Capítulo 13 - Minha permanência no covil do diabo

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O dia ainda não havia acabado.

Roy e eu passamos quase a tarde inteira jogando vídeo game. Éramos realmente muito competitivos. Jogamos um jogo de batalhas no módulo VS, onde eu findei vencendo e Roy teve de admitir que pelo menos no vídeo game eu era muito bom.

Realmente eu estava adorando cada segundo daquele dia. Não havia me decepcionado em nada. Fora tudo muito perfeito para mim. Estar com Roy era muito bom para mim e eu só queria continuar ali, perto dele, mesmo que fosse para competirmos um contra o outro, não me importava nenhum pouco, desde que estivesse na presença dele.

Eu sabia que deveria ter momentos como aquele, onde ficaríamos juntos, convivendo, nos divertindo, conversando, apesar de que a vontade de beijá-lo o tempo todo até finalmente não haver mais fôlego em meus pulmões para fazer aquilo novamente, mas só no fato de estar ao lado dele, já me deixava com a sensação de que eu tinha tudo o que eu precisava bem ali, sem preocupações.

Roy era o sinônimo de sonhar acordado. Eu já tinha ouvido a expressão muitas vezes, mas nunca tinha experimentado tão de frente daquila forma. Era completamente surreal. Fazia o meu coração bater a cada instante.

Estar apaixonado era querer viver perto da pessoa, era incluí-la em cada plano seu, era não conseguir não pensar nela durante todo o momento de seu dia, era sentir uma chama arder vividamente a todo tempo que ficar ou mesmo pensar, sentir borboletas no estômago toda vez que chegar perto, acabar cedendo muitas vezes, era também virar a pessoa melosa que você nunca imaginara ser, era amar sem poder se conter. Tudo isso, por fim, era o que eu sentia por Roy.

Eu realmente não era uma pessoa tão melosa. Não gostava de estar o tempo todo demonstrando sentimentos, de estar o tempo todo abraçando ou beijando as pessoas, mas confesso que com Roy eu acabava fazendo tudo isso. Ainda não era meloso o suficiente para ser algo enjoado de ver, mas não sabia evitar mergulhar no mar das chamas vivas que haviam no olhar dele.

Continuamos ali sentados na cama. Nem imaginava o que faríamos a seguir. Eu não estava no controle da programação naquele dia, portanto, Roy que diria o que iríamos fazer.

― O que faremos agora? ― perguntou ele.

― Não sei, você que deveria ter planejado tudo!

― Que tal nadarmos pelados na piscina?

― É sério?

― É claro, sempre quis experimentar isso! ― ele riu com um olhar malicioso. ― Vi isso em filmes e mesmo com uma piscina em casa eu nunca fiz isso, fico pensando qual deve ser a sensação.

― A mesma de tomar banho pelado numa piscina! ― brinquei.

― Você me entendeu!

― Sim! ― disse rindo.

― E então, topa ou não?

― Tudo bem!

Corremos até a piscina. Já estava de noite. Nos despimos e pulamos com tudo dentro da piscina. A água estava bem fria agora, mas mesmo assim isso não nos impediu de permanecer ali dentro dela, nadando totalmente pelados.

― E então, senhor, qual é a sensação de nadar nu na piscina? ― perguntei.

― É a mesma sensação de nadar nu na piscina! ― replicou Roy a minha piada de alguns minutos atrás, me fazendo sorrir instantaneamente.

Me aproximei de Roy e segurei em seus ombros. Durante todo o dia ainda não havíamos tido um contato como aquele. Havíamos passado o dia como dois amigos realmente. Envolvi meus braços ao redor do pescoço dele e nossos rostos ficaram bem próximos.

O Diabo na minha JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora