Capítulo 31

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Yan: Ei piuuuu - gritou na minha orelha.

Nalu: Aiiii! Chega mas chega devagar Yan - reclamei, ele riu.

Yan: Num vai dar - levantou as duas mãos, cada uma com uma garrafa de uísque.

Nalu: Credo que delícia!

Julia: Que ignorância Yan...

Yan: Bora ficar louco?

Nalu: Eu trabalho amanhã meu filho!

Yan: Como se tu nunca tivesse ido trampar virada né? - serviu um copo e me deu.

Ai caraio, meus amigos só me fodem!

Nalu: Me ajuda aqui Julia, pelo amor de Deus...

Começamos a trabalhar forte naquele uísque!

E copos e mais copos, e eu sambando, e já tava tudo rodando. Olhei pra nossa roda e já tava todo mundo a mais também.

Nalu: Amiga, vou vazar - puxei a Ju.

Ju: Já??? - indignada - Vou ficar, to muito loka, não vou pra casa assim.

Eu ri.

Nalu: Eu tenho que ir na Bruna ainda. Te cuida mundice, qualquer coisa me liga que a gente vem te resgatar aqui.

Dei um beijo nela e saí bem à francesa, sem ninguém ver, senão o povo não deixa eu ir embora.

Desci as escadas e quando tava saindo pelo portão, o WC tava entrando. Me encarou e encarei de volta, passei por ele e fui lá pra fora.

WC: Ow - ouvi sua voz me chamando.

Virei pra ver o que ele queria.

Ele ficou em silêncio por um instante, pensando no que ia falar.

WC: Toma cuidado ae na rua - virou as costas e subiu a escada.

De fato não era isso que ele ia falar quando me chamou, eu tava bem curiosa pra saber o que era, mas não sei se eu ia gostar, então deixei pra lá e tomei meu rumo pra casa da Bruna.

Fui andando, meio tonta, meio torta, até chegar na porta dela.

Nalu: Ô vó, boa noite, a Bruna tá aí? - perguntei pra vó dela que tava lá na rua.

Gente eu chamo as avós das minhas amigas de vó, as tias de tia, tudo normal, é assim mermo.

Ela falou que eu podia entrar, que a Bruna tava lá dentro. Fui entrando sem muita cerimônia porque já sou de casa.

Nalu: Cheguei nega!

Bruna: Ih vai entrando assim na casa dos outros é? - ouvi sua voz se aproximando de mim.

Nalu: Na dos outros não, na sua sim - ri.

Sentamos no sofá da sala.

Bruna: Cê tá fedendo a álcool - torceu o nariz.

Nalu: Cê conhece seus amigos né... - dei os ombros e ela riu.

Bruna: Vai minha filha, to velha já esperando tu soltar o babado...

Nalu: Amiga, lembra o boy que eu falei que minha mãe me apresentou, que era super gente boa, me ofereceu pra morar no apartamento lá do asfalto e tudo? - ela acenou que sim com a cabeça - Então, daí ela descobriu que ele era meio mal resolvido com a ex mulher, e como ela não é tonta, já mandou ele meter o pé.

Bruna: Ai homens... - suspirou - Tá, mas e aí? Ele tava lá no nenê?

Nalu: Não só tava lá, como também É SOGROOOO DO NENÊ, PAI DA PIRIGUETE! - falei batendo palma.

Bruna: QUEEEEE? - falou alto e ficou de boca aberta.

Nalu: Pois é minha filha, sente só esse baque!

Bruna: Eu to chocadaaaaa Analua! Quase que tu vira irmã da piriguete...

Nalu: Ai credo! Não vem você também com esse papo...

Bruna: Oxe! Quem mais sabe?

Nalu: Só o João, não conta pra ninguém amiga, senão já viu...

Bruna: Eu não! Manda o João fechar o bico dele também, senão vai virar um bafafá naquela boca e no morro todo. Deus me livre o povo saber que tu quase foi irmã da Letícia - falou mais descontraída e rindo da minha cara.

Ficamos lá trocando ideia um tempão e acabei dormindo por lá mesmo porque eu tava cachaçada demais, e no outro dia eu ainda tinha que ir pra loja.

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Foi sem revisão mesmo porque não deu tempo, queria liberar o capítulo pra vocês logo.


De Quebrada [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora