O MEDALHÃO

113 12 5
                                    

O MEDALHÃO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O MEDALHÃO

Pensar em sua casa fez com que extirpasse da sua mente o acontecimento mais esquisito e tenebroso que já se passou em sua vida. Sua casa não tinha muito luxo, mas era o lugar que mais o deixava relaxado, "não existe lugar melhor que o nosso lar". Apesar do pouco dinheiro que tinham, a casa lhes propiciavam um relativo conforto.

Joana Barbosa Frienbach baixou o vidro do carro para que a brisa do mar pudesse chegar em seu rosto trazendo algum frescor, aquela hora da tarde o sol ainda brilhava intensamente com seu reflexo vigoroso sobre o mar azul-esverdeado do oceano.

Ele aumentou um pouco o volume do som do carro no momento que tocava, "Starway to heaven" do "Led zeppelin" no toca fitas, uma das músicas preferidas dele. Apesar de não conhecer muito bem o idioma, aprendeu bastante inglês por causa das traduções que fazia para entender as letras de rock, ele gostava de saber qual era o significado da música, achava ridículo pessoas que só ouviam a música por causa do ritmo sem saber o que diz a canção, "vai que eles estão me xingando e eu não sei", pensava, mas uma coisa ele tinha certeza, o ritmo musical do rock era um dos melhores que já haviam criado.

A viagem de volta pra casa tinha sido silenciosa, nenhum dos dois tinham trocado palavra alguma, a não ser alguns palavrões que Mason tinha gritado no caminho quando um corcel vermelho o fechou em um cruzamento, fora isso, o percurso que durava mais ou menos uns vinte e cinco minutos parecia ter durado uma eternidade por causa do silêncio taciturno.

- Enfim chegamos - Mason falou num suspiro longo como se agradecido por terem chegado ao destino.

- Quer que eu abra o portão querido? - Como de costume era Joana que sempre o abria.

- Não, deixa que eu abro - ele foi enfático.

Rex veio correndo quando ouviu o ranger do portão. Era um doberman grande e marrom que, apesar de ser rotulado como uma raça brava, era bem manso, com o toco do rabo balançando pulava sem parar em cima de Mason.

Após guardar o carro na garagem de chão batido, coberto por telhas de zinco, ele se adiantou para fechar o portão verde de grades para que Rex não fugisse, o que quase aconteceu. A casa com pintura verde musgo ficava nos fundos do terreno onde estava sendo construído um segundo quarto para o bebê, a obra estava no início e provavelmente iria demorar algum tempo porque Mason só podia fazê-lo nos finais de semana.

- Oi Joana, como foi o pré-natal, tudo bem com o bebê? - Michele falou colocando a cabeça por sobre o muro de concreto. Michele Moreira Martins era uma ótima vizinha, mesmo sendo um bocado curiosa ela era muito prestativa com seus vizinhos, ainda mais com Joana que criaram uma grande afinidade a dois anos atrás quando eles se mudaram para o bairro. Foi nessa época que Mason conheceu Frederico (Fred) Martins no qual o contratou para construir a casa do amigo ao lado da sua residência.

- Correu tudo bem Michele - respondeu-lhe Joana -, mais tarde vem aqui em casa pra eu te contar os detalhes, agora vou tomar um banho e descansar um pouco amiga - disse bocejando, colocando a mão em concha na frente da boca.

LÁGRIMAS de SANGUEOnde histórias criam vida. Descubra agora