One Step Closer (Concluída)

Capítulo 69

Por Poncho:

Os meses pareciam passar mais rápido do que eu me lembrava, e automaticamente com isso, a revelação da gravidez foi inevitável.

Lógico que aquilo foi uma surpresa para todos a princípio, porque ninguém podia imaginar que as coisas aconteceriam tão rápidas entre nós. O que não era exatamente uma verdade, porque de rápido aquilo não tinha tido nada.

A imprensa mexicana desenvolveu uma verdadeira obsessão por fotos de Anahí grávida, já que ela evitava cada vez mais sair de casa. E aquilo realmente nos deixou incomodados a ponto de preferimos nos mudar para Los Angeles, aonde eu ainda tinha um apartamento, e ter a nossa filha por lá.

Não era nada grandioso, mas era confortável o bastante para vivermos lá pelos dois meses até o nascimento de Alice.

Dani ficou com Diana, porque eu sentia que não era justo trazê-lo comigo e deixá-lo sem a mãe. Mas durante esse tempo, fui buscá-lo por duas vezes, para que passasse uns dias conosco.

Já Manu nos acompanhou grande parte do tempo, pois era cada vez mais difícil que Manuel tivesse tempo para estar com ele. E eu acho que nem preciso dizer como isso me incomodava.

O grande dia havia chegado, Alice viria ao mundo ainda naquela manhã. Não era da forma tão natural quanto Anahí havia sonhado, pois o parto teria que ser uma cesária, por conta do risco da gravidez. Mas estávamos ansiosos e felizes.

— Olhe para mim Cariño! — Chamei a atenção de Anahí, quando já estávamos no centro cirúrgico. — Eu estou aqui e logo ela estará também. Sei que é um pouco assustador, mesmo não sendo a primeira vez, mas dará tudo certo. Você confia em mim?

Anahí apertou minha mão e sorriu.

Quando Alice nasceu era como se o mundo lá fora tivesse parado de girar por vários minutos. Senti o tempo passar tão lentamente, que seria capaz de descrever cada detalhe.

Sua pele pálida de recém nascido, seus cabelos castanhos, os olhinhos ainda fechados. A voz aguda se seu choro invadiu nossos ouvidos, nos trazendo alívio. Ela estava mesmo ali, finalmente.

Uma enfermeira colocou ela nos braços de Anahí por alguns segundos, antes de levá-la para higienização. Eu me abaixei na altura delas e me permiti derramar algumas lágrimas.

— Oh meu Deus, Ani! — Sorri, emocionado.— Ela é tão perfeita!

Anahí também estava emocionada.

— Eu me sinto tão completo agora! — Confessei e a beijei na testa, para em seguida acariciar o rostinho da nossa filha.

Decidimos ficar por mais dois meses nos Estados Unidos, até enfim retornarmos ao México. As coisas pareciam estar mais calmas, afinal.

Eu odiava a ideia de expor Alice. Dani, por exemplo, demorei anos para o deixar ser fotografado. Mas a mãe de Alice era Anahí, e isso significava que as coisas seriam feitas exatamente do jeito dela.

E então a nossa filha foi fotografada, tantas vezes que seria impossível eu conseguir contar.

E porra, ela não podia ser mais perfeita!

Meu filho era uma cópia minha e Manu era uma réplica exata de Anahí, mas Alice...

Seus cabelos castanhos, combinados com seus incríveis olhos azuis. Era uma mistura óbvia de nós dois.

Olhar para nossa filha era exatamente como olhar para personificação do nosso amor. Sem nenhum falso exagero!

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