Epílogo

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Por Poncho:

Quase um ano após o nosso casamento, Anahí decidiu enfim retornar aos palcos. Seu retorno triunfal seria nos Premios Juventud, que acontecia me Miami.

Eu eu? Eu estava na primeira fila.

Mas Anahí não sabia disso.

Eu sabia que um filme passou em sua cabeça assim que pisou naquele palco. Eu conseguia ler em seus olhos todo o seu nervosismo, mesmo com todas aquelas luzes. Fazia muito tempo em que não a via vestida assim e foi inevitável sentir o meu corpo reagir a aquilo.

Sua voz se fez presente, daquela maneira única e poderosa. Eu fiquei arrepiado!

E nesse momento eu percebi que o nervosismo dela tinha se dissipado. Foi naquele momento em que nitidamente ela deixou de lado a Anahí mãe de família e se transformou na estrela que todos conhecem.

A música que ela havia escolhido para cantar era a minha favorita do seu novo álbum. Era doce, ao mesmo tempo que sensual. Fazia jus a voz que a cantava.

Quando os olhos de Anahí finalmente me encontraram, sua expressão mudou. Era como um choque momentâneo. E eu sorri pra ela, como se a tivesse vendo depois de muito tempo. Como se eu não tivesse me despedido dela pela manhã. Porque era assim que eu sentia quando se tratava de Anahí... Como se doze horas fossem uma maldita eternidade.

Não era como se nunca tivesse a visto num palco antes, mas a sensação ainda era a mesma de duas décadas atrás.

Após a apresentação, ela pediu para que um segurança me buscasse e levasse até o camarim.


— Você já tinha tudo calculado, não tinha? — Ela me perguntou assim que me viu chegar. — Como você pôde? Eu me despedi de você como se fosse te ver de novo somente amanhã à noite!

Foi inevitável sorrir ao vê-la.

— Tudo bem... Antes de qualquer coisa: Você foi incrível! E sim... Eu tinha tudo calculado. Sua mãe eu planejamos tudo. — Meu rosto se contorceu em uma careta. — Você achou mesmo que eu não estaria aqui?

— Eu se quer imaginei que você pudesse estar. Fiquei morrendo de medo das pessoas perceberem o choque que levei quando te vi. Por pouco não esqueço a letra da música!

— Deu tudo certo no final. Não deu? Sua apresentação foi espetacular!

— Você é meio suspeito... — Anahí estreitou os olhos, desconfiada.

— Juro que estou sendo totalmente sincero. Confie em mim, amor! — Peguei sua mão e puxei-a fazendo se aproximar ainda mais de mim. — E olha que nem entrei no mérito de que vi um monte de marmanjo babando por você...

— Ciúmes?

— Bastante... — Confessei. — Porra Anahí, você tem alguma ideia do quanto tá gostosa nesse vestido? Eu não quero que o tire até chegarmos ao hotel. Está me ouvindo?

Anahí inclinou a cabeça pra trás e riu gostosamente

— Temos uma suíte juntos?

— Eu penso em tudo, baby. — Afundei meus dedos em seus cabelos e a fiz me encarar. — Quero amar você em todos os cômodos daquela maldita suíte presidencial.

— Então essa é a nossa noite? — Ela sussurrou.

— Sua noite! — Rocei meus lábios aos dela. — A estrela é você! — Mordisquei levemente seu lábio inferior. — Eu preciso te tirar daqui agora, antes que eu cometa uma loucura.

Mas não foi tão fácil! Anahí era uma das atrações daquela premiação e isso significava que ela teria uma série de compromissos naquela noite. Algumas entrevistas e muitas, muitas fotos!

Enquanto ela fazia tudo isso, tratei de trocar mensagens com Marichelo para saber como estavam nossos filhos.

Tentava ao máximo me manter afastado dos holofotes, porque era Anahí quem deveria brilhar naquela noite. Mas é óbvio que não tive tanto sucesso em me esconder. Em algum momento os fotógrafos me acharam e pediram inúmeras fotos nossas juntos.


— Eu não sei se estou preparado para dividir você com o mundo novamente. — Confessei, olhando-a da cabeça aos pés, assim que entramos na suíte do hotel.

Anahí aproximou-se de mim e tocou o meu rosto.

— É o que me faz feliz. — Suspirou. — Mas eu sempre estarei de volta. Pra você, pra nossa família...

— Promete?

— Eu prometo amor!

— Não me entenda mal, eu estou feliz por você. Só estou com medo... São muitas viagens. Você sabe que eu estarei sempre aqui por você, mas não posso negar que sentirei muito a sua falta!

Anahí entraria em turnê internacional e eu estaria mentindo se dissesse que estava preparando pra isso. Conciliamos nossas agendas para que eu pudesse ficar com as crianças, enquanto ela viajava.

— Serão poucos dias. — Ela explicou. — O intervalo de tempo entre um país e outro é grande. Eu voltarei pra casa quando isso acontecer.

— Eu sei... Isso me deixa um pouco mais feliz. — A trouxe para mais perto e afundei meus dedos em seus cabelos. — Não vamos pensar mais nisso, quero aproveitar cada segundo dessa noite. — A encarei, para em seguida colar meus lábios aos dela.

Anahí me beijou e eu me senti como um maldito viciado em abstinência. Suguei sua língua, enquanto minhas mãos exploravam cada parte do seu corpo.

— Amor... — Ela gemeu, quando apertei fortemente sua cintura, pressionando seu corpo contra o meu e fazendo-a sentir minha ereção.

— Em todos os cômodos, Cariño! — Murmurei com a minha boca ainda próxima a dela. — Eu quero te ouvir  gritando que é só minha.

Anahí virou-se de costas para mim e eu deslizei o zíper de seu vestido, vendo-o cair em seus pés.

Os anos pareciam não passar para aquela mulher. Era incrível como seu corpo parecia milimetricamente desenhado.

Ela se voltou novamente para mim. Eu pude ter a visão incrível que era Anahí coberta apenas por uma minúscula calcinha.

Praguejei quando ela começou a desabotoar a minha camisa. A ajudei com aquilo, jogando a peça no chão em seguida.

Anahí enlaçou seus braços em meu pescoço e senti seus seios em contato direto com a minha pele. Soltei um gemido alto e a puxei para o meu colo, sentindo suas pernas rodearem o meu quadril.

O nosso contato íntimo quase me enlouqueceu e eu a pressionei contra a parede.

— Anahí... — Gemi entre os dentes. — Eu preciso... — Supliquei.

Foi ali, antes mesmo de chegarmos ao cômodo principal, que a fizemos amor pela primeira vez naquela noite. E depois daquela, mais algumas outras vezes.

Parecíamos sedentos e incansáveis.

Já era quase manhã quando deitamos. Anahí estava sobre o meu peito, enquanto eu acariciava seus cabelos sedosos.

— Sabe quantas vezes eu sonhei com isso? — Perguntei.

— Antes?

Assenti.

— Você é como um sonho que de tornou realidade.

— Poncho? — Ela me chamou e eu a olhei. — Yo te amo!

— Y yo a ti.

Fim.

One Step Closer (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora