos. Mas a volta pra casa era inevitável e ali estava ele com um belo presente e muitas dores em cima daquela cama.

Não poderia montar por longos anos e porque não assumir sua fazenda e os negócios da família que tinha deixado nas mãos dos advogados e de pessoas de confiança para seguir em sua aventura. Frederico sabia que suas raízes era ali e ao ver Cristina novamente sentiu que jamais poderia ir embora novamente. Naquela tarde ele estava de alta e o primeiro lugar que foi, foi a Fazenda dela.

Quando chegou a viu de longe dando banho em um dos cavalos e sorriu para o sorriso que ela levava no rosto, desceu do carro e pediu que o motorista o esperasse e ele apenas assentiu. Frederico caminhou com calma até ela e a ouviu conversar com a égua negra e tão linda que seus olhos se encantaram de cara, amava aquele cenário e nem sabia como tinha conseguido passar tanto tempo longe.

- Você está linda ali redonda em Esmeralda. - sorria acariciando o pelo do animal que estava preste a dar a luz.

- Dizem que uma égua reconhece a outra. - falou com pura provocação e Cristina com o susto virou rojando água na cara dele. - Cristina... - gritou com os jatos de água em sua cara.

Ela estava paralisada e ainda deixou a água ir sobre ele por alguns segundos até que a abaixou penalizada pelo que tinha feito e levou a mão à boca.

- O meu Deus... - mordeu os lábios.

Frederico se olhou e passou a mão no cabelo descendo para o rosto estava totalmente encharcado.

- Isso que eu chamo de uma bela recepção. - começou a rir.

- Isso que dá chegar à casa dos outros sem ser convidado. - foi rude.

- Me lembro que você era bem mais educada e que recebia as pessoas com um café e não com um banho de mangueira. - ria dá cara dela.

- O que está fazendo aqui? - ignorou o comentário dele.

- Vim ver minha frutinha...

- Não me chame assim que não tem esse direito!!! - apontou o dedo para ele. - Já me viu agora pode ir embora. - estava vermelha.

- Sempre adorei essas bochechas vermelhas. - sorriu galã. - Vejo que não perdeu seu charme fruti... Cristina. - se corrigiu.

- E você não perdeu esse ar de safado que acha que conquista mulher só com um sorriso. - cuspiu as palavras e ele gargalhou para o desespero dela que se tremeu por completo.

- Eu te conquistei assim?! - provocou.

- Isso não importa mais. - quis ser firme. - Diga o que quer de uma vez que eu tenho muito que fazer. - respirou pesado querendo terminar aquela conversa.

Ele se aproximou perigosamente dela que deu um passo para trás mais bateu em sua égua que relinchou e ela voltou a se afastar dela para não machucar. Os olhos estavam presos um no outro e ele sorriu lindamente para ela, um sorriso que era capaz sim de desmontar qualquer pessoa, ou melhor, qualquer mulher que o visse sorrir daquela maneira.

- Eu vim porque quero te agradecer. - segurou a mão dela. - Quero te agradecer pelo que fez lá na arena. - levou a mão dela a seus lábios e beijou.

- O que fiz... Eu faria por qualquer pessoa. - a voz saiu trêmula pela proximidade dos dois.

- Mesmo assim eu precisava vir te agradecer. - sorriu mais uma vez. - Obrigada Cristina. - beijou agora sua bochecha e ela fechou os olhos.

Ele se afastou soltando a mão dela e ela abriu os olhos lentamente os levando aos olhos dele. Era como uma droga que somente em olhar já viciava.

- Quando quiser conversar é só me procurar. - piscou a ela. - Sabe onde me encontrar.

- Não temos nada a conversar. - voltou a postura de antes.

- Isso é o que pensa. - sorriu mais uma vez e se virou saindo dali estava totalmente molhado e já sentia um pouco de frio.

Cristina o olhou ir e respirou fundo, por um momento pensou em chamá-lo para voltar mais as palavras não saíram de sua boca e ela apenas o deixou ir mais uma vez...

MOMENTO CERTO - CyFOnde histórias criam vida. Descubra agora