One Step Closer (Concluída)

Capítulo 66

Por Poncho:

Era como se a ficha fosse caindo aos poucos, senti meu sangue gelar e minha respiração acelerou. De repente, tudo ficou em câmera lenta. E eu parecia aqueles gifs do WhatsApp fazendo os mesmos movimentos repetitivos; Olhava para seu rosto e em seguida para nossas mãos em sua barriga.

— Agora sou eu quem parece a tola. — Anahí reclamou, me tirando daquele looping eterno.

— Isso... — Engoli minha própria saliva. — Isso tá mesmo acontecendo? — Como resposta ela sorriu novamente e assentiu com a cabeça, me parecendo bastante emocionada. — Meu Deus, Ani! — A abracei, não me importando de ainda estarmos no chão. — Você tem alguma noção do quanto está me fazendo feliz nesse momento? Eu nunca senti isso na vida.

— Eu amo você, Poncho! — Ela me olhou profundamente e sorriu. — E amo há tanto tempo que sou incapaz de precisar quando isso realmente começou. E você não imagina quantas vezes pensei na gente assim, mas em nenhuma delas eu me sentia tão completa quanto me sinto hoje. Por isso, é claro que eu aceito me casar com você. — Eu sorri abobalhado e ela continuou. — E ainda estou esperando você colocar esse anel maravilhoso na droga desse meu dedo.

Soltei uma risada alta e fiz o que ela pediu, não da forma perfeita com que eu estava pretendendo, foi um tanto atrapalhado, mas eu ainda estava atônito pela notícia que acabara de receber e sabia que ela saberia me perdoar.

Quando o anel já estava perfeitamente encaixado em seu dedo, o beijei carinhosamente.

Me afastei por um segundo, para que pudesse levantar e em seguida ofereci minha ajuda, para que ela também se levantasse.

Dei alguns passos em direção a um pequeno sofá, que compunha harmoniosamente o clima rústico do lugar, sentando-me e puxando-a para o meu colo.

Levei minha mão novamente ao seu ventre, agora mais calmo e podendo apreciar a sensação real que aquilo me causava.

— Há quanto tempo sabe?

— Há poucos dias. — Ela suspirou pesadamente. — Eu estava em choque, não achava que isso fosse possível...

— Eu entendo a sua reação... Eu queria ter estado lá, desde o princípio. — Lamentei. — Me desculpe por isso, Cariño.

Anahí segurou meu queixo com delicadeza e me fez a encarar.

— Ei! Em partes a culpa também foi minha... Precisei de um tempo para digerir a notícia.

— E eu ter me afastado de você exatamente nesse momento, não ajudou em absolutamente nada.

— Não diga bobagens! Você cuidou de mim, mesmo sem saber.

— Droga! Você tem estado mal por conta da gravidez! Agora isso parece tão óbvio! Eu tinha que ter ligado os fatos...

Anahí acariciou meu rosto, enquanto sorria carinhosamente.

— Você não tinha como saber, meu amor! Eu também não tinha. Essa não era nem de longe a primeira possibilidade que passou na minha cabeça. — Ela fez uma careta e eu sorri. — Isso é quase como um milagre acontecendo. Você entende isso? Embora eu esteja muito feliz com essa notícia, não é algo que tenha isso planejado ou se quer cogitado.

— Era pra ser — Concluí. — Não há como fugir do destino, Ani. — Selei seus lábios. — Nosso amor virou matéria e eu não vejo a hora de poder vê-lo e toca-lo.

— Eu estou morrendo de medo! — Anahí confessou. — É terrível a sensação de não poder controlar tudo isso.

— Nada de ruim vai acontecer com vocês, amor. Confie em mim!