Capítulo 32

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Por Poncho:

Não conseguia se quer mensurar o que estava sentindo ao observar Dani e Anahí interagindo daquele forma. Juro que por um momento desejei que ela não fosse tão receptiva com ele, que o ignorasse ou até que o desprezasse. Pelo menos assim ela não teria me despertado mais um sentimento. Já me sentia apaixonado o bastante, mas depois de vê-los juntos, a situação ficou mil vezes pior!

A seguimos até o quarto de brinquedos de Manu, que ficava ali mesmo no primeiro andar e vi meu filho eufórico encarar aquele paraíso infantil.

— E aí, é super legal ou não é?

— Nossa! É muito legal! Isso tudo é seu? — Meu filho mirou Anahí boquiaberto.

— Meus não... são do meu filho! — Ela sorriu.

— Uau! Você tem um filho?  — Ela confirmou com a cabeça. — E onde ele tá? Posso brincar com ele?

— Hoje ele tá com a vózinha dele, mas eu acho que ele adoraria brincar com você um outro dia. Topa?

— Topo! — Dani sorriu pra ela. — Ele não vai chorar se eu brincar com os brinquedos dele?

— Juro que não! Você pode brincar com o que quiser! — Piscou.

Fiquei ali observando os dois conversando, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Por  um momento ri ao me dar conta de que aquilo só ficaria guardado na minha cabeça. E me peguei imaginando o reboliço que não seria se as pessoas tomassem conhecimento daquele encontro.

Anahí ligou a televisão do quarto no desenho favorito do meu filho, e não passou despercebido aos meus olhos, que ela se quer perguntou o que ele queria assistir. Talvez ter um filho quase da mesma idade do meu, explicasse.

Me encostei no batente da porta, e ela na parede ao meu lado. Olhamos pra Dani, que parecia completamente entretido com a tv.

Procurei a mão de Anahí e enlacei meus dedos aos dela. Ela me olhou surpresa, eu sorri e aproximei meu rosto do dela.

— To louco pra beijar você! — Sussurrei.

Ela arregalou os olhos.

— Poncho... não! — Respondeu no mesmo tom, e olhou pra Dani.

— Shiii... Deixa comigo! — Apertei sua mão na minha, antes de soltá-la. — Dani? — Chamei meu filho, atraindo sua atenção. — Vamos deixar você um pouco sozinho, porque precisamos conversar coisas de adultos. Estamos aqui do lado, então se você precisar de alguma coisa, é só me chamar. Tudo bem?

Ele assentiu.

— Está bem! — Respondeu, agora voltando a atenção pro desenho.

Anahí sorriu pra mim com ternura e seus olhos brilharam.

— Vem comigo! — Voltei a unir nossas mãos e a conduzi até a sala.

Sentei no sofá e puxei-a pro meu colo, envolvendo-a em meus braços. Talvez saudade fosse a palavra certa pra definir o que tava sentindo.

Afundei meus dedos em seus cabelos, rocei o meu nariz em seu pescoço e aspirei o cheiro de sua pele. Ela suspirou. Levantei a cabeça e sorri ao vê-la de olhos fechados. Beijei a ponta de seu nariz e depois selei seus lábios uma vez, e quando tentei selar outra vez, Anahí capturou meu labio inferior entre os dentes. Me arrancou um gemido contido. Pressionei seu corpo contra o meu e sem pedir passagem, invadi sua boca. Ela me acolheu, sua língua encontrou a minha em movimentos lentos, mas incrivelmente saborosos. Quando o oxigeno se fez quase ausente, finalizei o beijo aos poucos. Mesmo que não quisesse. E a enchi de pequenos beijos por todo o seu rosto.

One Step Closer (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora