Capítulo 12 - No covil particular do diabo

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Acordei ao lado de Roy.

Havíamos dormido de conchinha. Eu me sentira muito mais seguro naquela noite com ele ali. Antes sentia que seria uma noite difícil de dormir, pois sentia um clima estranho, estando ali sozinho naquela casa, mas com Roy passando à noite comigo, fez toda aquela sensação estranha desaparecer num segundo.

No dia anterior, perdemos de passar um dia inteiro juntos, fazendo alguma programação que coubesse a nós dois. Queria ter um tempo para poder conviver com Roy, conversar com ele, conhecê-lo cada vez mais. Era assim que uma relação basicamente funcionava e eu queria testar isso em algum tempo.

Como Roy não fora passar o dia ali comigo, já que tivera que alimentar a sua outra vida, acabei convidando Lisa para estar comigo pelo resto da tarde e até um pouco da noite também. Eu me divertira bastante com ela durante o tempo que passamos juntos ali, mas confesso que antes de tudo, queria mesmo era que fosse Roy ao invés de Lisa. Tínhamos tão pouco tempo juntos, que a idéia de um dia inteiro dedicado à nós me parecera completamente maravilhosa.

Ficara sem reação logo quando ele aparecera ali na minha janela naquela noite, não porque eu não quisesse que ele estivesse ali, mas porque eu queria que ele estivesse ali, porém não imaginava que ele fosse realmente dormir mais uma vez comigo em minha casa, como fora. Quem disse que eu reclamei? Pelo contrário, ele me veio no momento certo, no minuto mais certo ainda é eu iria apenas aproveitar, como fiz.

A evolução daquela noite para a primeira noite em que ficamos juntos, fora inegável. Na primeira noite ficamos juntos com tudo, fizemos sexo pela primeira vez, mas não fora tão bonita como agora. Desta vez ele me tratou com muito mais carinho e senti que de alguma forma ele havia sido bem mais afetuoso comigo. Eu sentira uma sensação nova. Uma sensação de ligação entre nossos corpos, não somente nossos corpos, como também as nossas almas e era tão forte, que não poderia explicar. Dormimos até de conchinha, revelando o quão adiante estávamos.

Da primeira vez, senti um grau de intensidade muito alto, porém fora algo mais físico. Uma atração feroz e sadia, que me fazia querer beijá lo loucamente como se não houvesse mais um amanhã. No entanto, assim que acabamos, não lembro de ficarmos agarrados ou de conchinha como naquela noite. A única coisa que lembro, foi de pedir para ele ficar até eu dormir, então no outro dia vi que ele acabara pegando no sono também é dormido ali mesmo.

Aquela primeira noite que me entreguei para Roy, fora de fato a minha primeira vez. Entre alguns beijos eu o interrompi e acabei falando que nunca tinha feito sexo antes com homem ou mulher. Roy àquela altura não deveria ser mais virgem, tendo em vista que ele era popular e já deveria ter transado com alguma menina só para encobrir seus rastros gays, todavia ele me revelara que nunca havia transado com outro homem. Eu lhe respondi que seria como transar com uma mulher, só que com um homem, então demos prosseguimento em tudo e aquela fora tanto a minha primeira vez quanto a de Roy.

Para uma primeira vez confesso que foi bom. Acho que para os gays, talvez, houvesse problemas com a primeira vez. Eu não sei se é porque peguei um cara que provavelmente já tinha feito sexo antes e já deveria ser experiente ou porque realmente não havia problemas para nós gays em sentirmos prazer logo de cara na primeira relação, contudo não me arrependia em nada daquele acontecimento, pois sei que aquilo ficaria marcado para sempre na minha memória.

Roy e eu nunca dissemos uma ao outro nada sobre o amor, apenas estávamos vivendo cada momento que ficávamos juntos. Na verdade, não sei bem o que a nossa relação era. Não sabia se éramos namorados, ficantes, enrolados ou o que fosse, só sabia que nós dois tínhamos um lance, ali às escondidas. Eu só queria que aquele lance durasse. Eu acho que estava mesmo apaixonado por Roy e era aí que as coisas podiam complicar para mim, porque eu não sei o que Roy sentia de fato sobre mim, contudo ele sabia ser carinhoso comigo na hora da nossa relação e isso me deixava numa completa confusão mental e sentimental.

O Diabo na minha JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora