ENCLAUSURADO
-Bom dia filho, por acaso você sabe se o David dormiu em casa? Eu não escutei ele chegando essa noite! - Ana Alencar Frienbach perguntou ao filho mostrando preocupação na voz.
-Eu também não ouvi ele chegando não mãe - Mason Alencar Frienbach respondeu caminhando até o quarto de David abrindo a porta e conferindo se o filho estava na cama. - A cama dele tá arrumada mãe,pelo jeito ele não dormiu em casa, ontem de tarde ele me disse queia até a casa de Yumi tentar conversar com ela, eu disse que não era uma boa ideia. Provavelmente ele conseguiu se reconciliar com ela e acabou dormindo lá!
-Tomara que sim filho, o David tá muito triste sem a Yumi, eu torço que tudo tenha voltado ao normal entre eles.
-Eu também mãe, eu também. O David mal consegue trabalhar direito de tão triste que está - Mason confirmou o comentário da mãe.
-E por falar em trabalhar, será que ele vai direto da casa da Yumi pro serviço?
-Eu espero que sim mãe, temos muita coisa pra fazer hoje lá na obra- Mason comentou pegando sua garrafa de café e a marmita colocando na mochila para ir para o trabalho. - Deixa eu ir caminhando que pelo jeito hoje não vou ter carona do David, vou ter que pegar o ônibus mesmo.
-Vai sim filho, essa hora o ônibus passa lotado, então é melhor se adiantar. Vai com Deus meu filho, qualquer coisa me avisa.
-Tá bom mãe, aviso sim, fica com Deus também. - Mason deu um beijo afetuoso na testa da mãe e saiu para mais um dia de labuta.
O chacoalhar da Van fez com que eu despertasse. Meus sentidos ainda estavam confusos como se tivesse acordado de um pesadelo onde fui raptado, mas a minha intensa dor de cabeça e costas, e o cheiro de clorofórmio misturado com o cheiro do perfume almiscarado ainda presentes em minhas narinas fez que que eu voltasse a realidade obscura e tenebrosa, eu realmente estava sendo sequestrado. Senti minhas mãos e pés dormentes, percebi que estava fortemente amarrado pelos membros. Mesmo encapuzado podia ver o amanhecer entrar pelas janelas escuras do veículo e chegar até meus olhos através do capuz. Era difícil respirar com aquele saco de flanela na cabeça.
-Eu acho que o cara acordou! - Uma voz rouca e grossa vindo da frente da Van soou para alguém que estava atrás no veículo. - Bota mais clorofórmio na cara desse otário.
-Sim chefe.
Tentei me manter imóvel para não ser drogado novamente mas não adiantou.Um homem retirou o saco da minha cabeça e me deu um forte tapa no rosto fazendo-me gemer. Imaginei que a dor de cabeça também seria por receber pesados tapas no rosto verificando se eu ainda estava dopado ou não, minhas faces ardiam.
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LÁGRIMAS de SANGUE
HorrorDavid Frienbach pensava que era apenas mais um ser humano comum entre bilhões de outros, entretanto, ele recebeu como herança, dada por seu avô após ter feito um pacto satânico no intuito de ganhar fama, poder e dinheiro, um dom sobrenatural que par...