Capítulo 21

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Por poncho:


Contornei as costas de Anahí com um dos braços, enquanto acabava com a distância que existia entre nós dois. Ela suspirou e deitou a cabeça no meu ombro.

— Acha que em algum universo paralelo Mia e Miguel ainda estão sendo felizes? — Ela me perguntou de forma aleatória, me arrancando um sorriso.

— O feliz deles é pra sempre, lembra? — Respondi divertido. — Mas acho que você vai poder tirar essa dúvida quando recebermos o roteiro da mini série.

Ela negou com a cabeça.

— Eu não tenho tanta certeza disso... Eles podem estragar tudo! — Anahí falava de uma forma séria, como se aquilo fosse realmente preocupante. — Mia e Miguel eram mais do que aquilo, iam além daquele texto... Você me entende?

— Você sabe que sim. — Suspirei. E me dei conta de que de uma forma muito louca, aquilo realmente fazia sentido. — Bom... O que eu sinto, aqui dentro... — Peguei sua mão livre e levei até o lado esquerdo do meu peito. Anahí me encarou. — É que ser feliz era a única opção que eles tinham, porque eram perfeitos um para o outro. — Pisquei. —E uma vez me disseram que existe o amor "da" nossa vida, e o amor "para" nossa vida... E você sabe em qual definição eles se encaixam?

— Qual?

— Nas duas. — Sorri. — Como dizem por aí... Eles são almas gêmeas!

— Almas gêmeas? — Ela sorriu divertida. — Desde quando Alfonso Herrera acredita nisso?

— Desde muito tempo. — Apertei a ponta de seu nariz.

Ela não disse nada, apenas me olhou, como se buscasse uma resposta menos complexa no meu olhar.

Alguns minutos se passaram, e toda aquela aproximação parecia traiçoeira. Só que eu não conseguia ter esse discernimento naquele momento, porque tava me sentindo como há muito tempo não me sentia. Era como se alguma coisa dentro de mim tivesse voltado pro lugar, e a paz estivesse se restabelecido.

— Eu te desafio! — Ela soltou, cortando meus pensamentos.

Arqueei minha sobrancelha.

— Dime!

Ela pegou uma rolha que estava ao nosso lado, por conta do vinho que tínhamos aberto enquanto já estávamos sentados ali.

— Tá vendo aquele vaso depois da piscina? — Assenti. — Duvido que consiga fazer uma cesta.

Um sorriso debochado formou-se em meus lábios.

— Qual seria o meu prêmio ou a minha dívida?

— Se você errar, tem que pular na piscina... Se acertar, eu pulo!

Neguei com a cabeça.

— Sem chances, Ani! Eu estou em total desvantagem. — Apontei. — Primeiro, porque estou sem carro e não trouxe nenhuma roupa reserva. E segundo, porque você está em casa, ou seja, nem vai ser tão ruim pra você ter que pagar...

Anahí revirou os olhos.

— Deixa se ser frouxo Herrera! Ok, se você acertar, coisa que eu duvido muito... Pulo com essa roupa mesmo. E se perder, te levo em casa... Porque, obviamente nenhum motorista de uber vai querer a sua bunda molhada no banco dele.

Gargalhei.

Analisei as regras e concordei.

— Tenho quantas chances?

One Step Closer (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora