Capítulo 37

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Por Poncho (O Superado de Taubaté):

Era como se eu tivesse anos sem vê-la. Aqueles dias foram o inferno, e doia a forma com que ela me fazia falta.

Fiquei por um tempo observando Anahí, enquanto meus dedos passeavam por todo o seu rosto. Nunca me cansava de olhar. Tinha ficado muito tempo sem aquela proximidade, e tinha medo de que aquilo voltasse a acontecer.

— Me beija... — Anahí murmurou.

A ansiedade dela me arrancou um sorriso de satisfação. No fundo gostava de ouvi-la pedindo por mim. Aquilo mexia com meu ego, mas principalmente me excitava pra caralho.

Encostei meus lábios nos dela, e imediatamente senti a língua quente de Anahí percorrer pela minha boca. Entreabri os lábios e deixei que ela iniciasse o beijo. No início era delicado, mas aos pouquinhos foi ganhando movimentos e se tornando intenso. Afundei meus dedos na nuca dela, agarrando seus cabelos, inclinei a sua cabeça pra trás e puxei seu lábio entre os dentes. Anahí gemeu. E eu voltei a beija-la. A verdade é que aquilo me causava uma sensação tão boa, que eu não tinha vontade de parar.

Ela selou minha boca, quando o ar faltou. E me encarou com um sorriso nos lábios.

— Tá rindo do que, heim? — Perguntei divertido, depositando um beijo no seu queixo, para em seguida mordê-lo.

— To rindo pra você. — Piscou. — Digamos que eu esteja feliz por você estar aqui.

E então foi a minha vez de sorrir como um idiota.

Porra! Anahí me tirava do eixo.

— Não faça isso comigo, Anahí...

— O que Ponchito? — Enrugou a testa.

— Não me faça ficar ainda mais apaixonado por você. Não posso perder a dignidade, tenho uma imagem carrancuda a zelar.

Ela riu.

— Babaca! — Envolveu o pescoço com seus braços e encostou o nariz no meu. — Você é tão idiota as vezes...  — Sussurrou. — Parece um louco nas redes sociais.

Rocei o meu nariz ao dela.

— Não é verdade! — Me defendi a encarando.

— Ah não? — Anahí arqueou a sobrancelha.

— Não! — Enfatizei. — Só não gosto de sair por baixo e também as vezes acordo com vontade de provocar. É quase uma terapia pra mim.

Ela balançou a cabeça e sorriu.

— Você tem que aprender a se controlar bonitão! Isso sempre acaba sobrando pra mim.

— É o Karma, meu amor! — Zombei. — Qualquer passo que dermos, sempre vai afetar direta ou indiretamente ao outro. Nunca te falaram isso?

— Prefiro não acreditar nisso... — Ela usou o mesmo tom que eu. — Morro de medo de ter que aguentar suas indiretas no Twitter pro resto da vida. Deus me livre! — Fez uma careta.

Fiz uma cara de total indignação.

— Como tem tanta certeza que eram pra você? — Cruzei os braços a analisando.

— E não eram? — Ela estreitou os olhos.

— Não! — Respondi cinicamente. — Eram pensamentos aleatórios. Tenho esse tipo de reflexão filosófica as vezes... É algo que eu não consigo controlar...

Ela gargalhou.

— É normal eu querer te matar as vezes?

— Boa parte da humanidade tem esse fetiche. — Analisei. — Você eu deixo, mas só se for de prazer!

One Step Closer (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora