DOM FRANCESCO

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DOM FRANCESCO

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DOM FRANCESCO

O olhar de reprovação do Sr. Pedro Albuquerque Osvald era evidente, suas sobrancelhas se estreitaram sobre seus olhos azuis claros ao se deparar com Mason.

Coelho percebendo o descontentamento do patrão se retirou do local, fingia separar ferramentas em outra sala, mas não tão distante para que pudesse ouvir a conversa.

- Será que vai dar pra adiantar o serviço Mason?

- Sem dúvida senhor Pedro, inclusive cheguei uma hora mais cedo para agilizar a colocação dos pisos - o que realmente era verdade, Joana até estranhou o fato do esposo ter acordado tão cedo e ido de carro para o trabalho.

- Eu tive boas referências sua Mason, meu amigo Dr. Carlos de Freitas me recomendou seus serviços afirmando que você é um dos melhores profissionais da cidade, espero não se arrepender com essa indicação, e convenhamos meu amigo, a sua prestação de serviço não é tão barata assim - Pedro fez a observação em tom de ameaça.

- Posso lhe garantir senhor Pedro que não irá se arrepender em ter me contratado - Mason falou sem afinar sua voz grave não se intimidando -, tenho certeza que se alguém da sua família estivesse doente, precisando de seu auxílio, o senhor desmarcaria qualquer reunião, sendo ela importante ou não.

Pedro fez menção com a cabeça concordando. - Ok, vamos esquecer esse assunto e focar na obra... De acordo? - Mason assentiu.

Um alívio brotou no semblante de Mason ao ouvir o baque da porta do carro importado do advogado fechando. Não obstante, sua mente ainda continuava anuviada com o fato de ocultar a verdade dos acontecimentos recentes.

- Caramba Mason, eu nunca tinha visto o senhor Pedro bravo assim, foi porque você faltou no trabalho ontem?

- Eu creio que sim amigo.

No decorrer do dia ele explicou para Coelho o motivo da ausência do dia anterior.

- Que bom que você conseguiu descobrir o significado do medalhão.

- Só consegui por causa de uma grande ajuda de Catarina. Agora falta descobrir o significado da frase.

- Eu acho que não vai ser difícil já que você falou que a bibliotecária é muito inteligente - concluiu Coelho.

- Mesmo ela sendo tão inteligente não me deu muitas esperanças de ser fácil.

O relógio da parede da cozinha com desenhos de frutas indicava seis e meia da tarde quando Joana ouviu o ronco do motor do Chevette branco do esposo chegar em frente da casa.

Ele olhava profusamente para o cartão de visitas preto com letras douradas em que estava escrito o nome da bibliotecária e os dois números de telefone dela, o da biblioteca em destaque, e o particular menor logo abaixo. Ele esfregava o cartão com os dedos ao perceber pelo retrovisor Joana abrindo o portão com um rangido estridente. Rapidamente ele guardou o cartão na pochete e manobrou o carro em direção à garagem da casa.

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