Capítulo 16 - Meu plano diabólico e não intencional

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Começei meu dia quase morto.

Eu não queria levantar da cama, porém mamãe me arrastou para fora dela, pois eu tinha que ir à escola sem manhas, já que tinha faltado vários dias seguidos depois da minha doença na semana passada. Levantei embora meu corpo estivesse conectado à cama ainda.

Tomei um banho para poder despertar, já que ainda dormia acordado. A água de certa maneira me despertou, mas eu ainda sentia a vontade de voltar para a cama assim que eu pudesse. A conexão com a água trazia uma certa porção de vigor, como se ela arrastasse consigo toda a negatividade que meu corpo carregava naquele instante sob ela.

Saí do banho me proponho a me arrumar o mais rápido que eu podia para não perder a hora, já que acabara entrando num período de êxtase em baixo da água por um longe período de tempo e quase não me importei com a hora. Mamãe lá em baixo deveria pensar que eu já estava finalizando a minha arrumação para descer e tomar o café da manhã para em breve partir, contudo ainda saía do banho para ainda buscar algum traje para pôr.

Assim que fiquei pronto, conferi no espelho se estava tudo certo. Estava. Meu cabelo estava bem alinhado, meu rosto limpo e hidratado, minha roupa toda certa, não estava pelo acesse nem nada do tipo, então poderia descer tranquilamente antes que mamãe batesse na porta do quarto e me deslocasse para à sala de jantar como um tsunami abrupto.

Desci, tomei uma café da manhã reforçado para suportar durante parte do meu dia com aquilo em meu estômago, sustendo-me bem. Escovei meus dentes o melhor que eu podia para não ficar com um mal hálito incômodo e após isso, papai e eu saímos rumo cada qual aos nossos respectivos destinos.

Assim que mirei meu olhar em Lisa na escola, lembrei do que Franklin me pedira no dia anterior, uma breve favor, que eu faria por não me custar nada. Vi que Franklin ainda não havia chegado, pois se tivesse chegado certamente já estaria grudado com Lisa. Me aproximei dela com um sorriso exarado em meu rosto e ela retribuiu a mesma expressão.

― Bom dia! ― falo ao chegar mais próximo dela.

― Bom dia! ― ela responde ainda com a mesma fisionomia sorridente esculpida no rosto.

― Onde está o Franklin? ― perguntei só para me certificar do óbvio antes de começar a agir com o plano.

― Ainda não chegou!

― Ah sim! ― minha mente começou a fermentar maliciosamente, já arquitetando o meu plano maquiavélico.

Ela estava arrumada mais uma vez, como já de costume desde então, sempre caprichando em seu visual circunstanciadamente. Seu cabelo afro estava amarrado em um coque cheio no alto de sua cabeça. Ela não usava muita maquiagem, apenas um lápis de olho delineador, máscara de cílios para os deixarem bem arrebitados e um batom vermelho vinho, um tom mais escuro que o de sua camisa. Notei também que ela usava um par de brincos de ouro num formato de coração e por um acaso eram bem bonitos. Ela usava seu cabelo uma blusa baby look vermelha e uma jaqueta jeans com uma calça que parecia ser do mesmo conjunto. Nos pés usava uma bota preta lisa que iluminava quando a luz refletia nela, parecendo que havia sofrido um polimento com cera.

― Você está bem arrumada hoje... ― iniciei minha fala e o meu favor a Franklin.

― Você notou é? ― ela fala timidamente.

― Mas é claro! ― reafirmei. ― Está se arrumando bem desde os últimos tempos como eu já havia lhe falado.

― É, acho que tinha que dar um "up" no meu visual.

― Eu acho que você está se preocupando mais com a sua aparência ― joguei no ar com um toque de malícia naquela fala.

― É! ― ela sorriu sem graça.

O Diabo na minha JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora