Capítulo 15

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Alice

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Alice

Acordo com minha mãe falando, no meu quarto. Sinto a claridade invadir meus olhos, tanto, que fecho logo depois de abri-los. Tinha saudade de acordar na mesma casa que minha mãe. Mas agora me lembro porque decidi me mudar com Ana aqui pra São Paulo... Eu amo minha mãe, mas qual é né? Hoje é sábado, só tenho aula depois do almoço e quero aproveitar para dormir.

—Alice, acorda. Já está na hora de levantar! —mamãe puxa minha coberta

—Ah mãe, me deixa dormir mais um pouco. Estou com muito sono. —bocejo

—Vamos abelhinha, o dia está lindo. —escuto a voz de meu pai. Ele adentra meu quarto

—Ela parece mais uma ursinha, só gosta de dormir e comer. —Ouço a voz de Lucas e sua risada, logo em seguida. Levanto a cabeça para olha-lo. Ele está parado na porta.

—Lucas! Para com isso! —digo, um pouco irritada por ele continuar rindo.

—Eu não tenho culpa. Seu pai que te chamou de abelhinha... Eu só queria te dar um apelido que combina mais com você. —começa a rir de novo, junto com minha mãe e meu pai. Levanto-me da cama e finjo estar com raiva, porque no momento a minha vontade mesmo é chorar. Sigo para o banheiro, faço minha higiene e passo por eles, indo em direção à cozinha.

—Cadê meu bom dia, amor? —ele pergunta, abrindo os braços. Desvio dele e continuo meu caminho para a cozinha. Ele me acompanha junto com meus pais. Ana está sentada na cadeira acompanhada dos pais do Lucas. Sento ao lado dela. —Amor, ficou chateada? Mas que bobeira... É só um apelido. —fito-o, sem dizer uma palavra.

—Que apelido? —Ana pergunta.

—Seu pai a chamou de "abelhinha", mas eu disse que o melhor apelido para ela é "ursinha". Aí ela ficou assim... —Lucas explica. Saio da cozinha não conseguindo segurar as lágrimas. Corro até o banheiro.

—Lucas você é um idiota de ter dado esse apelido para ela, e ainda mais hoje.—do banheiro escuto Ana falar com ele.

—Mas é só um apelido Ana. O que isso tem demais?

—O pai dela sempre a chamava assim, por isso ela não gosta de lembrar. E hoje é a data em que os pais dela morreram. —quando ouço essas palavras da boca de Ana não consigo me controlar. Cada lembrança me consome e as lágrimas insistem em descer. A dor emocional é tanta, que reflete em meu físico. Não suporto mais ficar em pé, minhas vistas embaçam, então sento-me no chão.

—Amor me desculpa, eu não sabia... —Lucas fala enquanto bate na porta do banheiro. —Abre a porta amor... —nesse momento não quero ver ninguém, queria passar o dia de hoje na cama, quietinha.

—Me deixa entrar, irmãzinha. —escuto Ana falar. Levanto do chão e abro a porta, assim que abro, Lucas me olha e põe a mão em meu rosto. Me afasto sem encará-lo. Não estou com raiva dele, ele não tinha como saber, só não quero que me veja assim.Sinto pena do estado dele e a culpa é minha, mas não consigo falar com ele agora. —Lucas, acho melhor você ir pra casa, depois vocês conversam.—Ana o aconselha.

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