nova york

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You G!p

- Ok Lorena, você está certa. - Digo já cansada da discussão extensa que estava tendo com minha mulher.

- É isso que você me diz? Nada disso, volte aqui!. - Grita quando me vê se afastar.

Levanto os braços como se não houvesse motivos.

- O que você quer que eu faça? Não é a razão que você quer? Então, estou te dando. Agora podemos parar e por favor, será que você poderia me deixar dormir? Estou cansada. Obrigada. - Digo enfatizada e logo volto a caminhar para o nosso quarto.

Sei que ela não vai se dar por vencida e irá vir atrás querendo debater.

- S/n. - Me chama adentrando o quarto com a voz firme e insistente.

- Por Deus Lorena, me deixa em paz. - Digo exausta. Pego meu travesseiro e o edredom e passo por ela. - Para. - Me viro ao ouvir seus passos me seguindo. - Eu já falei. Estou cansada, será que dá pra você me encher o saco amanhã quando eu estiver com a paciência renovada? Porque hoje você já estourou o seu limite de me tirar do sério. - A mulher abre a boca e logo se dar por vencida, voltando para o quarto e batendo a porta com força.

Não aguento mais essa vida.

Principalmente essa vida juntamente com ela.

Caminho para a sala e jogo o travesseiro no sofá logo dando algumas batidas para amaciá-lo, e por fim descanso minha cabeça ali, jogando o edredom por meu corpo.

Um suspiro de derrota escapa dos meus lábios.

Não está sendo nada fácil. Minha mente está a mil.

•••

Se você acha que eu consegui dormir durante esta noite, está completamente enganado.

Rolei no sofá a noite inteira procurando uma posição confortável para hibernar. Por fim, ainda não sei porque não me hospedei no quarto de hóspede. Deve ser por receio da mulher aparecer por lá a noite para querer me esganar, já que os quartos são um de frente para o outro.

Já devidamente arrumada passo meu café para a caneca sentindo seu forte aroma pairar pela cozinha. Minha dor de cabeça estava insuportável e eu realmente não sei do porquê de ainda estar viva. Senhor, poderia me dizer o porquê de eu ainda estar viva?

Sinto que ela possa explodir a qualquer momento. Um latejar irritante insiste em permanecer, aflorando minhas veias e me deixando extremamente aborrecida.

O perfume muito conhecido se instala no local e Lorena surge me desejando 'bom dia' com um semblante alegre em um tom animado.

Resmungo um bom dia rude e continuo tomando meu café.

A mulher não se contenta e procura puxar assunto durante o período. Se eu fosse ela não ousava dizer mais nenhuma palavra.

- Eu preciso ir Lorena, tenha um bom dia. - Me levanto logo pegando meu terninho que antes estava debruçado na cadeira.

- Certo amor, tenha um ótimo dia também, boa sorte lá no trabalho. - Diz amorosa. O que me faz torcer um pouco o rosto em confusão. Suspiro cansada com a amnésia repentina da mulher.

Apenas assinto e me preparo para se afastar quando ouço a mesma pigarrear.

-Vai sair sem dar o meu beijo? - Pergunta fazendo um bico nos lábios que me faz embrulhar o estômago de desgosto.

Certo, eu não mereço isso. Eu definitivamente não mereço toda essa situação.

Fecho os olhos apertando-os de uma forma irritada. Engoli em seco para logo direcionar o olhar para Lorena. Caminho em sua direção e deposito um beijo leve em sua testa.

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