"EUREKA"
Na manhã seguinte Mason acordou tarde. Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, ainda trajando um short de dormir e uma camisa bem surrada que Joana era doida pra jogar no lixo de tão velha e rota que era, mas ele não deixava por ser confortável, ele foi para o quintal dar ração para o Rex e limpar suas fezes, o cão já estava correndo pelo quintal brincando com sua bola murcha pelos furos que ele tinha feito com os dentes de tanto brincar com ela. Após cuidar do cão ele trocou de roupa e foi até a padaria.
Mason entrou na padaria para comprar pão e leite... e mais alguma coisa que Joana tinha falado mas ele não se lembrava o quê.
- Oi Cristina, me vê uma bisnaga de pão e um litro de leite por favor! - Cristina, filha do seu Zé que, apesar dos seus quinze anos de idade já era uma mulher feita. Com uma pele morena jambo, seios fartos, cabelos lisos e rosto quadrado, era muito assediada pelos garotos que iam lá só para paquerar a garota, mas ela se mostrava irredutível as cantadas deles. A atitude de Cristina fazia com que Mason a admirasse bastante. "Se meu bebê for uma menina quero que seja como ela, educada e responsável", pensou.
No caminho de casa encontrou Toninho, um amigo ruivo cheio de sardas um pouco mais baixo que Mason que morava na rua detrás. Eles gostavam muito de bater uma bolinha nos finais de semana e beber cerveja depois da partida de futebol.
- E aí Mason, vamos jogar uma "pelada" mais tarde? "Sabadão" não pode passar em branco, a turma deve pegar uma praia depois do jogo perto do quiosque do Ricardo, sabe que a cerveja de lá sempre vem geladinha - Toninho falou dando um leve soco no peito de Mason.
- Esse final de semana não vai dar amigo, os meus parentes ficaram de vir hoje em casa pra ver como Joana está.
- Beleza então, semana que vem a gente marca outro jogo, o difícil vai ser conseguir outro zagueiro pra te substituir - Toninho falou dando de ombros.
- Depois a gente conversa mais Toninho, eu tenho que ir.
- Tá beleza amigo. - Se cumprimentaram de um jeito peculiar onde os polegares se entrelaçam enquanto os dedos da mão sobem e descem terminando num aperto de mão.
Ao chegar próximo de casa percebeu uma movimentação diferente dentro da casa, chegando em frente reconheceu a voz de sua mãe. Era raro receber a visita dela. Ana Alencar Frienbach tinha estatura baixa, seus olhos, assim como os cabelos escuros e pele morena definiam bem sua etnia indiana. Sua mãe e esposa não se davam muito bem, até porque, ele sabia muito bem que a mãe era um pouco ranzinza, com mania de limpeza e bastante hipocondríaca que só vivia reclamando de tudo.
- Oi mãe, o que a senhora tá fazendo aqui?
- Oh... Será que uma mãe não pode mais visitar o seu filho e sua nora? - Ana beijou o bochecha do filho com a barba ainda por fazer.
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LÁGRIMAS de SANGUE
HorrorDavid Frienbach pensava que era apenas mais um ser humano comum entre bilhões de outros, entretanto, ele recebeu como herança, dada por seu avô após ter feito um pacto satânico no intuito de ganhar fama, poder e dinheiro, um dom sobrenatural que par...