LAVAGEM CEREBRAL

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LAVAGEM CEREBRAL

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LAVAGEM CEREBRAL




Dr.Plínio Xavier chegou ao galpão misterioso acompanhado por uma jovem enfermeira. Seu andar manco e vagaroso indicava alguma lesão grave na perna esquerda. Por vezes a pequena enfermeira morena o segurava para que não caísse deixando o médico exasperado.

-Bom dia doutor, tem certeza que você consegue induzir o paciente ater sonhos programados? - o patrão indagou mostrando uma certa dúvida.

-Eu fui considerado um dos melhores sono terapeutas do país, pode ter certeza que eu faço ele sonhar com o que você quiser! - respondeu Dr. Plínio com um ar autoritário e confiante.

-Espero que sim doutor, eu estou lhe pagando uma fortuna para que você induza o David a sonhar com o que eu quero, e não venha com arrogância, eu sei que o seu CRM foi cassado pelos métodos ortodoxos que você utiliza.

-Pode acreditar no Dr. Plínio, ele realmente é um dos melhores médicos na sua área, eu garanto - concluiu a pequena enfermeira.Ela se calou na hora ao ver o olhar fulminante do patrão como se dissesse: Quem perguntou sua opinião?

-Então vamos iniciar a terapia o mais rápido possível - o patrão falou esfregando as mãos esboçando um sorriso maquiavélico.

-Então eu já posso botar o vídeo chefe? - Robson perguntou impaciente.

-Ainda não - respondeu o médico pelo patrão. - Eu preciso fazer alguns exames no paciente primeiro para saber se ele não tem nenhuma rejeição aos medicamentos que vou ministrar nele, nós precisamos dele sonhando e não morto - disse Dr. Plínio Xavier com segurança na voz e observando David pelo espelho falso.

O dope estava passando, eu já conseguia pensar com mais clareza.Tentava adivinhar quem e por que estavam me mantendo preso naquele local misterioso, deduzi que seria por causa do meu dom sobrenatural,principalmente porque tiraram meu medalhão, alguém queria muito algo praticamente impossível. Mas que seria? O que pretendia? E minha maior dúvida, como havia descoberto sobre meu poder paranormal? Será que o boato sobre meu dom já havia passado as fronteiras do bairro onde moro? Será que a cidade já estava ciente do meu poder?

Enquanto divagava sobre tal dilema entrou no quarto um homem magro, de traje branco, usando um óculos de grau altíssimo e mancando da perna esquerda. Acompanhando-o, entrou uma jovem morena de baixa estatura trajando um jaleco branco também, supus que seria um médico e sua enfermeira.

-Quem são vocês? O que querem de mim? - questionei preocupado se debatendo sobre a maca tentando libertar-me dos grilhões sem sucesso. Minhas mãos e pés estavam ficando roxas e dormentes pela forte pressão das amarras.

-Calma senhor David, eu apenas vou fazer uns exames em você. Sou neurologista e sonoterapeuta, meu cliente precisa que você faça um grande favor pra ele - o médico manco tirava minha pressão arterial durante sua apresentação.

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