Por Anahí:Pior do que qualquer silêncio era ouvir aquilo. Poncho sabia como me quebrar em um milhão de pedacinhos. Era quase um superpoder.
— Não diga isso, porque você sabe que jamais seria capaz de aceitar.
Ele enrugou a testa, e seu semblante se tornou sério. Era como seu eu tivesse acabado de ofende-lo.
— Seria um choque a princípio, isso eu não posso negar. Mas não mudaria o que sinto por você, e eu estava disposto a tudo, Ani. Eu nunca tive tanta certeza do que queria, como naquele dia. Nunca, até... — Ele pausou.
Sua expressão era típica de quem acabara de falar demais.
— Até...? — Perguntei confusa.
— Até agora. — Ele suspirou, e senti meu coração acelerar. — Podemos ser uma família, Cariño. — Acariciou meu rosto e eu fechei os olhos. Aquela ideia parecia tão surreal, que me causava dor. — Você, Manu, Dani, eu... E quem sabe um filho nosso. Hum? — O encarei. Ele me olhava nos olhos, e eu traguei a minha própria saliva. — Você nunca pensou nisso? Em nós juntos, como deveria ter sido desde sempre? Porque apesar de tudo, eu soube desde aquele dia que pertencia a você. E com o passar dos anos, eu tinha mais e mais certeza de que eu poderia ter qualquer mulher no mundo, mas nenhuma delas me teria.
Uma lágrima escorreu no meu rosto, e me senti extremante vulnerável a ele. Poncho era o meu ponto fraco.
— Me dê uma chance, é tudo que eu peço. Me deixe te mostrar o quanto eu mudei. — Ele refez o caminho de lágrima com o polegar.
— Não é tão fácil, Poncho. — Respirei fundo, tentando conter aquela dor que se alastrava no meu peito. — Não quando você mora com outra mulher...
— Isso vai acabar assim que voltarmos. É uma promessa! Você confia na minha palavra?
Eu o olhei por vários segundos.
— Confio.
Poncho soltou um sorriso, que parecia ser de alívio e me abraçou fortemente.
— Não se negue ao que sentimos, meu amor. Por favor, não aqui... Não no nosso lugar. — Ele sussurrou próximo demais ao meu ouvido e eu senti toda a minha pele arrepiar. — Sinto a sua falta.
Meu corpo inteiro amoleceu em seus braços. E naquele momento eu entendi que não tinha mesmo como ser de outra forma. Nosso amor tinha nascido ali, e ainda existia, tão forte que eu podia jurar que mesmo depois que eu morresse, continuaria o amando.
— Poncho...
Ele segurou meu rosto com as duas mãos e me olhou.
— Eu sou tão incompleto sem você. Me resgate, amor... Apenas me traga de volta. — Poncho encostou os lábios nos meus, e senti meu corpo inteiro reagir.
Sem poder mais resistir, eu o beijei. Sim, tomei a iniciativa. Tente racionar num momento desses. Aquele homem arrancaria de mim o que quisesse, ainda que seja humilhante admitir isso.
Ele devorou meus lábios, como se dependesse daquilo pra viver. Eu ofegava entre um beijo e outro, e contive um gemido quando ele pressionou meu corpo contra o seu. Um sorriso incontrolável surgiu nos meus lábios quando ele finalizou com um selinho.
— Obrigado. — Ele sussurrou.
— Obrigado? — Franzi o cenho, confusa.
Ele me olhou.
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One Step Closer (Concluída)
أدب الهواة"Eu só quero que aonde quer que esteja que esteja feliz, e eu espero que em uma noite como essa você ainda pense em mim, e eu quero que você saiba que não importa o que aconteça, não importa onde você esteja no mundo, não importa quantos anos se pas...