Capítulo 04

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Todos estavam reunidos em volta da mesa de jantar. Eu estava sentado entre Christopher e Dulce (Seria eu o maior empata foda Vondy da história?), do outro lado estavam Maite, Christian e Anahí, na mesma sequência. E Pedro, um adorador (sem igual) dessas babaquices que chamam de etiqueta, sentava-se na ponta da mesa, ao centro.

Eu tentava ao máximo não encarar Anahí, embora muitas vezes me perdesse naquela gargalhada, a qual já senti tanta falta.

Ela não me parecia em nada com aquela Anahí das fotos do Instagram. A primeira dama, elegante e recatada. Estava incrivelmente livre, com uma taça de seu vinho preferido na mão.

— E Manu, como está? — Christian perguntou.

— Terrível. — Respondeu com um grande sorriso nos lábios. — Já corre pela casa toda, me deixa completamente maluca. — Fez uma careta tão engraçada, que tive que abafar o riso. — Mas ele é realmente tudo que eu sempre sonhei.

Ela parecia feliz.

— Tenho tanta vontade de conhecê-lo! — Dulce comentou.

— Mesmo? — Anahí perguntou e ela afirmou com a cabeça. — Você deveria aparecer na casa da minha mãe, nós ficaremos alguns dias por lá. Você vai se encantar Dul, ele é tão amável. É uma criança tão, tão o especial, que descreve-lo, me faz sentir vontade de chorar. — Comentou visivelmente emocionada.

Senti vontade de saber o motivo de Anahí ter decidido estender sua estadia por mais alguns dias, mas é claro que meu orgulho não deixaria que eu perguntasse aquilo a ninguém.

— Talvez na segunda seja um bom dia... — Dulce respondeu pensativa.

— Por mim está mais que combinado.

Pedro prendeu a atenção de todos, quando bateu com uma colher na taça de vinho que carregava.

O que eu disse sobre o louco das regras de etiquetas? Por Deus!

— Sei que a conversa está muito boa e que estão matando as saudades, mas precisamos ir direto ao ponto... — Ele começou. — Vamos falar de trabalho! Por onde querem começar?

— Que tal começar falando sobre como vamos vender nossas almas para Televisa? — Christopher perguntou sarcástico.

— Acho bom vocês aproveitarem essa alta na bolsa, porque não é qualquer dia que oferecem 5 milhões de dólares por suas almas. — Pedro brincou. — Não haverá oferta melhor, meus caros. Iremos adaptar a agenda totalmente aos compromissos de vocês, será apenas um ano de trabalho. Pouquíssimos shows, um por país, com exceção de México e Brasil.

Brasil. Aquela palavra sim me causava calafrios.

— Ah, o Brasil... — Anahí comentou sugestiva.

Eu franzi o cenho, enquanto todos os outros sorriram em cumplicidade. Todo mundo ali tinha uma história louca naquele país. E a minha era com Anahí.

— E o especial na tv? Como será? — Maite parecia ter acabado de incorporar o espírito negociador de Pedro.

Ela tinha essas facetas, era necessário pela profissão.

— Uma mini série de Rebelde. Vai contar como estão os personagens quase quinze anos depois.

— Nãooo? — Christian perguntou tanto incrédulo, quanto animado. — Meu Giovanni está vivíssimo!

— Devo confessar que é uma boa ideia. — Me pronunciei pela primeira vez, atraindo olhares desconfiados.

— Dulce, verifique a testa dele. — Maite debochou.

One Step Closer (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora