David Frienbach pensava que era apenas mais um ser humano comum entre bilhões de outros, entretanto, ele recebeu como herança, dada por seu avô após ter feito um pacto satânico no intuito de ganhar fama, poder e dinheiro, um dom sobrenatural que par...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
FAROESTE POLÍTICO
"A poeira era trazida pelo forte vento cobrindo de areia a maioria das construções de madeira. Parecia ser uma pequena cidade do velho oeste abandonada, até passou uma bola de feno rodopiando pela rua principal exatamente como nos filmes de bangue-bangue. Dois cavalos relinchavam batendo as patas dianteiras no chão de terra batida amarrados pelas rédeas numa balaustrada de uma varanda de um pequeno prédio antigo de madeira onde se lia numa placa entalhada em madeira pendurada por cordas (SALOOM). O barulho do assovio do vento só foi interrompido quando alguém passou pela porta vai-e-vem do saloom e as esporas das botas de cowboy do indivíduo tilintavam a cada passada que essa pessoa dava. Inusitadamente saiu pela porta todo caracterizado de pistoleiro o senhor Igor Duskin com um cinturão cheio de balas calibre 38 e um revólver prateado no coldre. O chapéu de couro estava meio pendido de lado dando um ar de vilão a ele.Igor caminhou lentamente até o meio da rua, parou e gritou.
-Cadê o desgraçado do meu filho, hoje eu vou dar uma lição nele,ensinar a ele nunca mais mexer com Igor Duskin.
Do outro lado da rua, num prédio de madeira também, porém mais preservado, onde tinha os dizeres (PREFEITURA) escrito na placa instalada por cima do telhado empoeirado da varanda saiu um homem de roupas pretas, uma gravata de dois cordões branca, botas de couro de jacaré e abaixo do colete também usava um cinto cheio de balas 38,sendo que no coldre tinha um revólver preto em vez de prateado. Só foi possível ver a fisionomia dessa figura quando ele desceu os dois degraus da varanda e o sol iluminou seu rosto. Não fiquei surpreso ao ver que era Samuel Duskin, seu cabelo ruivo parecia mais avermelhado ao brilho do sol.
Eu me embalava em uma cadeira de balanço numa varanda de piso de madeira cheia de cupins observando, a pouco metros de mim, tudo o que ocorria naquele cenário de faroeste.
-Você está me desafiando seu velho caduco? Saiba que eu sou o prefeito e não vou deixar um canalha como você fazer arruaça na minha cidade, vou fazer você comer chumbo.
-Quem você pensa que é seu moleque, você que vai comer chumbo, e depois que estiver a sete palmos debaixo da terra eu é que vou ser o prefeito dessa pocilga - o pai de Samuel deu uma risada estrondosa jogando a cabeça pra trás. - Eu te desafio a duelar comigo.
-Eu aceito seu desafio seu velho fedorento.
No momento em que eles estavam se posicionando no meio da rua à uns cinquenta metros de distância um do outro, saiu da prefeitura uma mulher trajando um longo vestido balão rosa, por baixo do vestido usava um corpete tão apertado que parecia tirar o fôlego quase quebrando as costelas, ela usava uma sombrinha e chapéu típico da época, rosas também. Era Ingrid Duskin que tinha em seu semblante um ar de preocupação.
