Capítulo 3

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Lucas

Desde quando decidi esperar em Deus, guardei meu coração para não me interessar por qualquer menina, pelo caminho encontrei muitas moças de Deus, que com toda certeza  eram verdadeiras princesas a procura de um esposo com os meus propósitos que elas,  que podiam aceitá-las como são, sem querer mudá-las, que cuidassem delas, que fossem alguém especial, mas nunca me interessei por nenhuma.

Por muito tempo não senti isso na minha vida, a vontade de estar perto de alguém, de cuidar, claro que era tudo que eu queria na minha vida, era encontrá-la, mas sempre tive a certeza de que quando a conhecesse eu saberia que era ela, que meu coração dispararia só de estar perto dela.  

Hoje, depois de muitos anos ao olhar para essa moça ajoelhada no chão, enquanto chorava, mexeu comigo, tanto que me deixou sem saber o que dizer. Meu coração batia descompassado, seria essa linda moça, loira de olhos azuis, que viria pra ficar na minha vida? Ela estava muito assustada e com medo até meu movimento de chegar perto dela, a deixou em alerta.

 Há algum tempo sempre me pego pensando quando encontrarei ela, a moça dos meus sonhos, com a qual quero construir uma linda família, ser o homem que eu sonho que ela tenha, um marido que ame a Deus acima de tudo e a ame muito também. 

Um marido que queira cuidar dela, que queira protegê-la, que se alegre com suas conquistas, que a incentive a seguir seus sonhos, que nunca em hipótese nenhuma a diminua.

Tenho visto muitos namoros e até casamentos onde o homem não merece a moça, a agride, humilha, diminui ou ás vezes a trata como se fosse o centro do seu universo fazendo-a pensar que só precisa dele, afastando amigos e familiares que percebem o quanto esse relacionamento é tóxico. Um relacionamento abusivo, possessivo e não só da parte dos homens, tem alguns casos com mulheres que agem assim.

Vivem um relacionamento de qualquer jeito por terem medo de estarem sozinhos, aceitam qualquer pessoa. Não é feio ficar solteira, feio é estar em um relacionamento onde a outra pessoa te destrói aos poucos e você continua lá, porque acha que esse amor doentio é verdadeiro e nunca irá encontrar alguém de novo, é isso que um amor doentio faz com você, te faz pensar que não merece um homem de verdade.

Se te fere física e emocionalmente, abaixa a tua auto estima, te maltrata, não cuida de você, te afasta de pessoas que te ama, isso não é amor.

O amor é aquele sentimento lindo, de querer estar perto de alguém o resto da vida, de cuidar dessa pessoa. O amor é uma escolha e devemos escolhê-lo todos os dias.

Quando a bíblia diz "o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" não está dizendo que você tem que sofrer na mão de alguém, está dizendo que por mais que seu amor passe por lutas e sofrimento para se manter de pé, ele crê que no final vai valer a pena, não crê que uma pessoa que te agride vai mudar, sim, eu acredito na mudança, mas não mudamos por causa de ninguém, só mudamos se quisermos mudar.

O amor tudo espera, não está dizendo que você deve esperar essa pessoa mudar por você, diz  aqueles que se amam podem esperar até mesmo por anos para ficarem juntos, assim como na história de Jacó que esperou 14 anos por Raquel.

O amor tudo suporta não está dizendo que você tem que suporta traições, agressões físicas e verbais, daquela pessoa que você ama, está dizendo que apesar da distância, das dificuldades, das circunstâncias, das adversidades, dos obstáculos o amor suporta tudo isso. E no final, só no final você entende que isso verdadeiramente é amor.

Saio do trabalho e resolvo passar no mercado para comprar algumas coisas que acabaram na minha casa. Empurro o carrinho olhando a lista de compras no celular, sem prestar atenção por onde estou indo, um carrinho se choca ao meu fazendo um grande barulho, me assusto e olho para a frente, me surpreendo ao vê-la. 

A moça responsável por roubar meus pensamentos,  e que agora me deu um susto. Percebo que o barulho surtiu o mesmo efeito nela porque ainda me olha assustada, não deixo de rir da situação a encarando enquanto me aproximo.

—Está tudo bem?—Olho-a tentando parecer um pouco mais sério. Ela retribui o olhar, agora com um sorriso no rosto.

—Bom, acho que é a segunda vez que você me pergunta isso hoje.—Ela fala enquanto solta uma risada, me fazendo rir também.

—Qual a probabilidade de morarmos tanto tempo aqui e nunca antes termos nos visto e hoje isso se tornou frequente? —Pergunto erguendo uma sobrancelha ao passo que cruzo meus braços para encará-la. —Na verdade, acho que você está me seguindo! —Continuo encarando-a, sério.

—Levando em conta que você me ajudou hoje, por que eu estaria te seguindo? —Ela responde ainda com um sorriso. —Se isso não for propósito de Deus, acho que você está me seguindo. —Rio.

—Com toda certeza eu não estou seguindo você, mas acho que tem razão. Ainda não fomos apresentados. Lucas. —Estendo a mão para cumprimentá-la.

—Alice.—Ela fala enquanto aperta minha mão. — Foi um prazer te conhecer, mas eu preciso ir...—Ela fala, já se afastando de mim, me fazendo olhá-la enquanto desaparece pelo corredor.

 Sua beleza é admirável, não que eu ligue pra isso, mas acho ela realmente linda e não consigo evitar olhá-la. Uma menina que não passa dos 20 anos de idade, com seu cabelo longo e loiro que a deixa mais linda do que já é. 

Olho para o chão antes de empurrar o carrinho e reparo que ali se encontra um celular, pego-o. Tenho certeza que é  dela. Pago minhas compras e saio do mercado, tentando encontrá-la, lembro que hoje mais cedo, depois do assalto, ela pegou a rua da delegacia para ir embora. Quase no final da rua vejo-a entrando em um prédio azul claro. Estaciono o carro e entro no prédio. 

 —Senhor, tem alguma Alice morando aqui? —Pergunto ao porteiro. Ele me olha por um instante.

—Porque gostaria de saber? —Ele diz de forma simpática e cautelosa, me analisando.

—Preciso devolver uma coisa pra ela. —Ele se dá por vencido.

—Apartamento 035! Quinto andar.

—Obrigado!

—Se eu fosse você esperava alguns minutos antes de subir, a irmã dela chegou agora pouco e não estava nada bem. —Assinto.

—Tudo bem, vou dar uma volta, depois volto. —O senhor assente.

Saio de lá e espero no carro enquanto resolvo algumas coisas pelo celular. Depois de quase meia hora, saio do carro e entro no prédio, cumprimento o porteiro com um aceno de cabeça, entro no elevador e subo até o quinto andar, acho o apartamento e depois de alguns minutos ela abre a porta e posso ver que está surpresa em me ver, e com toda razão, conheci ela hoje e já estou na porta de seu apartamento, espero que não ache que eu sou psicopata. 

"O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

                 1 Coríntios 13:4-7




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